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João
(D.).
n. 13
de janeiro de 1400.
f. 18 de outubro de 1422.
Infante
de Portugal, filho do rei D. João I, e de sua mulher, a rainha D.
Filipa do Lencastre.
Nasceu
em Santarém a 13 de janeiro de 1400, faleceu em Alcácer do Sal a
18 de outubro de 1422.
Foi
o 3.º condestável de Portugal, sucedendo a D. Nuno Alvares
Pereira; administrador e governador da Ordem da Cavalaria de S.
Tiago. Ao tempo da tornada de Ceuta, era ainda muito criança, e por
isso não pôde acompanhar seu pai, nem seus irmãos mais velhos,
ficando com D. Fernando o irmão mais novo, entregue ao mestre de
Avis D. Fernando Rodrigues de Sequeira, que foi nomeado governador
do reino.
Três
anos depois dando o segundo e o mais apertado cerco com que os
mouros, confiados nos reis de Fez e de Granada, acometeram aquela
praça, foi mandado em seu socorro com o infante D. Henrique. O rei
casou-o em 1424 com D. Isabel sua sobrinha, filha do conde de
Barcelos e 1.º duque de Bragança, e da condessa D. Brites Pereira,
sua primeira mulher, filha única do condestável D. Nuno Alvares
Pereira; e confirmou-lhe a doação do Reguengo e lugar de Colares,
que o mesmo D. Afonso lhe havia feito, por carta passada em Coimbra
a 4 de novembro; fazendo-lhe igualmente mercê da quinta e paço de
Belas, com todas as suas terras, direitos, foros, tributos e igreja,
por outra carta, datada de Coimbra a 11 de novembro, ainda, de 1421.
Do seu matrimónio houve os seguintes filhos: D. Diogo, que lhe
sucedeu nos bens e dignidades e foi o 4.º condestável de Portugal;
D. Isabel, rainha de Castela, 2.ª mulher de D. João II com quem
casou em agosto de 1447, e foi mãe da rainha D. Isabel, mulher de
D. Fernando, chamados os reis católicos; D. Brites, que casou também
em 1447 com seu primo o infante D. Fernando, duque de Viseu, 5.º
filho do rei D. Duarte, e foi mãe do rei D. Manuel; e D. Filipa,
senhora da vila de Almada, que ficou solteira.
No
voto e conselho, que D. Duarte, seu irmão, tomou para a jornada de
Tânger, foi de parecer contrário, dissuadindo-a com razões tão sólidas
e bem fundadas que parecia antever o infeliz sucesso daquela expedição.
Nas cortes que o mesmo rei D. Duarte reuniu em Leiria sobre o
resgate do infante D. Fernando, sustentou também com todo o empenho
o partido a favor do mesmo infante, aconselhando entregar-se em
todos os modos a cidade de Ceuta, que os mouros pretendiam, o que não
se efectuou. D. João era muito afeiçoado a seu irmão D. Pedro, e
nas questões que se levantaram no reino durante a menoridade de D.
Afonso V, concorreu bastante para que a regência fosse confiada ao
duque de Coimbra. Foi o infante D. João que, quando a capital se
declarou em aberta oposição à rainha viúva de D. Duarte, veio
residir para Lisboa afim de regularizar esse estado de sedição, e
foi ele quem propôs nas cortes a eleição de D. Pedro para único
regente do reino, havendo antes recusado as vantagens que D. Leonor
lhe oferecia para o ter do seu lado e separar do partido de D.
Pedro.
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