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Samora
Correia
(Carlos Ferreira Prego, 3.º barão de).
n. [
16 de outubro de ] 1857.
f. 12 de julho de 1902.
Comendador
da Ordem de Cristo, proprietário e abastado lavrador em Alcochete,
terra em que nasceu no ano de 1857; faleceu em Lisboa a 12 de julho
de 1902, sendo filho único do segundo matrimónio de seu pai, o 2.º
barão do mesmo titulo. Era extremamente benquisto na nossa primeira
sociedade, pelo seu carácter bondoso, caritativo e esmoler. No seu
testamento, datado de 5 de abril de 1901, legou à Misericórdia de
Alcochete a quantia de 20.000$000 de reis para a construção dum
asilo de velhos e velhas, denominado Asilo do Barão de Somara Correia,
que deveria ser construído no palácio e dependências que
possuía na mesma vila. Deixou à mesma Misericórdia a Marinha e
herdade da Bela Vista e Marinha Nova da Bomba, computada em 100 a
200 contos de reis, para com e seu rendimento sustentar e mesmo
asilo. Em 1906 começou a tratar se da construção do edifício,
sendo o arquitecto da câmara municipal encarregado de elaborar e
respectivo projecto. O barão de Samora Correia casou a 29 de junho
de 1889 com D. Laura Rica. O título foi renovado por decreto de 12
de dezembro de 1878.
O
seu brasão consta: Escudo esquartelado: ao primeiro quartel as
armas dos Ferreiras: Em campo vermelho quatro faixas de ouro; no
segundo as dos Gemes: Em campo azul um pelicano de ouro ferindo o
peito, e três filhos bebendo o sangue que sai das feridas; ao
terceira as dos Pregos: Em campo verde uma ponte de três arcos de
prata, sobre ela três torres do mesmo metal, e por baixo da pente
agua da sua cor; orla também verde com oito ameias de prata; ao
quarto as dos Fernandes: Em campo azul, uma torre de ouro com seis
bombardas da sua cor, duas em baixo e quatro em cima.
Carlos
Ferreira Prego, 3º barão de Samora Correia
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