|
|
|
Sabugosa
(António Maria José. da Silva César e Meneses, 3.º marquês de).
n. 6
de julho de 1825.
f. 2 de dezembro de 1897.
Grã-cruz
da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa,
alferes-mor do reino, veador da rainha D. Maria Pia, par do reino
por sucessão de seu avô, o 2.º marquês, prestando juramento e
tomando posse na respectiva câmara, na sessão de 7 de Março de
1864; ministro de Estado, proprietário, etc.
N.
a 6 de Julho de 1825, fal. em 2 de Dezembro de 1897. Era filho do 9.º
conde S. Lourenço, António José de Melo Silva César e Meneses, e
de sua primeira mulher, D. Teresa Maria do Resgate Correia de Sá.
Herdou
toda a casa e o título de seu pai, sendo o 10.º conde de S. Lourenço,
e foi marquês de Sabugosa, por decreto de 30 de Abril de 1853, título
que herdou do seu avô paterno, o 2.º marquês José
António Melo da Silva César e Meneses. Tornou-se notável
na literatura e na política. Militava no antigo partido histórico,
de que foi sempre um dos seus prestimosos e dignos membros. Exerceu
também os cargos de governador civil de Lisboa e de Braga, de
enfermeiro-mor do hospital de S.
José e de director da Companhia das Águas, adquirindo
sempre o respeito e a estima dos seus subordinados, pela afabilidade
e justiça do seu carácter, e pela sua reconhecida proficiência
administrativa. Em 1872, sendo o marquês de Sabugosa director da
Companhia das Águas, deu-se um facto bem frisante da quanto o
ilustre fidalgo se prezava na política, censurando sempre qualquer
acto ministerial que ele considerava menos digno. A Companhia obteve
do governo no referido ano, a aprovação dum regulamento, que o
partido histórico entendeu ser vexatório e ilegal, o que
manifestou por meio da sua imprensa e em comícios que tentou
realizar. O marquês de Sabugosa resolveu facilmente este aparente
conflito levantado entre o seu decoro e os seus interesses,
exonerando-se imediatamente do cargo de director da Companhia. Em
1873 tomou parte do ministério presidido pelo duque de Loulé, como
ministro do reino.
Em
1878 era membro da comissão executiva e directora do partido
progressista, e achou-se em dissidência de opinião com alguns dos
seus colegas, sobre os termos em que podiam ser discutidos na
imprensa os actos do poder moderador. Respeitador das alheias como
das próprias convicções, o marquês de Sabugosa não quis servir
de embaraço à acção política do seu partido, nem abandoná-lo
nas horas amargas da luta e da adversidade. Demitiu-se da elevada
posição que adquirira entre os seus correligionários, mas
conservou-se como fiel soldado nas suas fileiras. Em 1879 foi
novamente ministro, a convite de Anselmo José Braamcamp, então
chefe do partido progressista, num gabinete por ele organizado em
Junho desse ano, sendo-lhe confiada a pasta da marinha e ultramar.
Como par do reino, distinguiu-se pela correcção e acerto com que
entrava nas discussões sobre diversos assuntos, não o cegando a
ambição nem o facciosismo partidário. A sua palavra conscienciosa
e insinuante conquistava sempre a atenção da câmara. No princípio
do ano de 1879 presidiu a um comício reunido no antigo circo de
Price, a propósito da concessão Paiva de Andrada, e apresentou na
câmara dos pares um projecto de lei, tendente a anular aquela
concessão.
Quando
faleceu, havia já muitos anos que se afastara da vida pública,
tendo ainda, por ocasião da aclamação do rei D. Carlos, em 1839,
desempenhado as funções de alferes-mor. O marquês de Sabugosa
casou a 24 de Abril de 1852 com D. Maria do Carmo da Cunha Portugal
e Meneses, dama honorária da rainha D. Maria Pia, filha de D. António
Maria de Portugal e Meneses, moço fidalgo com exercício, senhor do
morgado de Soure e Ponte de Sôr, etc., e de sua mulher, D. Ana
Mafalda da Cunha, filha dos condes da Cunha.
António
Maria José de Melo César e Meneses, 3º marquês de Sabugosa
Genealogy (Geni.com)
|
|
|
|
|