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Figueira
(D.
José de Castelo Branco Correia e Cunha Vasconcelos e Sousa, 1.º
conde da
n.
5 de fevereiro de 1788.
f. 16
de março de 1872.
Veador
da princesa do Brasil D. Maria Benedita, viúva do príncipe D. José;
comendador de Santa Maria de Gulfar e de S. Pedro de Vale de Ladrões,
ambas na Ordem de Cristo; par do Reino; grã-cruz das ordens de N.
Sr.ª da Conceição, da Torre e Espada, e da de Carlos III, de
Espanha; brigadeiro reformado, governador e capitão-general da província
de S. Pedro de Rio Grande do Sul no Brasil, etc.
Nasceu
em Salvaterra de Magos a 5 de fevereiro de 1788, faleceu em Lisboa a
16 de março de 1872. Era filho do 1.º marquês de Belas, José Luís
de Vasconcelos e Sousa, e de sua mulher, a marquesa D. Maria Rita de
Castelo Branco Correia e Cunha.
O
conde
da Figueira serviu de reposteiro-mor nos actos da aclamação e do
funeral de D. João VI. Exerceu o cargo de governador e capitão-general
da província do Rio Grande do Sul, desde Julho de 1818 até 1821,
durante o período em que esta província pertenceu a Portugal,
exercendo nesta qualidade o cargo de comissário por parte de
Portugal na convenção de limites efectuada nesta mesma província
e a de Montevideu, Buenos Aires. Neste mesmo governo o substituiu no
mencionado ano de 1821 o futuro duque de Saldanha, que foi o último
governador português daquela província. A grã-cruz da ordem da
Torre e Espada foi-lhe concedida em remuneração do distinto serviço
prestado na acção de Toguarembá, no Rio Grande do Sul em 22 de janeiro
de 1820. O conde da Figueira fez parte da expedição portuguesa que
foi à cidade de Pernambuco em 1817, e serviu de ajudante do infante
D. Miguel, comandante em chefe em 1833. A carta régia de 30 de abril
de 1826 o elegeu par do reino, de que prestou juramento e tomou
posse na sessão da respectiva câmara de 31 de outubro do mesmo
ano. O conde de Figueira era grande de Espanha de 1.ª classe, marquês
de Olias e de Zursial, na Catalunha, e marquês de Mortara, no
ducado de Milão. Foi um fidalgo sempre dedicado ao partido
legitimista.
Casou
a 29 de agosto de 1801 com D. Maria José de Mello Meneses e Silva,
senhora dos morgados da Figueira e Landeira, que faleceu no Rio de
Janeiro a 4 de maio de 1818, filha única e herdeira de D. José de
Melo Homem, senhor dos referidos morgados, moço fidalgo com exercício
no Paço, coronel das Ordenanças da corte, etc., e de sua mulher,
D. Maria Inês de Almeida. Passou a segundas núpcias a 11 de fevereiro
do ano de 1822, com D. Maria Amália Machado de Mendonça Eça
Castro Vasconcelos Orosco e Ribera, que faleceu a 28 de dezembro do
ano de 1863, senhora da Quinta da Torre e de vários vínculos,
filha única e herdeira de Luís Machado de Mendonça Eça Castro e
Vasconcelos, 10.º senhor das Terras de Entre Homem e Cávado,
senhor da quinta da Torre do vínculo de Mendonças Avé Maria; moço
fidalgo com exercício no Paço; alcaide-mor das vilas de Mourão,
do Seixo de Ervedal, do Casal, e de Sameixe; etc., casado com D.
Mariana Saldanha e Oliveira, filha dos 1.os condes de Rio
Maior, João Vicente de Saldanha Oliveira e Sousa Juzarte Figueira e
D. Maria Amália de Carvalho Daun.
O
título
de conde da Figueira foi concedido por D. João VI, sendo ainda
regente, por decreto de 13 de maio de 1810. Os condes da Figueira são
hoje os representantes do 1.º marquês de Montebello, Félix
Machado de Castro e Vasconcelos, comendador de Coucieiro na ordem de
Cristo, que teve a mercê de conde e de marquês em Portugal,
fazendo muitos serviços a esta coroa na corte de Madrid. Foi o
marquês uma das maiores glórias do nosso país. (V. Montebello).
A primeira condessa ela Figueira, pelo seu casamento, era sua
bisneta.
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