Termas.
Estabelecimento onde se tomam aguas
medicinais quentes, quer seja o calor natural, quer artificial.
Depois deu-se o mesmo nome aos estabelecimentos em que se tomam toda
a qualidade de banhos, quentes, frios, de chuva, de vapor, etc. Os
romanos possuíam vastos e luxuosos estabelecimentos de banhos,
cujas ruínas existem em grande número. Havia termas não só nas
grandes cidades, mas ainda nas pequenas e em muitas povoações e
aldeias. As ruínas das termas de Diocleciano, de Agripa, de Tito,
de Caracala, em Roma; as das termas de Tingad, na África, de
Veleja, próximo de Placencia, confundem a imaginação pelas suas
dimensões colossais. Entre as mais bem conservadas, podem citar se
diversas termas publicas e particulares de Pompeia. Em Portugal
construíram os romanos muitas termas em diferentes povoações, que
vão descritas nos artigos respectivos. Os árabes destruíram
muitas destas termas, reconstruíram outras, que os vândalos,
suevos e godos haviam destruído, e construíram outras de novo. Em
Portugal há numerosas nascentes de águas minerais, as quais vão
mencionadas nas localidades onde nascem, ou têm edifícios próprios
para seu uso. Em S. Pedro do Sul, na povoação do Banho,
compreendida na área da freguesia de Várzea, há um importante
estabelecimento de banhos sulfurosos quentes, cuja temperatura à
nascente é de 60.º centígrados. Está situada junto e na margem
esquerda do Vouga. Estes banhos costumava frequentá-los muito a ex‑rainha
D. Amélia, ganhando muito a localidade com a sua presença, com a
protecção que sempre lhe dispensou. Pelo decreto de 15 de Maio de
1895, deu-se àquelas caldas a denominação de Thermas da rainha
D. Ameia. Hoje são designadas por Termas de S. Pedro do Sul.
V. este nome.
Transcrito por Manuel Amaral
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Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume
VII, pág. 125
Edição em
papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2010 Manuel Amaral
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