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Fronteira
(D.
João Mascarenhas, 2.º conde da Torre, e 1.º marquês de).
n. 18
de julho de 1633.
f. 16
de setembro de 1681.
Senhor
dos morgados de Coculim e Verodá, na Índia, comendador das
comendas já citadas, e mais das de S. Martinho de Pinho, etc.;
mestre de campo general na província da Estremadura, etc. Nasceu em
Lisboa a 18 de julho de 1633, e faleceu na mesma cidade a 16 de setembro
de 1681. Era filho do 1.º conde da Torre, D. Fernando Mascarenhas,
e de D. Maria de Noronha, filha de D. Luís Lobo da Silveira, senhor
de Sarzedas.
Em
1657 passou à província do Alentejo, com o posto de mestre de
campo. Foi depois mestre de campo general da província do Minho, e
voltou ao Alentejo como general de cavalaria tomando então parte na
campanha de 1662. Foi governador de Campo Maior; esteve no sítio de
Badajoz, na empresa de Valença de Alcântara, recuperação de Mourão,
na batalha do Canal em 1663, em socorro de Évora; na das Linhas de
Elvas, do Ameixial e Montes Claros, distinguindo-se sempre pelo seu
valor. Terminada a guerra com a Espanha, foi nomeado mestre de campo
general da corte na província da Estremadura; vedor da Fazenda,
conselheiro de Estado e da Guerra; gentil-homem da câmara do príncipe
D. Pedro.
Casou
a 29 de julho de 1651 com D. Madalena de Castro, filha de Francisco
de Sá de Meneses, 3.º conde de Penaguião, e da condessa D. Joana
de Castro, filha de João Gonçalves de Ataíde, 4.º conde de
Atouguia. Tendo enviuvado, foi grão-prior do Crato, da Ordem de S.
João de Malta. Recebeu a mercê do título de marquês de
Fronteira, por decreto de 7 de janeiro de 1670. A mercê de Dom
foi concedida em 1 de janeiro de 1496, por D. Afonso V, ao chefe da
casa de Mascarenhas, D. Fernão Martins Mascarenhas e a seus
descendentes (V. Mascarenhas, Fernão Martins). Foi este
fidalgo o fundador da sumptuosa quinta e palácio em Benfica, cuja
descrição já fizemos no 2.º volume do Portugal, a pág.
2-6. O local onde está situado o palácio e a quinta chamava-se então
Morgado-novo, e eram terras pertencentes aos Mascarenhas. O
brasão de armas dos marqueses de Fronteira, é o dos Mascarenhas:
em campo de púrpura, três facas de ouro; elmo de prata, aberto, e
por timbre um leão de púrpura, armado e lampassado de ouro.
O
marquês de Fronteira deixou alguns manuscritos.
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