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O Portal da História Dicionário > D. Miguel Caetano Álvares Pereira de Melo, 5.º duque de Cadaval
Duque de Cadaval
5.º duque de Cadaval

Cadaval (D. Miguel Caetano Álvares Pereira de Melo, 7.º marquês de Ferreira, 8.º conde de Tentúgal, 5.º duque de).

 

n.       6 de fevereiro de 1765.
f.        14 de março de 1808.

 

Mordomo-mor da rainha D. Maria I, em 21 de março de 1807, por nomeação do príncipe regente D. João, e do conselho da referida soberana; grã-cruz das ordens de Cristo e da Legião de Honra, de França; marechal de campo dos reais exércitos em 9 de março de 1801 ficando desobrigado do comando do Regimento de Cavalaria de Meclemburgo, etc.

Nasceu a 6 de fevereiro de 1765; faleceu na Baía 14 de março de 1808. Era filho do 4.º duque de Cadaval, D. Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo, e de sua mulher, a duquesa D. Leonor da Cunha. Foi-lhe concedido o titulo de duque por carta de 15 de maio de 1777; professou na Ordem de Cristo, como cavaleiro de hábito e a título de comenda de S. Pedro de Vilar Maior por decreto de 4 de junho do referido ano; teve o assentamento do título de duque de 750$000 réis por carta de 7 de junho de 1784, e por outra de 24 de março de 1785; foi-lhe confirmada a mercê de marquês de Ferreira e de conde de Tentúgal dos bens da coroa e ordens e de privilégios da sua casa, que lhe fora feita estando ainda na tutela da duquesa sua mãe, pelas portarias de 18 de maio de 1779, de 7 de julho de 1784 e por alvará de 10 de novembro deste ano.

O duque de Cadaval assentou praça de cadete no regimento do Cais, de que era coronel o conde de Cantanhede, em 1785, foi promovido a capitão para o regimento de Meclemburgo a 27 de janeiro de 1788, a tenente-coronel para o de Castelo Branco em 3 de novembro de 1792, a coronel a 29 do referido mês de 1796, e a brigadeiro em 15 de janeiro de 1801, sendo estes dois últimos postos para o regimento de Meclemburgo. O duque de Cadaval foi uma das testemunhas que assinaram a escritura da outorga das capitulações matrimoniais da infanta D. Mariana Vitória com o infante de Espanha D. Gabriel, que se celebraram a 12 de abril de 1785 no Paço da Ajuda, assistindo à cerimonia do casamento, que também ali se realizou nesse mesmo dia. Quando em novembro de 1807 a família real se retirou para o Brasil, o duque embarcou com sua mulher e filhos na nau D. João de Castro, a qual, separando-se da esquadra, teve uma viagem trabalhosa e demorada. Em meados de janeiro de 1808 avistaram a costa de Paraíba, e nos fins desse mês arribaram à Baía, onde o duque veio a falecer, por se lhe terem agravado os padecimentos, de que já se queixava ao sair de Portugal. A família, em 23 de março, logo depois da sua morte, embarcou para o Rio de Janeiro, onde chegou no meado de abril, e nessa corte se conservou até 1816, ano em que regressou ao reino.

O duque de Cadaval casou a 7 de outubro de 1791 com D. Maria Madalena Henriqueta Carlota Emília de Montmorency Luxembourg, dama das ordens de Santa Isabel e de S. João de Jerusalém, filha do duque de Pinay Luxembourg e Chatillon, que foi presidente da ordem da nobreza nos Estados Gerais de 1789. Deste consórcio houve quatro filhos: D. Adelaide, que faleceu em Alcobaça a 2 de agosto de 1833; D. Nuno, 6.º duque de Cadaval; D. Segismundo, 3.º duque de Lafões, por ter casado com a 3.ª duquesa deste título (V. Lafões) e D. Jaime, que foi marquês honorário.

 

 

 

Genealogia do 5.º duque de Cadaval
Geneall.pt

 

 

 

 

 

Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume II, págs. 5
89-590

105Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2012 Manuel Amaral