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1.º conde de Farrobo
O 1.º conde de Farrobo

 

Farrobo (Joaquim Pedro Quintela, 2.º barão de Quintela e 1.º conde de).

 

n.      11 de dezembro de 1801.
f.       24 de setembro de 1869.

 

Par do reino, 2.º senhor da vila de Préstimo, 2.º alcaide da vila da Sortelha; grã-cruz da Ordem de N. Sr.ª da Conceição, comendador da de Cristo, inspector-geral dos Teatros e Espectáculos Públicos, coronel de cavalaria nacional de Lisboa, abastado proprietário e opulento capitalista.

Nasceu em Lisboa no seu palácio da rua do Alecrim a 11 de dezembro de 1801, onde também faleceu a 24 de setembro de 1869, exactamente no dia do trigésimo quinto aniversário da morte de D. Pedro IV, de quem fora muito amigo e por quem tanto se sacrificara a favor da causa da liberdade.

Foi uma notável coincidência. Era filho do 1.º barão de Quintela que tinha igual nome, e de sua mulher, D. Maria Joaquina Xavier de Saldanha (V. Quintela). Desde muito novo se lhe revelou grande paixão pela música; aprendeu canto e a tocar violoncelo, contrabaixo e trompa, tornando-se neste último instrumento um apreciado solista e um hábil executor de orquestra. Foi um dos entusiastas amadores educados na escola prática que Bomtempo criou em 1822 com a instituição da Sociedade Filarmónica (V. Bomtempo). Era tal a paixão pela música que organizou em sua própria casa uma orquestra e banda, formada pelos seus numerosos criados, tendo contratado um mestre para lhes ensinar a tocar nos instrumentos que preferissem ou para que tivessem mais vocação.

Casou a 19 de maio de 1819, contando dezoito anos anos, com D. Mariana Carlota Lodi, dama da Ordem de Santa Isabel, filha de Francisco António Lodi, primeiro empresário do teatro de S. Carlos, e de sua mulher, D. Joana Bárbara Casimira Machado. Deram-se neste casamento cenas verdadeiramente romanescas. O jovem barão de Quintela acabava de perder seu pai, que faleceu em outubro de 1817, tendo sua mãe já falecido em 1805; via-se senhor duma grande fortuna, e agradara-se de D. Mariana Lodi, porém os 2.os condes da Cunha, sua irmã o cunhado (V. Cunha, 2.º conde da), fizeram grande oposição por ser um casamento desigual, e pela sua influência conseguiram que Francisco Lodi fosse intimado a não receber mais em sua casa o jovem barão, sob pena de ser expulso do reino no prazo de vinte e quatro horas. Porém o barão de Quintela permaneceu firme nos seus amores, e apesar dos espiões que o vigiavam e de tudo quanto se dizia em desabono do empresário do teatro de S. Carlos e de sua família, sempre descobria meio de ter entrevistas com a sua futura noiva e no fim de muita oposição, sempre vencida pela pertinácia do futuro conde de Farrobo, o casamento realizou-se na data acima indicada, sendo-lhe então renovado o título de barão, por carta de 3 de novembro de 1819.

A predilecção que teve também pelo teatro português o levou a construir em 1820 na sua quinta das Laranjeiras, em parte da qual está hoje o Jardim Zoológico, um magnifico e elegante teatro, onde se realizaram funções principescas, que se tornaram célebres. No friso do pórtico do teatro lia-se o verso latino: Hic mores hominum castigantur. Parece que, por causa das agitações políticas dessa época, só em 1825 se realizou a primeira récita, porque a primeira de que temos noticia é de 14 de março desse ano, em que se cantou a ópera jocosa de Mercadante, Il Castello dei Spiriti, ossia Violenza e Costanza, sendo desempenhada tanto nos papéis principais, como nos coros, por amadores pertencentes na maior parte à classe do alto comércio, e sócios da Sociedade Filarmónica de Bomtempo. Em 4 de dezembro do mesmo ano, cantou-se a ópera de Pietro Generali Chiara di Rosemberg, e em 6 de fevereiro de 1826 a pequena ópera jocosa de Rossini, L'occacione fa il ladro, e a de Giacomo Cordella Gli Aventurieri. O maestro Mercadante, que estava então em Lisboa, escreveu expressamente para o teatro das Laranjeiras a ópera La testa di bronzo ossia La Campana solitaria, sendo o próprio Mercadante quem ensaiou e dirigiu a ópera, que se executou em 3 de dezembro de 1827, dia em que a baronesa de Quintela, D. Mariana Lodi, completava trinta e seis anos de idade. A política obrigou a interrupção destas grandiosas funções.

O barão de Quintela professava ideias liberais, e teve bastante desgosto com a proclamação da monarquia absoluta em 1828. Então revelou-se o homem verdadeiramente patriota, esquecendo-se de si para só pensar na pátria, pôs à disposição do governo liberal as somas precisas para acudir às necessidades do exército e da esquadra que defendeu a cidade do Porto durante o cerco. Em 1831, tendo-se recusado a contribuir para um empréstimo forçado que o governo do infante D. Miguel decretou, foi exautorado de todas as honras e privilégios; refugiou-se então a bordo duma nau inglesa, fundeada no Tejo, indo disfarçado em oficial de marinha britânica, e acompanhado por senhoras e oficiais ingleses. No seu palácio da rua do Alecrim foi arvorada a bandeira inglesa para o livrar de qualquer assalto. Então organizou-se um telégrafo de sinais, por meio de bandeiras, entre o mirante do palácio e aquele navio. Por ele se comunicavam à família Quintela e aos seus amigos as notícias liberais, vindo de bordo dum vaso de guerra as ordens do barão.

As circunstâncias do exército sitiado no Porto tornavam-se dificílimas, por falta de recursos, não se podendo pagar à esquadra, que lutando com as maiores dificuldades, pedia socorros pecuniários, que lhe não eram enviados, e chegando os chefes a ameaçar que abandonariam os seus postos e venderiam os navios para se pagar às tripulações, veio a Lisboa um enviado especial do imperador para negociar por intermédio dos directores da Companhia das Vinhas do Alto Douro um adiantamento sobre o contrato do tabaco e do sabão. O agente de D. Pedro não foi bem sucedido nesta empresa, e indo depois a bordo falar com o barão de Quintela, este lhe respondeu: "Não correm propícios os tempos para negociações de contratos, mas se a salvação da causa liberal depende das 30.000 libras esterlinas de que S. M. I. carece, diga ao sr. D. Pedro, que desde já estão à sua disposição". Talvez fosse este facto que motivou a intimação feita em abril de 1832 ao barão de Quintela para que saísse de Lisboa no prazo de vinte e quatro horas, o que o obrigou a alienar todos os seus bens a favor de lord William Russell, e a homiziar-se em casa de Diogo Carlos Duff, na rua do Prior à Lapa, onde o acolheram a pedido de José Maria O'Neill, tomando então o nome de Mr. Smith. O governo miguelista chegou a oferecer avultadas quantias a quem descobrisse o lugar onde se ocultava, que apenas era conhecido pelo criado João Alemão, Inácio Hirsch e o catraeiro Joaquim. Novas urgências pecuniárias se deram, não se podendo pagar os vencimentos dos oficiais e da tropa, que estavam em atraso de doze meses. Lord William Russell, encarregado pelo governo inglês de vigiar os actos do governo miguelista, mandou chamar Francisco Lodi, e declarou-lhe que estavam perdidas todas as esperanças de salvação dos liberais, à vista do que era um dever avisar o Quintela para não sacrificar a sua fortuna a favor duma causa que se podia considerar como perdida. Este facto está afirmado por uma carta de Francisco António Lodi, que se publicou em 26 de setembro de 1869 no Jornal do Comércio, por ocasião da morte do conde de Farrobo. O dedicado liberal ainda tentou realizar um empréstimo por meio duma subscrição, que só chegou a atingir a importância de 1.600$000 réis. Estando reunidos em casa de Diogo Carlos Duff, além das pessoas de família, José Maria O'Neill e o barão de Quintela, entraram Domenic Duff e Francisco José de Almeida, dando parte do mesquinho resultado da subscrição, e todos lamentavam este facto, dizendo que tudo estava perdido. Depois de profundo silêncio, o dono da casa exclamou: "parece incrível que não haja um português que faça um sacrifício para salvar a liberdade do seu país!» O barão de Quintela respondeu imediatamente: "engana-se, sr. Duff, há um português que está pronto a sacrificar-se para salvar a sua pátria e os seus amigos, e esse português sou eu". Pouco depois assinava letras sobre o seu correspondente em Londres, John Gore, e a liberdade de Portugal estava salva. Em agradecimento de tão relevantes serviços, D. Pedro escreveu do seu próprio punho uma carta ao barão de Quintela, em 18 de fevereiro de 1833. Tendo terminado a campanha, quando o imperador entrou em Lisboa, dirigiu-se logo ao palácio da rua do Alecrim, onde teve uma recepção verdadeiramente principesca. O  título do conde de Farrobo foi-lhe concedido por decreto de 4 de abril de 1833, dia do aniversário natalício da rainha D. Maria II. Por carta régia de 1 de setembro de 1834 foi eleito par do reino, de que prestou juramento e tomou posse em sessão da respectiva câmara de 2 do referido mês e ano.

A quinta do Farrobo fica próximo a Vila Franca de Xira, e é importantíssima; tem um palácio magnífico e um teatro, onde depois também houve funções sumptuosas, sendo ali hospedadas todas as pessoas que tomavam parte nos espectáculos, durante muitos dias em que se realizavam os últimos ensaios. 0 teatro das Laranjeiras foi restaurado em 1842; era iluminado a gás, iluminação que nem sequer se pensava ainda introduzir em Lisboa. D. Maria II tinha grande predilecção pelas festas das Laranjeiras, a que assistia com toda a família real. "Aquele teatro, diz um dos biógrafos do conde de Farrobo, era o salão mais apetecido e mais selecto da terra portuguesa; o centro mais requintadamente ático, de mais transcendente mundanidade, mais artístico, mais espiritual, que até hoje tem havido neste trechozito do globo. Foram o exigi monumentum do Quintela. Nos tempos áureos do poderio de Farrobo, e ainda posteriormente, mais de um argentário aristocrático o tentou imitar". Desde 1834 até 1853 houve quase sempre naquele teatro uma ou duas representações por ano, de óperas desempenhadas por amadores, tomando parte em algumas, os cantores italianos escriturados em S. Carlos. A relação das óperas, que se cantaram nesse período, pode ver-se no 1.º volume do Dicionário bibliográfico dos músicos portugueses, de Ernesto Vieira, a pág. 401 e seguintes. Por morte de D. Maria II, em 15 de novembro de 1853, o conde de Farrobo, que lhe era muito afeiçoado, interrompeu por algum tempo as suas funções. Em 1856 realizou-se uma récita, em que se cantou a ópera cómica de Daddi, L'organiste, acompanhada das comédias em um acto, Cerise en prison, em francês, e Um plano malogrado, em português. Ainda em 1861 ali se repetiu aquela ópera. Infelizmente o teatro ardeu em 9 de setembro de 1862, por descuido duns operários que andavam ali trabalhando, perda que o conde sentiu profundamente. Estava na quinta do Farrobo quando recebeu a triste notícia. Ainda pensou em o reconstruir, chegando mesmo a dar princípio às obras, mas depois, principiando a decadência da sua casa, desistiu desse desejo. No incêndio nada se pôde salvar, perdendo-se o importante cenário e o riquíssimo guarda-roupa. O nome do conde de Farrobo anda ligado a muitas e diferentes empresas proveitosas e úteis.

Espírito culto e iniciador, promoveu o desenvolvimento da indústria entre nós com desinteressada interferência. Mencionaremos as seguintes empresas devidas à sua iniciativa, ou ao seu valioso auxilio: obras da barra da Figueira da Foz, empresa da Marinha Grande, a fábrica de produtos químicos da Verdelha, a de fiação de sedas a vapor, as minas de carvão de pedra, as companhias Bonança e União Comercial, a fundição Vulcano, a companhia do Gás, a empresa dos Caminhos de Ferro do Norte e Leste, a Companhia das Vinhas do Alto Douro, a das Pescarias, a dos Ónibus, das louças, de artefactos, da ponte pênsil sobre o Douro, etc. Não foi menos notável cultor e protector das Belas Artes. Verdadeiro artista de coração, os artistas tinham nele um apreciador distinto e um protector afectuoso e dedicado. A expensas suas foram subsidiados no estrangeiro alguns dos nossos apreciados artistas, como o pintor António Manuel da Fonseca, depois professor de pintura histórica na Academia Real das Belas Artes; Joaquim Pedro de Sousa, professor de desenho na referida academia, etc.

O conde de Farrobo não limitava a sua paixão pela música às festas das Laranjeiras, também auxiliava as academias com a maior dedicação e desinteresse. Por muitas vezes executou no seu instrumento favorito, a trompa, trechos da maior dificuldade, como os concertos de Dauprat e de Gallay, que eram os autores mais considerados na especialidade. Era o primeiro trompa em todas as orquestras de amadores, e comprazia-se mesmo em ocupar este lugar nas orquestras de artistas, como sucedia na grande festa de Santa Cecília, na igreja dos Mártires a 22 de novembro, a que nunca faltava. Além da Academia Melpomenense, fundada por artistas, existiam duas muito importantes, constituídas por amadores, a Academia Filarmónica, instalada em 28 de março de 1838, e a Assembleia Filarmónica em 1839, ambas filhas da Sociedade Filarmónica instituída por Bomtempo. O conde de Farrobo era presidente das duas, que tiveram uma época de grande brilho, chegando nas suas festas anuais a executar óperas completas: a Academia Filarmónica, a A Favorita, em 1842 ; Os Infantes em Ceuta, em 1844 ; Maria Padilha, em 1845 ; Ugo, conde de Paris, em 1846 ; e a Assembleia Filarmónica, O D. Sebastião, em 1844 ; Os Dois Foscari, em 1846. Estas academias eram rivais, e guerreavam-se encarniçadamente apesar de muitos dos sócios pertencerem a ambas. Em 1845 tentou o conde de Farrobo congraça-las, unindo-as numa só, e como testemunho desta aliança, propôs construir-se um edifício adequado, que ficaria pertencendo à sociedade unificada. A ideia foi aplaudida por ambas as sociedades, mas começaram a surgir tantos embaraços, que o conde se aborreceu, e desistiu dos seus generosos intuitos.

Por decreto de 3 de outubro de 1848 foi o conde de Farrobo nomeado inspector geral dos teatros e director do Conservatório Real de Lisboa, quando este estabelecimento estava em muita decadência (V. Conservatório). O seu nome também ficou vinculado à história do teatro de S. Carlos, de que se fez empresário no segundo semestre de 1838, marcando uma época memorável. Organizou uma numerosa companhia toda formada de artistas de primeira ordem, escriturando todas as celebridades estrangeiras daquela época. As óperas e bailados eram postos em cena com extraordinária magnificência, sobretudo o Roberto do diabo, que pela primeira vez se cantou em Lisboa a 2 de setembro de 1838, causando assombro pelo luxuoso cenário e vestuário, e excelência do desempenho, e a ópera D. João, de Mozart, que também se ouviu pela primeira vez em Lisboa a 6 de janeiro de 1839. A empresa durou até ao fim de 1840, perdendo o arrojado e desinteressado empresário mais de 90.000$000 de réis. Foi por intervenção do conde de Farrobo que vieram viver para Portugal os maestros Pietro António Coppola e Ângelo Frondoni.

Uma das suas diversões predilectas eram as caçadas. A este respeito, transcrevemos do Brasil-Portugal, n.º 68, de 16 de novembro de 1901, o seguinte : 

"todos sabem que ele era um caçador emérito, cujo fuzil tinha a reputação de figurar sempre com uma cifra elevada de peças de caça na estatística cinegética. Todos sabem que ele era um shooter [atirador] certeiro, um atirador eminente nos tiros dobles e nos atravessados ou de passagem, para o que possuía magnificas espingardas, duas das quais ainda existem, uma na posse do sr. dr. D'Korth, e outra em poder do sr. Carlos Pedro Quintela, filho do conde de Farrobo. Foi o conde de Farrobo quem introduziu em Portugal os primeiros cães setters, que vieram substituir os navarros; foi ele, também, quem primeiro tentou aclimar, no nosso país, o faisão dourado e a perdiz cinzenta. Além da propriedade do Farrobo, tinha várias casas para descansar dos prazeres cinegéticos: na Esperança, para a caça das codornizes; em Samora Correia, para a caça das galinholas; afora outras no Alentejo. Da quinta do Farrobo para Samora faziam-se sinais por meio de bandeiras. O conde de Farrobo ia muitas vezes para o palácio da Gôndola, em Azambuja, onde havia uma guiga [barco ligeiro estreito e leve] destinada a transportá-lo á caça das narcejas e dos patos na vala. Foi grande caçador de porcos bravos e o mais notável caçador de lebres que tem havido entre nós. Deixou, porém, de se entregar a este género de caça em consequência de um desastre que lhe aconteceu. Chapou-se o cavalo em que montava, e teve de ser levado gravemente ferido e sobre troncos de arvores; pais a sua quinta do Farrobo, episódio que deu lugar a que o pintor Fonseca reproduzisse em quatro quadros todas as pessoas que assistiram ao acto". 

O regulamento acerca das caçadas, que a si próprio se impusera, mantinha-o com o máximo rigor. Nas épocas destinadas aos diferentes géneros de caça, as suas ordens terminantes eram fielmente cumpridas, e ele partia com os seus amigos e comitiva de criados, como se fosse em cumprimento duma ordem superior.

A fortuna do opulento argentário, que desde muito se ia aluindo, sofreu nos últimos anos da sua vida um profundíssimo golpe com a perda duma demanda, que durante muitos anos sustentou com o capitalista Manuel Joaquim Pimenta. O conde de Farrobo tinha recebido do governo o monopólio do tabaco, concedido como recompensa dos serviços prestados à causa constitucional, e passou-o pouco depois ao referido capitalista Pimenta, mas a lei relativa ao papel-moeda e promulgada pela mesma época em que se concluiu este contrato, alterou-o em prejuízo do comprador, que por isso tentou uma acção judicial contra o conde, que só no fim talvez de trinta anos de lutas se decidiu, ficando o conde condenado, tendo de pagar somas avaliadas em quantia muito superior a 1.000 contos de réis. Esta sentença foi a ruína completa do homem prestigioso que tanto se sacrificara em beneficio do país e pela causa liberal, que talvez não pudesse vingar se não fosse a sua poderosa e valiosíssima cooperação. Este e ainda outros desgostos particulares o levaram a desistir do título de conde de Farrobo, assinando-se ultimamente como barão de Quintela, título que herdara de seu pai.

Falecendo em 22 de julho de 1867 na quinta das Laranjeiras a condessa D. Mariana Lodi, passou a segundas núpcias com M.elle Maria Madalena Pignault. De ambos os matrimónios houve geração.

O seu brasão de armas é o seguinte: um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, em campo vermelho uma cruz de prata florida e vazia do campo; na segunda as armas dos Rebelos, em campo azul três fachas de ouro, e sobre cada uma destas uma flor de lis vermelha formando banda.

 

 

 

Genealogia do 1.º conde de Farrobo
Geneall.pt

 

 

 

 

 

Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume III, págs.
313-316

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