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António Vasco de Melo, conde de Sabugosa
António Vasco de Melo, conde de Sabugosa

Sabugosa (António Maria José de Melo César e Meneses, conde de).

 

n.      13 de novembro de 1851.
f.       [ 21 de
maio de 1923 ].

 

Bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra, grã-cruz da Ordem de Cristo, comendador e grã-cruz da de S. Tiago, por decreto de 4 de dezembro de 1909; mordomo-mor da Casa Real, nomeado em abril de 1903; par do Reino, nomeação de 17 de março de 1898, sócio efectivo da Academia Real das Ciências, escritor e poeta muito distinto, etc. 

Nasceu a 13 de novembro de 1851, sendo filho dos 3.os marqueses de Sabugosa. 

Foi também veador e mordomo da casa da ex-rainha D. Amélia, enviado extraordinário e ministro plenipotenciário, servindo na secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros, cargo de que foi exonerado, a seu pedido, por decreto de 3 de novembro de 1910. Por decreto de 15 de setembro de 1879, recebeu a mercê do título de conde de Sabugosa. Casou a 8 de janeiro de 1876 com a sr.ª D. Mariana das Dores de Melo, 4.ª condessa de Murça, título que lhe foi renovado como herdeira de seus pais, os 3.os condes de Murça: D. João José Maria de Mello Abreu Soares de Vasconcelos Brito Barbosa e Palha, e D. Ana de Sousa Coutinho Monteiro Paim. 

São de grande apreço os trabalhos literários do sr. conde de Sabugosa. Em 1894 publicou, de colaboração com o conde de Arnoso, já hoje falecido, um interessante livro de contos, com o titulo De braço dado. Em 1906 publicou o Auto da Festa, de Gil Vicente, folheto que encontrou na grandiosa biblioteca do seu palácio do Calvário, e de que não havia noticia. O Auto saiu numa nítida edição acompanhado dum seu juízo crítico, denominado Explicação prévia. A transcrição do Auto da Festa é cheia de notas explicativas e de correcção ao texto, pelo ilustre escritor, que muito elucidam. Em 1903 escreveu o livro O Paço de Sintra, apontamentos históricos e arqueológicos; é adornado com desenhos da ex-rainha D. Amélia, e mais colaboração artística de E. Casa Nova e R. Lino. Em 1908 saiu o livro Embrechados, que em pouco tempo teve duas edições. Tem colaborado muito na Revista de Portugal, e encontram-se muitos contos e versos seus em outras revistas, ou reunidos em volume. Como orador, também muito se distinguiu na Câmara dos Pares do Reino, na discussão de assuntos importantes. 

O brasão de armas dos marqueses de Sabugosa é o seguinte: Escudo partido em pala; na primeira as armas dos Melos: Em campo vermelho seis bezantes de prata entre uma cruz sobre a bordadura de ouro; na segunda as dos Silvas: Em campo de prata um leão de púrpura armado de azul.

 

 

 

António Maria José de Melo César e Meneses, Conde de Sabugosa (1854-1923)
Fundação Mário Soares

António Vasco de Melo, 9º conde de Sabugosa
Genealogy (Geni.com)

 

 

 

 


Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume VI, págs. 462-463.

105Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2015 Manuel Amaral