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François Kellermann
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Filho do marechal do império Kellermann, 1.º duque de Valmy, entrou no exército ao quinze anos.
Fez
parte da embaixada francesa nos Estados-Unidos da América de 1791 a 1793. Regressado a França é
nomeado ajudante-de-campo do pai durante o cerco de Lyon, em revolta contra a Convenção, sendo preso com o
seu pai, quando este se opõe às ordens dos representantes em missão jacobinos. Em 1795 é readmitido ao serviço e enviado para o Exército de Itália. Participa nas batalhas de Arcole e Rivoli, e no cerco de Mântua. Ferido na passagem do Tagliamento, é encarregue pelo general Bonaparte, de levar as bandeiras apresadas ao inimigo ao governo, o que era uma prova importante de favor. General de Brigada em 1797 ilustra-se novamente em Itália durante a Guerra da 2.ª Coligação, ocupando Nápoles em Janeiro de 1799. Em 1800 faz parte do Exército de Reserva, que sob o comando do primeiro cônsul Bonaparte reconquista a Itália. Comandante de uma brigada de cavalaria em Marengo a sua carga no final do dia decide a batalha, e dá-lhe os galões de General de Divisão. Comandante da divisão de cavalaria do 1.º corpo de exército do marechal Bernadotte, participa na campanha da Alemanha de 1805 sendo ferido em Austerlitz. Nomeado comandante da cavalaria do Corpo de Observação da Gironda, ocupa Lisboa em Novembro. Em Março é enviado para o Alentejo, quando a divisão de Solano se retira para Badajoz, encarregue de restabelecer as comunicações entre Lisboa e Madrid quando começa a revolta em Espanha. Chamado a Lisboa em Maio, participa na Batalha do Vimeiro, sendo o general francês que negoceia a Convenção de Sintra. Enviado para Espanha permanece no país até 1811, sendo reformado devido a ser considerado culpado de requisições abusivas e banditismo, o que já tinha caracterizado também a sua actuação em Portugal. Chamado ao activo em 1813, distingue-se nas batalhas de Lutzen, Bautzen e Dresde, durante a Campanha da Alemanha, e na batalha de Bar-sur-Aube em 1814 durante a Campanha de França.
Apoia Napoleão durante os Cem Dias, sendo ferido na batalha de Waterloo, ao participar na grande carga de cavalaria.
Durante a 2.ª Restauração é autorizado a usar o título de Marquês de Valmy e mais tarde o de Duque, sendo feito
Par do Reino.
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