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O Portal da História Dicionário > D. Domingas Manuel de Noronha, 8.ª condessa de Atalaia e 3.ª marquesa de Tancos

 

Tancos (D. Domingas Manuel de Noronha, 10.ª condessa de Vimioso, 8.ª condessa de Atalaia e 3.ª marquesa de).

 

n.       5 de outubro de 1753.
f.        27 de março de 1827.

 

Camareira-mor da rainha D. Maria I, por decreto de 21 de janeiro de 1793 

Nasceu a 5 de outubro de 1753, faleceu a 27 de março de 1827. Era filha única dos 2.os marqueses Tancos. 

Sucedeu, por morte de sua mãe, em 1791, a todos os senhorios mais bens, já mencionados, e também por sucessão e mercê de vida nas comendas de S. Nicolau, de Cabeceiras de Basto; de S. Pedro de Vale de Nogueira, no arcebispado de Braga; de S. João de Abrantes, e de Santa Maria da Devesa de Castelo de Vide, no bispado de Portalegre e de S. Miguel de Terroso, todas na ordem de Cristo; da comenda de Miunças de Santa Maria de Álcacer do Sal; do pescado miúdo do Tino da vila de Setúbal; de Ferreira com sua alcaidaria-mor e portagem, no arcebispado de Évora, todas na ordem de S. Tiago; e da comenda da vila de Alpedriz, da Ordem de S. Bento de Avis. Senhora do Paul da Monta, junto à Barquinha, em duas vidas, por mercê da rainha D. Maria I (carta de 11 de maio de 1778). 

Casou em primeiras núpcias com D. Francisco José Miguel do Portugal, 10.º conde de Vimioso, de juro e herdade, que morreu sem geração, em 1771, e pela segunda vez, em 24 de outubro de 1774, com D. António Luís de Meneses, gentil-homem da câmara do rei D. Pedro III e do príncipe da Beira, mais tarde D. João VI, filho dos 4.os marqueses de Marialva, D. Pedro de Meneses e D. Eugénia Mascarenhas. Foi 8.º conde de Atalaia pelo seu casamento, sendo autorizado a usar deste título por carta régia de 8 de março de 1777; e foi 3.º marquês de Tancos, também pelo seu casamento, e carta régia de 27 de abril de 1795 

A este fidalgo, em remuneração de seus serviços, foi-lhe feita a mercê de dois mouchões, chamados um do Doutor Inácio, e outro dos Leprosos, e do terreno denominado dos Doze Passos das Negras, e do Pinhal de Via Longa, junto da sua quinta de Santa Marta, e da Sesmaria das Ferrarias, também junto da mesma quinta, com a clausula e declarações, que os ditos monchões ficariam sujeitos aos córtes, encanamentos e tapumes que o governo ordenar no rio Tejo, em beneficio da navegação e da lavoura, como consta do despacho e portaria de 9, e portarias de 11 de março e 17 de abril de 1790. Igualmente lhe fez mercê da capela instituída por Isabel Martins Preta, na igreja de S. João Baptista da vila de Coruche, para ficar unida aos morgados da sua casa com todos os seus pertences, por decreto de 20 de junho de 1793, e anteriormente tivera mercê perpétua e concedida licença por despacho e alvará de 9 e 29 de janeiro de 1791, para aforar os bens da capela instituída em Vila Franca de Xira, no ano de 1611, por Martim Coelho, ficando obrigado a satisfazer os encargos da dita capela, pagando de foro anual ao Estado a mesma quantia porque a referida capela então andava arrendada. 

O 3.º marquês de Tancos faleceu a 15 de março de 1807. Do seu casamento, entre vários filhos, houve D. Duarte Manuel de Noronha, que foi o 4.° marquês de Tancos; D. Eugénia Manuel, que foi condessa de Redondo; D. Constança Manuel, condessa de Pombeiro e marquesa de Belas; D. João Manuel, 1.º marquês de Viana, e D. António Manuel, 1 ° conde de Ceia.

 

 

 

 

Domingas Manoel de Noronha, 3ª marquesa de Tancos
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Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume VII, págs. 20-21.

Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
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