n. 1847.
f.
Bacharel
formado em direito pela Universidade de Coimbra, antigo professor do
Colégio Militar, do Liceu Central de Lisboa, Passos Manuel e do
Liceu Maria Pia. Nasceu na Covilhã em 1847.
Muito
novo começou a estudar o latim e o francês em Santa Marinha,
pequena povoação nas abas da serra da Estrela, pertencente ao
Concelho de Ceia. Em 1864 foi mandado para Coimbra onde completou
com distinção o curso do liceu. Matriculou-se na universidade em
1868 e concluiu a formatura em direito em 1873, fazendo parte do
curso a que pertenceram os notáveis poetas Guerra Junqueira e João
Penha. Querendo primeiro seguir a carreira da magistratura judicial,
veio fixar a sua residência temporária em Lisboa no mesmo ano em
que havia terminado seus estudos; mas diversas circunstâncias o
obrigaram a mudar de rumo, preferindo abraçar a carreira do magistério
que já em Coimbra tinha exercido, sendo ainda académico, e para a
qual se sentia com decidida vocação.
Convidado
a fazer parte do corpo docente do Colégio Militar, em 15 de outubro
de 1873 foi nomeado professor interino das cadeiras de filosofia e
literatura daquele estabelecimento onde, passados dois anos por
proposta do director, então o general José Paulino de Sá
Carneiro, era condecorado e louvado pelos serviços prestados ao
ensino; e por decreto de 31 de janeiro de 1887 foi provido
vitaliciamente no lugar de professor efectivo do mencionado colégio
e colocado no 3.º grupo que então abrangia as cadeiras de
geografia, de história e de filosofia Por decreto de 10 de novembro
de 1887 foi transferido para o Liceu Central de Lisboa e colocado no
3.° grupo com todos os direitos e vantagens de que gozava no Colégio
Militar, onde todavia continuou a exercer em comissão o magistério
até ao fim do ano lectivo de 1890 em que, a seu pedido, foi
exonerado daquela comissão. Ao despedir-se do Colégio Militar foi
lhe entregue um ofício que havia sido publicado em Ordem Colegial,
no qual o director, que era então o falecido general Francisco
Maria da Cunha, fazia constar que o procedimento do professor
Mascarenhas foi sempre o mais correcto, desempenhando-se dos seus
deveres de maneira digna de louvor, merecendo-lhe por isso a maior
consideração.
Em
1885 passou também a fazer parte do corpo decente da escola de
ensino secundário, criada pela Câmara Municipal de Lisboa para o
sexo feminino com o nome de Escola Maria Pia, depois convertida em
liceu feminino com a mesma denominação. Por efeito das reformas do
ensino secundário, decretadas em 22 de dezembro de 1894 e de 29 de
agosto
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