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Valongo (Luís Pinto de Mendonça
Arrais, barão e visconde de).
n. 9
de julho de 1787.
f. 30 de julho de 1859.
Fidalgo cavaleiro da Casa Real,
conselheiro, comendador e grã-cruz da Ordem de S. Bento de Avis,
comendador da Torre e Espada, condecorado com a cruz n.º 4 das
campanhas da Guerra Peninsular, e pelo governo de Espanha com a
medalha de Albuera; bacharel em leis pela Universidade de Coimbra,
etc. Nasceu em Seia a 9 de julho de 1787, faleceu em Lisboa a 30 de
julho de 1859. Seus pais eram Luís Bernardo Pinto de Mendonça
Figueiredo, morgado de Nossa Senhora das Preces em Seia, e senhor da
quinta de Pinhanços, fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de
Cristo e desembargador da Relação do Porto; e D. Ana Leonor
Nogueira do Abreu Abranches Homem Pessoa.
Entrou para o Colégio dos Nobres, em
Lisboa, no ano de 1798, passando depois para a universidade em 1803,
cursando a faculdade de leis, tomando o grau do bacharel em 1807, e
formando-se em 1808. Assentou praça de cadete nesse mesmo ano a 5
de agosto, no Regimento de Infantaria n.º 11, e foi despachado
alferes em 14 do janeiro de 1809, e promovido a tenente, em 25 de
setembro de 1811. Tomando parte ativa na Guerra Peninsular, entrou
nas batalhas de Albuera, a 16 de maio de 1811; de Vitoria a 25 de
julho de 1813, em que ficou contuso; dos Pirenéus em 29 e 30 do
julho do mesmo ano; de Orthez, em 27 do fevereiro de 1814; e de
Toulouse, em 19 de abril do mesmo ano. Assistiu às ações de Redinha,
a 12 de março de 1811; de Alfaiates, em 27 de setembro do mesmo
ano; de Roncesvalles, 25 de julho de 1813; e Alturas de Salim, a 31
de agosto do mesmo ano, em que ficou gravemente ferido. Esteve no
sítio de Cidade Rodrigo, desde 2 até 17 de janeiro de 1811; no de
Badajoz, desde 17 de março até 6 de abril de 1812, em que foi o
assalto, no qual também ficou ferido gravemente. Sendo promovido a
capitão em 28 de novembro de 1817, nesse mesmo ano embarcou para o
Brasil, onde se conservou até 1823, ano era que regressou à
pátria, tendo já o posto de major, a que fora promovido em 6 de
fevereiro de 1818; teve a promoção de tenente-coronel em 28 de
dezembro de 1828, e entrou nas campanhas desse ano e de 1827 contra
os absolutistas, mas em 1828 aderiu à aclamação do infante D.
Miguel.
Nesse mesmo ano porém, quando
rebentou no Porto a revolução liberal, no mês de maio, foi
unir-se à Junta com o batalhão de infantaria n.º 23, que ele
revolucionou, pelo que teve de emigrar para Galiza e Inglaterra,
partindo depois para a ilha Terceira, vindo mais tarde na
expedição que desembarcou nas praias do Mindelo, comandando o
corpo de Voluntários da Rainha, em julho de 1832. Sendo ferido
gravemente no reconhecimento de Valongo e agraciado com o grau de
oficial da Torre e Espada, foi em 6 de agosto seguinte promovido a
coronel, e a brigadeiro em 4 de abril de 1833. Foi nomeado prefeito
da província Ocidental dos Açores em 15 de julho desse ano e
governador civil de Angra do Heroísmo em 15 de setembro de 1835;
promovido a marechal de campo em 4 de julho de 1845 e a
tenente-general supranumerário em 8 de julho de 1847. Comandou as
4.ª, 6.ª, 7.ª e 9.ª divisões militares, foi vogal do Supremo
Conselho de Justiça Militar, governador civil de Braga e de
Coimbra. Por decreto de 22 de setembro de 1835 recebeu o título de
barão de Valongo, sendo elevado a visconde, por decreto de 10 de
março de 1842. Quando faleceu, já havia tempo que estava fora do
serviço ativo.
O visconde de Valongo casou em Seia,
a 19 de abril de 1851, com sua sobrinha D. Ana de Guadalupe Pinto de
Mendonça Arrais Nogueira, filha herdeira de seu irmão, Francisco
Pinto de Mendonça Arrais, que tinha sido coronel de milícias da
Covilhã, e de sua mulher D. Ana Antónia Bendita Castelo Branco
Osório da Fonseca Coelho de Abreu.
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