|
|
|
Xavier Pereira da Silva (Francisco).
n. 23
de maio de1797.
f. 27 de abril de 1866.
Cavaleiro
das ordens de Cristo e de Nossa Senhora da Conceição de Vila
Viçosa, oficial da secretaria da Junta do Infantado, antigo
empregado no Tribunal da Mesa do Desembargo do Paço, e tenente de
voluntários realistas no tempo do governo do infante D.
Miguel.
Nasceu
em Lisboa a 23 de maio de 1797, faleceu no hospital de S. José, da
mesma cidade, a 27 de abril de 1866. O seu muito afeto ao partido
absolutista, deu causa a ser exonerado dos seus cargos, quando em
1833 foi restaurada a Carta Constitucional. A Nação do 1.º
de maio de 1866 e o Jornal do Comércio do mesmo dia
publicaram o seu Necrológio. Com seu irmão José Xavier Pereira da
Silva (ver o artigo seguinte) foi redator do jornal o Ramalhete.
Escreveu também e publicou Os Serões recreativos, jornal de
romances, novelas, contos e anedotas, Lisboa, 1841, dois tomos.
Por muitos anos se encarregou da feitura dos chamados Cartazes,
ou anúncios das corridas de touros, e de outros semelhantes
espetáculos. Compôs algumas farsas, que se representaram com
aplauso, entre as quais se contam A velhice na morada sempre leva
surriada, que se representou nos primeiros anos do teatro do
Ginásio, e foi uma das coroas do grande ator Taborda, no papel de
fiel de feitos, que ele criou; o Morgado da Ventura, o Arraial
dos Loucos, etc.
|
|
|
|
|