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Maria
Francisca
(D.). Infanta de Portugal
n.
22 de abril de 1800.
f. 4 de setembro de 1834.
Infanta,
filha de D. João VI e de sua mulher, a rainha D. Carlota Joaquina;
princesa de Espanha pelo seu casamento com o príncipe D. Carlos,
irmão de Fernando VII; grã-cruz da ordem de Nossa Senhora da
Conceição, e dama da de Santa Isabel.
Nasceu
em Queluz a 22 de abril de 1800, faleceu em Inglaterra a 4 de setembro
de 1834. Foi baptizada na capela do paço de Queluz a 4 de maio pelo
cardeal patriarca de Lisboa D. José Francisco de Mendonça,
recebendo na pia baptismal os nomes: D. Maria Francisca de Assis da
Maternidade Xavier de Paula de Alcântara Antónia Joaquina Gonzaga
Carlota Mónica Senhorinha Soter e Caia de Bragança e Bourbon.
Casou
por procuração a 22 de fevereiro
de 1816, e em pessoa a 5 de setembro do mesmo asno. em Cádis, com
seu tio D. Carlos Maria José Isidoro. Ainda em vida de seu irmão,
o rei D. Fernando VII, promoveu algumas revoltas, querendo
assenhorear-se do trono, e sendo por isso julgada perigosa para a
tranquilidade pública a sua presença em Espanha, foi intimado a
sair daquele país. Veio então refugiar-se em Portugal com sua
mulher, para junto do seu cunhado o infante D. Miguel. Depois da
morte de Fernando VII, sucedida a 29 de setembro de 1833, D. Carlos
disputou a sucessão da coroa, com o motivo do impedimento da lei sálica,
contra sua sobrinha D. Isabel II, rainha de Espanha, que em virtude
da sucessão decretada a 29 de março de 1833, e ratificada pela
disposição testamentária de seu pai, datada de 12 de junho do
mesmo ano, subiu ao trono sob a tutela e regência, na sua
menoridade, de sua mãe, a rainha D. Maria Cristina.
Desenvolveu-se
uma guerra sanguinolenta;
a insurreição rebentou em diversas províncias a favor de D.
Carlos, que este príncipe teve de abandonar o território espanhol.
No primeiro de Outubro assinou em Abrantes o manifesto em que
declarava traidores aqueles que não seguissem as suas bandeiras, e
depois publicou vários decretos exercendo actos de verdadeira
soberania, que levou o governo espanhol a declará-lo usurpador e a
sequestrar-lhe os bens. Não pararam ainda aqui as medidas tomadas
pelo governo da regente D. Maria Cristina contra o príncipe, e as
forças do general Rodil entraram em Portugal, e D. Carlos esteve
prestes a ficar prisioneiro em Almeida. Retirando-se então para o
sul, veio até Santarém, e dali se encaminhou para Évora, em
consequência da face que nessa época tomaram os negócios políticos
de Portugal. Quando se deu a convenção de Évora Monte, o ministro
inglês encarregou-se de representar os interesses do príncipe
espanhol, e em virtude dos ajustes então feitos, D. Carlos saiu de
Portugal a bordo do Donegal, que o conduziu a Portsmouth. D.
Maria Francisca não pôde resistir a tantos desgostos, e faleceu
nesse mesmo ano de 1831.
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Genealogia
da infanta D. Maria Francisca
Geneall.pt
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