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Valsassina (César Alexandre Monte
Cembra).
n. 24
de julho de 1845.
f. 23 de outubro de 1905.
Capitão-de-mar-e-guerra. Nasceu em
24 de julho de 1845, e faleceu a 23 de outubro de 1905. Era filho de
Carlos Monte Cembra, barão de Valsassina, oficial do exército
alemão, um dos companheiros de D. Pedro IV nas campanhas da
Liberdade, e de D. Maria da Assunção Monte Cembra
Valsassina.
Foi nomeado aspirante de terceira
classe em 24 do julho de 1861, terminando o curso em 1870, sendo
promovido a guarda marinha em 27 de dezembro de 1870, a segundo-tenente
em 26 de março do 1874, a primeiro-tenente em 25 de janeiro de
1883, a capitão-tenente em 25 de julho de 1889, a capitão-de-fragata
em 28 de dezembro de 1895, a capitão-de-mar-e-guerra em 16 de
janeiro de 1902. Em 31 de maio de 1875, sendo segundo tenente, foi
nomeado comandante do vapor Sena, aprisionando em África o
batel Dois irmãos, que se empregava no tráfico da
escravatura; em 4 do abril de 1880 foi nomeado imediato do
transporte Índia; em 3 de setembro de 1884 nomeado
comandante do rebocador Lidador; em 6 de maio de 1885 nomeado
comandante da canhoneira Rio Ave; em 6 de junho de 1887
nomeado primeiro comandante da 1.ª companhia de marinheiros; em 28
de agosto de 1889 nomeado comandante do transporte Índia; em
16 de abril de 1890 nomeado comandante da canhoneira Tâmega;
em 6 de outubro do 1891 nomeado imediato do transporte África;
em 14 de dezembro do 1895 nomeado imediato da corveta Duque da
Terceira; em 7 de agosto do 1896 nomeado imediato do cruzador Vasco
da Gama; em 30 de julho do 1897 nomeado comandante interino do
mesmo cruzador; em 31 de julho de 1898 nomeado comandante da
canhoneira D. Luís.
Entre outras comissões desempenhou
as seguintes: em 27 de junho de 1895, encarregado da vigilância dos
trabalhos da canhoneira D. Luís; em 28 de novembro, diretor
dos serviços marítimos; em 10 de setembro de 189 chefe do
estado-maior da divisão de instrução; em 29 de setembro de 1893
comandante da divisão naval do Atlântico Sul; em 9 de janeiro de
1902, capitão dos portos de Lourenço Marques e Inhambane; em 10 de
fevereiro, presidente da Câmara Municipal de Lourenço Marques; em
4 de fevereiro de 1903, governador interino do distrito do mesmo
nome, e em julho de 1905 diretor dos serviços marítimos do Arsenal
da Marinha. Quando era segundo tenente fez parte da expedição ao
Barué para castigar o gentio, que tinha aprisionado o tenente
Francisco António Vieira Em 21 do junho de 1886 foi louvado, sendo
comandante da canhoneira Rio Lima, pelos serviços prestados
por ocasião do sinistro sucedido no baixo Amélia, em Moçamedes,
em 18 do mesmo mês.
Sendo comandante da canhoneira Tâmega,
por ocasião do ultimato, achava-se na Beira este barco, quando um
barco inglês quis entrar a barra, ao que o capitão Valsassina se
opôs, mas como o inglês persistisse no seu propósito, ameaçou-o
de que faria fogo se não recuasse. Foi também louvado, juntamente
com o comandante do África, pelos bons ser viços prestados
no mesmo navio. Em 20 de julho de 1900 foi louvado por bons
serviços prestados a bordo da canhoneira D. Luís. Quando
era comandante do Lidador rebocou o vapor inglês Bernina,
que tinha abalroado e metido a pique o vapor Buskire. Os
donos e seguradores do barco, reconhecidos pelo serviço prestado,
ofereceram-lhe um magnificam cronómetro e corrente de ouro, com uma
inscrição em inglês numa das tampas.
O capitão-de-mar-e-guerra Valsassina
era cavaleiro das ordens de Cristo e de S. Bento de Avis, comendador
desta ultima ordem, e oficiai da Torre e Espada.
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