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António
Bartolomeu Pires, 1.º visconde de
Queluz
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Queluz
(António Bartolomeu Pires, 1.º barão e 1.º visconde
de).
n. 3 de
Fevereiro de 1795.
f. 1860.
Moço
fidalgo com exercício, do conselho do rei, comendador das ordens de
Cristo, de Nossa Senhora da Conceição e da Torre e Espada;
comendador do Leão, de Zaringe, na Baviera; cavaleiro da Legião de
Honra, de França; e da Coroa de ferro, da Áustria, etc. Nasceu em
Lisboa a 3 de fevereiro de 1795, faleceu em Brombach em 1860. Era
filho de António Bartolomeu Pires e de sua mulher, D. Mariana
Joaquina.
Seguiu
o curso de medicina na Universidade de Coimbra. Foi ajudante de
cirurgia da Guarda Real de Policia em 4 de janeiro de 1817; cirurgião
de numero da Casa Real, por alvará de 28 de fevereiro de 1822;
cirurgião-mor graduado, passando depois a efectivo, do mencionado
corpo de policia, sendo desligado desse corpo em 15 de julho de 1823
para servir no quartel general do infante D. Miguel, que acompanhou
para Viena de Áustria, em consequência de seu pai, D. João VI, o
ter exilado depois do movimento da Abrilada. António
Bartolomeu Pires saiu de Lisboa, juntamente com D. Miguel, a 9 de maio
de 1824, acompanhou-o durante a sua permanência em Viena de Áustria,
regressando com ele para Lisboa, onde chegou a 22 de fevereiro de
1828. Quando se tratou do casamento de D. Miguel com sua sobrinha, a
rainha D. Maria II, o imperador D. Pedro o agraciou com o título de
barão de Queluz, por decreto de 25 de abril de 1828. D. Miguel
elevou o depois a visconde do mesmo título, por decreto de 8 de janeiro
de 1829.
A
parte que tomou nas intrigas palacianas no tempo de D. Miguel, não
está ainda bem explicada; é certo que se chegou a espalhar que o
infante o mandara assassinar, porque o visconde de Queluz esteve
algum tempo retirado da corte, mas esses boatos foram desmentidos em
1834, quando foi juntar-se em Roma com D. Miguel, acompanhando-o
depois durante todo o tempo do seu exílio, sendo uma das
testemunhas oficiais do casamento daquele príncipe em 1852,
continuando fielmente a servi-lo em Brombach, até que faleceu,
usando o titulo de conde, por mercê de D. Miguel. Casou em 24 de julho
de 1854 com a princesa Malvina de Loewenstein Werlhein Frendenberg,
segunda filha do príncipe de Loewenstein Werlhein Frendenberg,
Jorge Guilherme Luís, e da princesa, sua mulher, D. Carlota Sofia
Henriqueta Luísa. A princesa Malvina havia casado em primeiras núpcias
com o conde de Isembourg, Frederico, que faleceu a 9 de janeiro de
1864, e de quem se havia divorciado em 1850.
O
seu brasão de armas, que lhe foi concedido por carta de 6 de
Novembro de 1828, é o seguinte: Escudo esquartelado; no primeiro
quartel, em campo de ouro, o escudo das armas reais com a diferença
pertencente aos primeiros infantes; no segundo, em campo vermelho
uma espada de prata com as guarnições de ouro, posta em pala com a
ponta para cima; no terceiro, em campo azul, um cão de prata
sentado, tendo na boca uma chave de ouro; e no quarto, em campo de
prata, uma coroa de louro verde. Orla azul com o moto seguinte, em
letras de ouro: In Perpetuam Memoriam Honoris, fidelitatis et
Constantiae. Sobre o escudo uma coroa de ouro de cinco pérolas,
e por timbre um braço armado, de prata, tendo na mão a espada das
armas em acção de descarregar o golpe, e nela enrolada uma fita
vermelha com o moto seguinte em letras de ouro: Pro defentione
Regis.
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Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume VI, pág. 29.
105Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2012 Manuel Amaral
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