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São
Carlos
(frei Francisco de).
n. 13
de agosto de 1768.
f. 6 de maio de 1829.
Religioso
franciscano da província reformada da Conceição, no Rio de
Janeiro, definidor da mesma província, examinador da Mesa da Consciência
e Ordens, pregador régio de
grande fama, etc.
Nasceu
ao Rio de Janeiro a 13 de agosto de 1768, faleceu em Lisboa a 6 de maio
de 1829.
Entrou
aos dezoito anos de idade na ordem seráfica professando no convento
da província da Conceição: Cursou com a maior distinção todas
as aulas que ela possuía, completando a sua educação teológica e
literária. Em 1782 foi mandado para o convento de S. Boaventura, da
vila de Macarú, austero asilo, em que se entregou a profundos
estudos nas obras dos padres da igreja, dos filósofos antigos e
modernos, e dos grandes poetas e oradores gregos, latinos,
franceses, italianos e portugueses. Voltando ao Rio de Janeiro
principiou logo a distinguir-se como orador sagrado, sendo em 1801
nomeado pela sua ordem professor de eloquência sagrada. Em 1808,
chegando a família real ao Rio de Janeiro, frei Francisco de S.
Carlos pregou na sua presença o sermão de graças por tão fausto
acontecimento, e o príncipe regente D. João logo o nomeou pregador
da real capela, declarando que era ele o mais eloquente orador que
tinha ouvido. Desde então a vida de frei Francisco de S. Carlos foi
uma continuada série de triunfos na tribuna sagrada. Quando a família
real regressou ao reino, o afamado pregador acompanhou-a, chegando a
Lisboa a 8 do julho de 1821, e aqui, cercado da estima de todos,
correu tranquila a sua existência, até que faleceu.
Escreveu:
A Assunção: poema composto em honra da Santíssima Virgem, Rio
de Janeiro, 1819. Publicou mais a Oração fúnebre nas exéquias
de D. Maria I, Rio de Janeiro, 1816; e um sermão em acção de
graças pelo nascimento de D. Maria da Glória, princesa da Beira,
que foi depois rainha D. Maria II, que publicou também no Rio de
Janeiro em 1819.
Frei Francisco de São Carlos Escritas.org
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