Religioso
dominicano, arcebispo de Goa, etc.
Nasceu
em Santarém, e faleceu em Chaul a 17 de maio de 1581.
Era
irmão primogénito de D. Fernando de Távora. Foi moço da câmara
do cardeal D. Henrique, e entrando para o claustro, professou no
convento de Benfica, como seu irmão, nas mãos de frei Bartolomeu
dos Mártires, que era então prior daquele convento, e que o
escolheu para o acompanhar a Braga, quando foi nomeado arcebispo
primaz. Depositando sempre nele a máxima confiança, quis também
que o seguisse ao concilio de Trento. Distinguiu-se no concilio,
pregando dum modo notável, e seguindo o exemplo do seu ilustre
prelado na defesa das ideias de reforma eclesiástica. Voltando a
Portugal, foi eleito prior do convento de Évora, e nomeado depois
bispo de Cochim em 1567, passando mais tarde, em 1578, a arcebispo
de Goa, primaz do Oriente. Andou visitando a diocese, a indo a Chaul,
ali faleceu com a fama de ter sido envenenado.
Publicou
a Oração latina que
proferiu no concílio de Trento, e em português, publicou em
Coimbra, 1560, o seguinte folheto: Tratado
de avisos de confessores, ordenado por mandado de reverendíssimo
senhor D. fr.
Bartolomeu dos Mártires, arcebispo e senhor de Braga, primaz.