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Rio
Maior
(João de Saldanha Oliveira Juzarte Figueira e Sousa, 3.º conde
de).
n. 18 de setembro
de 1811.
f. 27 de agosto de 1872.
Administrador
do morgado de Oliveira; grã-cruz da Ordem de Nossa Senhora da
Conceição de Vila Viçosa; comendador da de Cristo e da ordem
espanhola de Carlos III, par do Reino, etc. Nasceu a 18 de setembro
de 1811, faleceu a 27 de agosto de 1872. Era filho dos 2.os
condes de Rio. Maior.
Sucedeu
na casa de seu pai a 3 de março de 1825, e seguindo a vida militar,
foi alferes de lanceiros e ajudante de ordens do duque da Terceira
durante a campanha de 1833. Havia sido par do Reino em 1826.
Restabelecido o regime constitucional exerceu o cargo de governador
civil de Coimbra em 1854, vereador e presidente da Câmara Municipal
de Lisboa, de 1858 a 1859, e procurador à Junta Geral do Distrito.
O título de conde de Rio Maior foi concedido por decreto de 1 de julho
de 1824 e carta de 29 de maio de 1825.
Casou
em 22 de setembro de 1835 com D. Isabel de Sousa Botelho Mourão e
Vasconcelos, dama da rainha D. Maria lI, filha dos 1.os
condes de Vila Real, D. José Luís de Sousa Botelho Mourão e
Vasconcelos e D. Teresa Frederica Cristina de Sousa Holstein. A
condessa de Rio Maior foi uma senhora extremamente bondosa, incansável
propugnadora da beneficência em Lisboa, em que era auxiliada por
seu marido, vendo-se sempre à frente de todas as instituições que
tivessem o fim de proteger os pobres: foi a iniciadora e defensora
zelosa do benemérito princípio da organização paroquial das
associações de assistência pública. Fundou escolas católicas
para os dois sexos em diversas localidades. Obteve do governo a
concessão do mosteiro das carmelitas da rua Formosa, actualmente
rua do Século, e ali fundou um asilo para cegas, que foi inaugurado
em 16 de julho de 1878, o qual ainda existe. A bondosa condessa de
Rio Maior faleceu em 23 de abril de 1890, e um mês depois, no dia
23 de maio, celebraram-se no referido asilo solenes exéquias,
proferindo a oração fúnebre o padre António da Costa Cordeiro.
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