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Xavier de Matos (Júlio).
n. 26
de janeiro de 1856.
f. [ 12 de abril de 1922 ].
Cirurgião
médico pela Escola Medico Cirúrgica do Porto, diretor do
Manicómio do Conde de Ferreira, depois diretor do Manicómio
Bombarda, e vice reitor da Universidade de Lisboa. Nasceu no Porto a
26 de janeiro de 1856, sendo filho do distinto advogado Joaquim
Marcelino de Matos.
Fez
o curso com muita distinção, e defendeu tese a 24 de julho de
1880. Nomeado médico adjunto do hospital de alienados do Conde de
Ferreira, foi depois seu diretor, vindo para Lisboa, mais tarde, por
morte do dr. Miguel Bombarda, tomar a direção do Manicómio de
Lisboa, onde se tem conservado. Quando ultimamente se estabeleceram
as universidades de Lisboa e do Porto, foi também nomeado
vice-diretor da de Lisboa. Como alienista, o sr. dr. Júlio de Matos
adquiriu uma grande e merecida reputação, dentro e fora do país.
Como escritor, alia à sua correção pouco vulgar, notável brilho
de expressão. As suas conferências sobre psiquiatria marcaram
época em meio tão avesso a estes cometimentos. Professor muito
distinto, foi eleito para presidir ao congresso do professorado do
ensino secundário do Porto.
Das
suas publicações muito numerosas citaremos as seguintes: O
Positivismo. Revista de filosofia, dirigida por Teófilo Braga e
Júlio de Matos, Porto; tomo 1, 1878 1879; tomo II 1879-1880,
tomo III, 1880-1881; tomo IV, 1882 ; Patogenia das alucinações,
Porto, 1880; Portugal e o tricentenário de Camões; vem de
pág. 1 a 4 do opúsculo; Camoniana académica, junho de 1880;
Historia natural ilustrada; compilação feita sobre os mais
autorizados trabalhos zoológicos; 6 volumes, Porto, 1880-1882; Um
caso de delírio de perseguições (Extrato da "Coimbra
medica"), Coimbra, 1-581; A última reforma da
instrução secundária. (Reflexões criticas), Porto, 1881; Biografia
de José Correia da Serra; constitui o fascículo IX do tomo I
do Plutarco português, coleção de retratos e biografias dos
principais vultos históricos da civilização portuguesa,
Porto, 1881; Biografia de José Félix Henriques Nogueira,
constitui o fascículo XII do tomo II do referido Plutarco,
correspondente a janeiro de 1882; Aos médicos honestos. Carta a
propósito da questão de António Bessa, Porto, 1883; Manual
das doenças mentais, Porto, 1884; esta obra teve uma edição
especial de 25 exemplares com frontispício a vermelho, que o autor
destinou para brindes. A Paranoia; Os alienados perante os
tribunais; 2 volumes; A Superstição socialista, de
Raphael Garofalo, tradução, Lisboa, 1904; Da liberdade à
escravidão, de Herbert Spencer, tradução. Lisboa, 1904, etc.
Matos,
Júlio Xavier de Memória da Universidade
MATOS,
Júlio-Xavier de (1856-1922) Rede PSI
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