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Wagner
(Ernesto Vítor).
n. 1816.
f. 2 de maio de 1903.
Professor
de trompa no Conservatório.
Nasceu
em Zeulenroda, principado de Reuss Greiz, Alemanha, em 1816, faleceu
em Lisboa a 2 de maio de 1903.
Aprendendo
música e o ofício de carpinteiro, trabalhou em casa de seus pais
até 1840, ano em que, apesar da sua curta idade, empreendeu uma
longa viagem. Chegando a Portugal em 1845 apaixonou-se pelo
movimento político, de então, alistando-se num dos batalhões
nacionais que em 1846 entraram na guerra civil.
Em
1848 implantou, de sociedade com Carlos Augusto Habel, a nova indústria
de fabrico de pianos portugueses, conseguindo produzi-los em condições
de elegância, solidez e sonoridade; tão bons como os melhores
importados. Ernesto Wagner tornou se depois o único proprietário
desse estabelecimento. Foi professor de trompa do rei D. Luís, que
muito se lhe afeiçoara. Em 1849, por meio de concurso, foi nomeado
musico da real câmara, e em 1861 concorreu também ao lugar de
professor dos instrumentos de metal do Conservatório, obtendo o
lugar, em que se conservou até que faleceu, não lhe tendo sido
dada a sua reforma, como, havia pedido pouco tempo antes.
Independentemente
dos seus raros dotes de concertista e de fabricante, Ernesto Wagner
era um grande reparador e conhecedor de instrumentos de corda. Era o
único em, Portugal e exímio nesta especialidade; sendo os seus
trabalhos muito apreciados. Consta que no seu atelier
existiam exemplares italianos muito raros e antiquíssimos, dos mais
célebres autores de rabecas. Foi também em Portugal um dos mais
devotados propagandistas da música clássica: Era casado com D.
Leopoldina Carolina Neuparth, irmã do professor do Conservatório
Augusto Neuparth. V. este nome.
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