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Vilhena
(D. Filipa de).
n. [c.
1585 ].
f. 1 de abril de 1651.
Esta
heróica senhora, cujo nome ficou célebre na história do país, nasceu
em Lisboa onde também faleceu em 1 de abril de 1651. Era filha de D.
Jerónimo Coutinho, que foi nomeado vice-rei da Índia, mas não
aceitou a nomeação.
Casou
com o 5.º conde de Atouguia, D. Luís de Ataíde, que morreu,
deixando-a com dois filhos: D. Jerónimo de Ataíde e D. Francisco
Coutinho. Senhora resoluta e briosa, teve conhecimento de todos os
preparativos da revolução de 1 de dezembro de 1640, e aconselhou a
seus filhos que a ela aderissem e partilhassem os perigos de seus
irmãos em fidalguia e em nacionalidade. Na madrugada de 1 de dezembro, mostrando realmente uma resolução mais que humana,
cingiu ela própria as armas aos seus dois filhos, e mandou-os combater
pela pátria, dizendo-lhes que não voltassem senão honrados com os
louros da vitória. Não foi ela só que procedeu assim nessa
madrugada célebre. O mesmo fez D. Mariana de Lencastre. Não se
sabe, porém, o motivo porque mais se gravou no espírito popular o
nome de D. Filipa de Vilhena. Talvez por seu filho primogénito,
conde de Atouguia, que não era uma criança como a tradição,
corroborada pela peça de Garrett o faz acreditar, mas sim um homem
feito; que pouco tempo depois foi nomeado governador de Peniche e
alcançou daí a anos a nomeação de vice-rei do Brasil, ter
conquistado uma certa celebridade conquistada pelo seu próprio
merecimento. O drama de Garrett, intitulado D. Filipa de Vilhena,
ainda mais contribuiu para idealizar esta figura feminina, que ficou
sendo como um símbolo enérgico do patriotismo.
D.
Filipa de Vilhena foi chamada ao paço pela nova rainha de Portugal
D. Luísa de Gusmão, e recebeu o cargo de camareira-mor e de aia do
príncipe D. Afonso, mais tarde o rei D. Afonso VI.
D.
Filipa de Vilhena e as heroínas de 1640 (I) História
aberta Dona Filipa de Vilhena,
quadro de Vieira Portuense O Portal da História
Filipa
de Vilhena, marquesa de Atouguia Genealogy
(Geni.com)
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