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A organização da Infantaria
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A Infantaria de 1640 a 1797 As Cortes de Lisboa de Janeiro de 1641, convocadas a seguir à Restauração de 1 de Dezembro de 1640, fixaram os efectivos da infantaria em 20.000 homens. Os soldados a recrutar por meio das Ordenanças foram sendo organizados localmente, sendo que no Alentejo o efectivo de cada um dos Terços devia ser de 2.000 homens, divididos em 10 companhias, e que parece ser o efectivo pensado para todos os outros Terços.
Os primeiros corpos a ser organizados foram os do Alentejo. De acordo com dom Luís de Menezes, Conde da Ericeira, na sua obra História de Portugal Restaurado, terá sido D. João da Costa, o futuro 1.º conde Soure, a levantar o primeiro em Évora, que foi servir de guarnição da Praça de Elvas (ver Regimento de Infantaria nº 5). Os que foram constituídos a seguir foram os Terços de Moura, Campo Maior e Olivença, organizados por D. Francisco de Sousa em Beja, e o de Castelo de Vide por D. Nuno de Mascarenhas. Ter-se-ão criado 10 terços em todo o país, nos anos de 1641 e 1642. Um no Minho, dois na Beira, dois na Estremadura, os restantes cinco no Alentejo. Em 1643 levantaram-se mais dois, de acordo com o aumento dos efectivos e dos impostos acordado em Cortes. No princípio dos anos 60 do século XVII o número dos corpos de infantaria aumenta significativamente, aparecendo Terços com a designação de Novos, o que se deve ao desdobramento de alguns dos antigos terços, em princípio, devido à chegada dos regimentos britânicos e franceses, que dirigidos por Schomberg, e devido ao tratado de aliança de Portugal e Inglaterra, vêm ajudar Portugal na guerra da «Aclamação» - são, entre outros, os Terços Novos da Guarnição da Corte e o terço Novo de Entre Douro e Minho. Em 1693, no reinado de D. Pedro II, os Terços eram em número de 20. Número que aparece novamente em 1715, quando, no reinado de D. João V, e com o fim da Guerra da Sucessão de Espanha, o exército é reduzido ao pé de paz. A coroa ultrapassou sempre os números permitidos pelas Cortes, levantando corpos que seriam pagos por outras repartições que não a das "fronteiras" - a Junta dos Três Estados - por meio do imposto da décima. Assim para além dos números permitidos, havia o Terço da Armada, o Terço da Junta e o Terço do Porto, pagos pelos respectivos cofres - Conselho Ultramarino, Junta do Comércio e Câmara do Porto. A estrutura da Infantaria criada em 1640, não foi modificada significativamente até 1836, data em que, com o fim da Guerra Civil, o exército português foi dissolvido devido à Convenção de Évora-Monte, sendo recriado com base no Exército Liberal. Na verdade foi com base na organização original de 1640, que a arma evoluiu nestes 200 anos. Mas a sua estrutura interna, e o número dos seus efectivos, foi evoluindo de acordo com os acontecimentos, as necessidades e o desenvolvimento da técnica e da táctica militares. ...
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