Formado
em cânones pela Universidade de Coimbra, advogado em Lisboa, sócio
de diferentes academias, etc.
Nasceu
em Lisboa, entre os anos de 1708 e 1710, faleceu na segunda metade
do século 18.
Formou-se
em 1731, e vindo para, Lisboa seguiu a advocacia, fazendo exame em
1728 no Desembargo do Paço, e entrou na magistratura, sendo nomeado
juiz de fora de Marvão. Foi um dos mais célebres membros das academias
do seu tempo, e publicou uns versos à memória do duque de Cadaval,
uma comédia intitulada Los
arrojos por amor; foi um dos muitos poetas que celebraram a
morte da infanta D. Francisca. Há dele um grande número de poesias
epitalámicas e epitáficas, parecendo contudo que era o duque de
Cadaval o seu protector encartado. Deixou ainda alguns tratados jurídicos
em latim.
Mas
o que o torna mais digno de comemoração é o de ter sido um dos
nossos primitivos jornalistas, e jornalista humorístico, porque a
ele se deve o Folheto de
ambas Lisboas (alusão às denominações de Lisboa Oriental e
Ocidental, em que a cidade fora por aqueles tempos dividida). Saía
semanalmente, porém houve por vezes suas interrupções, saindo só
vinte e seis números num ano, o 1.º em agosto de 1730 e o último
em agosto de 1731.