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Wiederhold
(Bernardino Guilherme Held, barão de).
n. 1753.
f. outubro de 1810.
Oficial
alemão, nascido no eleitorado de Hesse em 1753, e falecido em
Lisboa no mês de outubro de 1810. Seguindo a carreira das armas,
fez as campanhas no norte de Alemanha e em Flandres, como oficial do
estado-maior, contra os exércitos da Republica francesa.
Quando
em 1797 veio a Portugal o príncipe de Waldeck para, na qualidade de
marechal dos reais exércitos tomar o comando do nosso exercito, sob
a direcção superior do marechal general duque de Lafões, entrou o
barão de Wiederhold ao serviço de Portugal com o posto de coronel
de infantaria e a patente de ajudante general do mesmo príncipe, a
quem logo acompanhou na digressão militar pelas províncias do
reino. Falecendo o príncipe em setembro de 1798, foi o barão de
Wiederhold encarregado de varias comissões militares, e na campanha
de 1801 serviu, debaixo das ordens imediatas do general Gomes Freire
de Andrade, com as tropas que sob o comando desse chefe operavam
sobre Monte
Rei. No ano imediato serviu ás ordens do general, conde de Goltz,
durante todo o tempo que este comandou o exercito português, e em
1803 e 1804 foi-lhe confiada a missão de dirigir a redução das
forças dos corpos, que pertenciam à província do Minho e partido
do Porto. Em 15 de agosto de 1805 foi promovido ao posto de
brigadeiro e seguidamente escolhido para substituir o marquês de
Alorna, então nomeado governador das armas da província do
Alentejo, no comando da Legião das Tropas Ligeiras, sendo logo
depois um dos mais activos colaboradores na organização do
exercito de 19 de maio de 1806.
Quando
as tropas francesas invadiram o nosso território, o barão de
Wiederhold deixou o serviço militar e conservou-se em Lisboa, até
que intervindo poderosamente nos acontecimentos da restauração do
reino, voltou de novo ao serviço activo. Entrando em campanha em
1809 com as tropas do general Miranda Henriques, foi por este,
especialmente encarregado de praticar o reconhecimento militar do
terreno compreendido entre o Zêzere e o Mondego, trabalho que
concluiu rapidamente, apresentando as competentes memórias e
plantas. Ainda nesse mesmo ano foi incumbido pelo ministro da
guerra, de alguns trabalhos especiais, mas sendo acometido de grave
enfermidade nos princípios do ano de 1810, recolheu a Lisboa,
falecendo poucos meses depois.
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