Entrou para o exército em 1785, como cadete no Regimento de
Peniche onde encontrou muitos membros da sua família. Foi promovido a
alferes em 1787, e serviu no estado-maior do conde de Oeynhausen, inspector-geral da
Infantaria, estando com ele no
campo da Porcalhota em 1790.
Foi promovido a capitão em 1791, e a major («sargento-mor») em 1793, sendo nomeado ajudante de ordens do general
Forbes, comandante da divisão portuguesa que foi combater no Rossilhão
e na Catalunha. Já com o posto de coronel, foi em Março de 1800
nomeado governador e capitão-general do Pará, mas não chegou a
partir para o Brasil, e na campanha do ano seguinte, no Alentejo, exerceu o cargo de
quartel-mestre-general (chefe de estado maior) do general Forbes. Em 1806 foi elevado a
brigadeiro, e encarregado da inspecção-geral das milícias. Quando a família real saiu de Portugal para o Brasil, em 1807,
foi nomeado secretário suplente do governo, quando fosse necessário de
substituir o conde de
Sampaio.
Quando Junot assumiu o governo do país, retirou-se para a
província. Estava em Coimbra quando começou a revolta contra a
ocupação francesa e dirigiu-se para o Porto, onde começou a
reorganizar o exército, sob as ordens do seu primo Bernardim Freire
de Andrade. Acompanhou-o como ajudante general do
exército do Norte na sua marcha do Porto para Lisboa, tendo sido nomeado, depois da convenção de
Sintra, secretário da regência
sendo
encarregado da pasta dos negócios da guerra e estrangeiros. Neste
cargo reorganizou o exército, de acordo com as
propostas de 1803, que tinham sido vagarosamente implementadas até
1807. A criação dos batalhões de caçadores é uma das suas
iniciativas, de acordo com as propostas de 1803. Apoiou Beresford, de uma maneira cada vez mais
crítica, na adaptação do exército português ao serviço de
campanha do exército britânico.
Em 1815 opôs-se, com êxito, ao envio de uma divisão portuguesa
para os Países-Baixos para combater Napoleão Bonaparte, no período
dos Cem Dias.
Deixou o seu lugar na regência devido à revolução de 1820,
afastando-se dos negócios públicos.
Em 1808 tinha sido promovido a
marechal de campo, e em 1812 a tenente general. Por decreto de 13 de
Maio de 1820 recebeu o título de conde da Feira, e em 1826
foi eleito par do reino, por ocasião da outorga da Carta
Constitucional por D. Pedro IV.
Posto /
função |
Corpo |
Data do decreto |
Membro |
Conselho de Guerra |
24 de Julho de 1825 |
Tenente general |
|
1812 |
Governador |
Reino |
2 de Janeiro de 1809 |
Secretário da Regência |
Negócios da Marinha e Guerra |
2 de Janeiro de 1809 |
Marechal de campo |
|
1808 |
Inspector-geral |
Milícias |
9 de Dezembro de 1806 |
Brigadeiro |
|
9 de Dezembro de 1806 |
Inspector-geral interino |
Milícias |
11 de Agosto de 1803, Aviso de |
Coronel |
|
5 de Junho de 1798 |
Tenente Coronel |
2.º Reg. de Inf. do Porto |
17 de Dezembro de 1795 |
Major |
Reg. de Inf. de Serpa |
25 de Abril de 1794 |
Capitão, 10.ª comp. |
Reg. de Inf. de Peniche |
22 de Junho de 1793 |
Capitão graduado |
Reg. de Inf. de Peniche |
24 de Setembro de 1791 |
Ajudante |
Reg. de Inf. de Peniche |
27 de Fevereiro de 1790 |
Alferes, 5.ª comp. |
Reg. de Inf. de Peniche |
27 de Abril de 1787 |
Cadete |
Reg. de Inf. de Peniche |
1785 |
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