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Dom Pedro de Almeida Portugal
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Educado por familiares devido à prisão do pai, em consequência do atentado à vida do
Rei D. José, em 1758, e da sua mãe e irmãs terem sido
obrigadas a entrarem no convento de Chelas, foi-lhe permitido assentar praça como cadete no
Regimento de Cavalaria do Cais em 1777, após a queda do marquês de Pombal,
mesmo tendo mais três anos do que o regulamento permitia.
A cavalaria era a arma a que tinham pertencido os seus ascendentes e da
qual o seu avô tinha sido General, a partir de 1735.
Subiu normalmente os postos nos regimentos de cavalaria da guarnição de Lisboa. Só em 1793, com a promoção a Coronel, saiu da "corte" para comandar o Regimento de Cavalaria de Évora. Fez a campanha do Rossilhão, sendo o ajudante-general da Divisão Auxiliar. Muito rapidamente se libertou do encargo regressando a Portugal, devido a divergências com o general Forbes, comandante da divisão. Reconhecido como 3.º marquês de Alorna em 1795 foi também nesse ano graduado em marechal de campo, participando na promoção geral após o regresso do Exército auxiliar à coroa de Espanha. Nomeado comandante da Legião de Tropas Ligeiras, corpo de todas as armas experimental, que passou a ser conhecida pela «Legião de Alorna», foi no ano seguinte promovido a marechal de campo efectivo. Em 1801 foi enviado para a Beira, comandando o sector da Beira Baixa, e em que se distinguiu no apoio às forças do Alentejo. Em 1805 foi nomeado governador das armas do Alentejo, com o posto de tenente general, segundo parece para o afastar da corte, onde tinha apoiado a nomeação da princesa Carlota Joaquina para assumir a regência quando o príncipe D. João adoeceu. Transferindo o seu comando para Vila Viçosa aí entreteve o príncipe regente com paradas e manobras militares. Em 1807, de acordo com as posições que lhe são conhecidas, apoiou a aliança francesa e o corte com a Grã-Bretanha. As suas acções a partir da ocupação de Junot, baseiam-se nessas ideias. Aceita comandar as forças portuguesas na parte de Portugal dominada pelo exército francês, e mais tarde de todo o exército. Reorganiza o exército de acordo com os regulamentos franceses, e dirige a saída do exército português do país em Abril de 1808, comandado por aqueles que lhe estiveram sempre mais próximos, tanto nas posições políticas como nas ligações familiares. Em França, dará informações sobre a melhor maneira de conquistar Portugal, tentando mesmo participar activamente na invasão do país dirigida por Massena. As suas propostas não são seguidas, mas a sua presença é considerada necessária, sendo condenado à morte em Juízo de Inconfidência pela colaboração activa com o invasor. Sai de Portugal com Massena, sendo mandado inspeccionar a Legião Portuguesa que irá integrar o exército francês que invadiu a Rússia em 1812. Acompanhando as forças portuguesas, é nomeado governador de Mohilew, na Lituânia, mantendo-se nesse cargo até à retirada francesa, que acompanha. Morreu em Conisberga, capital da Prússia Oriental. Devido aos esforços da irmã, mas sobretudo à política de conciliação seguida por D. João VI, a sua memória é reabilitada e o título restaurado.
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