n.     27 de junho de 1858.
f.      [ 15 de dezembro de 1916 ].

Ilustre descendente a representante da nobilíssima família dos Almadas, em que figuram tantos vultos históricos destacando-se entre eles D. Álvaro Vaz de Almada, conde de Abranches, o herói da batalha de Alfarrobeira, e D. Antão de Almada, um dos valorosos conspiradores de 1640, a quem se deve a independência de Portugal. D. Miguel Vaz de Almada é filho do 3.º conde de Almada, D. Lourenço José Maria de Almada de Abreu Pereira Cirne Peixoto, a de sua esposa, a condessa D. Maria Rita Machado de Castelo Branco, filha dos 1.^os condes da Figueira, ambos já falecidos. 

Nasceu a 27 de junho de 1858. 

Do Occidente, n.º 753, de 30 de novembro de 1899, extraímos o seguinte: 

"Novo, bem novo, e já órfão de pai, D. Miguel de Almada começou a prestar à causa do tradicionalismo o concurso relevante de um nome prestigioso e de um trabalho activo a desinteressado. Bem se pode dizer dele que a nobilíssima honra que o príncipe proscrito lhe conferiu com a nomeação de vogal da actual lugar-tenência, a obteve a um tempo, par droit de naissance et par droit de conquête. Não será excedida por muitos a nobreza do nascimento; e, circunstância de apontar, não lha reconhecem apenas pergaminhos arquivados ou curiosos genealogistas; sente-a a consciência popular a lia de por força notá-la o mais simples compêndio da história pátria".

O partido legitimista, de quem é hoje um dos chefes, deve-lhe numerosos serviços, consagra-lhe todo o respeito e consideração, pelo seu carácter digníssimo e pela convicção das suas opiniões, que sempre conserva a sustenta, sem a menor transigência. Casou com uma senhora pertencente a uma das principais a mais distintas famílias da Ilha da Madeira.