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Zaluar
(Augusto Emílio).
n. 14
de fevereiro de 1826.
f. [ 3 de ] abril
de 1882.
Poeta
e escritor.
Nasceu
em Lisboa a 14 de fevereiro de 1826, faleceu no Rio de Janeiro em abril
de 1882.
Era
filho do José Dias de Oliveira Zaluar, major graduado, que servira
de comissário pagador da divisão dos Voluntários Reais de El-Rei,
na campanha do Rio da Prata, antes da independência do Brasil.
Augusto Zaluar, achando-se habilitado com todos os preparativos
necessários para os cursos de instrução superior, matriculou-se
no 1.º ano da Escola
Médico Cirúrgica de Lisboa, disposto a seguir esses estudos, mas o
seu talento era especialmente literário, e as ciências pouco o
atraíam. Depois de se ter deixado arrastar pela paixão
revolucionaria, e de se ter alistado nas tropas populares que
fizeram a revolução de 1844, sob as ordens da Junta do Porto,
resolveu-se a abandonar o estudo da medicina e dedicar-se
exclusivamente ás letras. Colaborou em diversos jornais de Lisboa, Época,
Jardim das damas, Revista popular e outras publicações daquele
tempo, se encontram poesias suas. Em 1816 publicou um folheto
intitulado Poesias, primeira parte.
Vendo
que nas letras não encontrava os meios de subsistência que
esperava, decidiu ir para o Brasil, e para ali partiu em 1849,
chegando ao Rio de Janeiro a 3 de janeiro de 1850. Tratou então do
viver dos seus trabalhos literários e jornalísticos, conseguindo
alcançar grande popularidade, sendo a sua colaboração muito
requestada por todos os jornais. Fez parte algum tempo da redacção
do Correio Mercantil e do Diário do Rio de Janeiro; em
Petrópolis foi redactor principal de Paraíba, e em Santos
da Civilização. Compôs e traduziu várias peças dramáticas
para os teatros, mas seis anos depois, em 1856, naturalizou-se cidadão
brasileiro. Nunca mais voltou a Portugal. Publicou alguns dos seus
trabalhos, sobre questões económicas e administrativas do Brasil,
e outras literárias.
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