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Silveira
(Diogo
da).
n.
f.
Um
dos mais intrépidos guerreiros que militaram na Índia no tempo do
governador Nuno da Cunha.
Comandou
a armada que devastou as costas de Cambaia por mais duma vez, e foi
ele que aconselhou a Nuno da Cunha a tomada de Baçaim, enquanto não
podia tomar a fortaleza de Diu, e para essa. conquista contribuiu
poderosamente. Esteve também na destruição de Panane. Apesar das
muitas atrocidades que praticou, devastando por mais duma vez e
cruelmente a costa de Guzerate, há dele um facto, que muito o
honra. Andando a cruzar na costa de Aden, encontrou um navio árabe
que vinha de Djeddah. O capitão dirigiu-se a ele e apresentou-lhe
uma carta dum português cativo, carta que supunha ser a recomendação
e bom salvo-conduto. Era efectivamente de recomendação, no sentido
de recomendar a qualquer capitão português a quem a carta fosse
entregue, que se apoderasse da nau, porque levava ali uma rica
presa. Diogo da Silveira envergonhou-se pelo seu compatriota da
infame cumplicidade de que ele dera provas, e para salvar a honra do
nome português, sem revelar ao capitão árabe o engano infamíssimo
de que estava para ser vitima, deixou-o passar como se a carta fosse
efectivamente um salvo-conduto.
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Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume VI, pág. 944.
105Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2015 Manuel Amaral
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