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São Lourenço (D. João José
Ausberto de Noronha, 6.º conde de).
n. 8
de agosto de 1725.
f. 22 de janeiro de 1804.
Um dos mais eruditos fidalgos do seu
tempo.
Nasceu a 8 de agosto de 1725, faleceu
a 22 de janeiro de 1804.
Conde de S. Lourenço por ter casado
com a 6.ª condessa deste título. Sendo eleito académico da
Academia Real de Historia Portuguesa e escolhido pelos seus colegas
para censor da academia, ali recitou em 1756 um discurso que se
imprimiu em 1757. Era gentil homem da câmara do infante D. Pedro,
mas isso não impediu o marquês de Pombal de o considerar como
implicado na conspiração contra el-rei D. José, e de o encarcerar
no forte da Junqueira, onde esteve dezassete anos, desde 1760 até
1177.
Não foi, porém recebido tão bem
como imaginava pelo seu antigo amo, já então rei D. Pedro III.
Irritado, pediu a sua demissão de camarista, e retirou-se à vida
particular, dando mostras de que o longo encarceramento lhe alterara
um pouco a razão. Ia passar largo tempo no convento das
Necessidades, e tinha uma mania muito semelhante à do conde de S.
Germano, a de afirmar que tratara com os homens mais eminentes da
Europa, embora tivessem falecido antes dele nascer. A sua vasta
erudição favorecia o desenvolvimento dessa mania. Diz-se que
escrevera na sua prisão um Tratado para a educação do príncipe,
e em 1792, quando a loucura da rainha obrigou o príncipe a assumir
a regência, o conde de S. Lourenço combateu a resolução tomada
num opúsculo que ficou manuscrito, e em que se manifesta o ódio
que votara aos ministros José de Seabra e Sousa Coutinho. Os últimos
anos da sua vida passou-os recolhido na casa do Espírito Santo da
Congregação do Oratório.
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