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Valada (D. José de Meneses da
Silveira e Castro, 2.º marquês de).
n. 13
de fevereiro de 1826.
f. 15 de outubro de 1895.
Do conselho do rei, par do Reino por
direito hereditário, oficial-mor da Casa Real, comendador da Ordem
de Cristo e da de Santiago, bailio da Ordem Hospitaleira e Soberana
de S. João de Jerusalém, membro da Academia das Ciências
Britânica, e do Instituto Arqueológico de Londres, e 3.º senhor
do morgado de Caparica, 15.º do da Patameira, etc. Nasceu a 13 de
fevereiro de 1826, faleceu em Lisboa a 15 de outubro de 1895. Era
filho do 1.º conde de Caparica e 1.º marquês de Valada, e de sua
segunda mulher (V. o artigo antecedente).
Antigo parlamentar e possuindo uma
erudição pouco vulgar, os seus discursos na câmara dos Pares eram
sempre escutados com a atenção especial que chamam as orações
dos privilegiados. Embora militasse ativamente na política, o
marquês de Valada tinha sempre tempo para ler os seus poetas
favoritos, gregos e latinos, e assim é que Homero e Virgílio raras
vezes deixavam de ser citados nos seus discursos. Em 1877 foi
escolhido pelo duque de Ávila, então presidente do conselho de
ministros, para governador civil do distrito de Braga, e
posteriormente, antevendo Fontes Pereira do Melo a desavença entre
as cidades de Braga e Guimarães, confiou-lho novamente o governo do
mesmo distrito, por decreto de 11 do dezembro de 1884, cargo que
desempenhou sempre com a maior proficiência, sendo louvada a sua
administração. Também exerceu alguns anos o lugar de governador
civil substituto do distrito de Lisboa. Em 1834, pela morte de seu
pai, sucedeu a toda a sua casa e honras, e ao título de marquês,
que lhe foi renovado por decreto de 1 do dezembro do mesmo ano. O
título de conde de Caparica foi mais tarde concedido a seu filho, a
instâncias suas (V. Caparica). O marquês de Valada casou em
Paris, a 9 de julho de 1848, com D. Maria Isabel do Carmo Paula
Máxima Gonzaga de Bragança, filha dos duques de Lafões. Possuía
uma grandiosa livraria, talvez das mais ricas e importantes do
país, cujo catálogo foi publicado em 1896.
Foi colaborador em jornais políticos
e literários, e por alguns anos um dos redatores principais do
jornal religioso O Bem Público. Em 1853 publicou, em
separado, o seguinte discurso com que fez a sua estreia parlamentar:
Discurso pronunciado na sessão da câmara dos dignos Pares do
1.° de agosto de 1853, sobre a questão da pensão que o sr. conde
de Penafiel recebe do correio geral. Publicou também: Discurso
pronunciado na sessão da câmara dos dignos Pares, em 12 de abril
de 1813, Lisboa, 1873. É relativo á necessidade de combater as
tramas dos absolutistas e demagogos que pretendem destruir a
verdadeira liberdade. No Diário do Governo n.º 140 de 1853,
encontra-se também este escrito: "À memória da nobre
marquesa da Ribeira Grande D. Maria da Assunção de Bragança".
José
de Menezes e Tavora Rappach da Silveira e Castro, 2º Marquês de
Valada e 1.º Conde da Caparica Genealogy (Geni.com)
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