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Vila
Nova da Rainha
(António de Barros Saldanha da Gama, 2.º visconde de).
n. 30
de junho de 1827.
f. 12 de janeiro de 1899.
General
de brigada reformado, cavaleiro e comendador da Ordem de Avis,
cavaleiro da de Cristo e da Torre e Espada, antigo adido à legação
de Paris e deputado.
Nasceu
a 30 de junho de 1827,
faleceu em Lisboa a 12 de janeiro de 1899. Era filho do 2.º
visconde de Santarém, Manuel Francisco de Barros e Sousa de
Mesquita de Macedo Leitão e Carvalhosa, e de sua mulher D. Maria.
Amália de Saldanha da Gama, sobrinha do 1.º visconde de Vila Nova
da Rainha (V. o artigo seguinte).
Um
dos membros mais ilustres da sua família, o valoroso marechal duque
de Saldanha, também seu tio, consagrou-lhe sempre a mais profunda
estima, tendo-o a seu lado como ajudante de campo. Assentou praça
em 16 de dezembro de 1846, sendo promovido a alferes de cavalaria em
7 de março de 1849, a tenente em 29 de abri! de 1851, a capitão em
8 do setembro de 1850, a major em 4 de maio de 1875, a tenente-coronel
em 20 de agosto de 1879, e a coronel em 29 de agosto de 1883, sendo
depois reformado em general de brigada.
Em
1851, sendo então alferes, acompanhou seu ilustre tio, marechal
Saldanha, no movimento político dessa época, prestando-lhe bons
serviços. Em 1865 foi nomeado adido a uma embaixada em Paris, onde
permaneceu alguns anos auxiliando o seu erudito pai nos diversos
trabalhos científicos que lhe estavam confiados, e que já então
prendiam a atenção dos homens eminentes da Europa. Presidiu a
importantes comissões de serviço público, como a de revisão do recrutamento
do distrito de Lisboa, cargo que exerceu durante dezassete anos,
cuja exoneração ele próprio a requereu, e que a muito custo lhe
foi concedida. Em cinco legislaturas sucessivas foi eleito deputado
pelo círculo de Tomar, cuja representação desempenhou com o maior
zelo e prestando grande serviço aos seus eleitores. À industria e
à agricultura também dispensou valiosos auxílios. Dirigiu como
proprietário, durante vinte anos, a fábrica de papel denominada Marianaia,
e a cultura dos vastos terrenos adjacentes, que se estendem até
ao rio Nabão, valendo-lhe várias medalhas e menções honrosas,
com que em várias exposições estrangeiras foram distinguidos os
produtos daquele importante estabelecimento fabril. Havia alguns
anos que a saúde do ilustre fidalgo começara a ressentir-se,
acusando uma fraqueza intelectual. Essa enfermidade, infelizmente,
foi aumentando, a ponto que teve de ser arrebatado ao seio da sua
família, para ser internado numa casa de saúde, e dali para o
hospital de Rilhafoles, onde faleceu.
O
visconde de Vila Nova da Rainha casou duas vezes: a primeira, em
1858, com D. Carlota Peixoto de Almeida, já viúva, que faleceu a 6
de novembro do, 1875; a segunda vez em 30 de junho de 1877, com D.
Sofia Elisa Morales, que também era viúva. O título foi-lhe
concedido por decreto de 12 de setembro de 1855, em verificação de
segunda vida concedida no decreto da mercê feita a seu tio, o 1.º
visconde de Vila
Nova da Rainha.
António de Barros Saldanha da Gama
de Sousa Mesquita, 2.º visconde de Vila Nova da Rainha Genealogy (Geni.com)
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