Nasceu em Lisboa a 6 de abril de 1691, onde também morreu prematuramente a 22 de dezembro de 1733. Era filho de Manuel Pereira Leal, rei de armas. 

Frequentou as aulas de humanidades e de filosofia no Colégio de Santo Antão, sendo um dos estudantes mais considerados pela sua aplicação. A 4 de abril de 1714 recebeu na universidade o grau de mestre em armas, e doutorou se em 1717. Tomou ordens de presbítero, foi protonotário apostólico, e recebeu os benefícios de S João de Abrantes, Santa Maria de Alcáçova, S. Tiago de Montemor-o-Novo, S Tiago de Évora, Santo Estêvão do Alenquer, Santa Justa de Coimbra e S. Julião de Lisboa. Em 1720, sendo ainda muito novo, foi escolhido por D. João V para ser um dos cinquenta membros da Academia Real de História Portuguesa, e em 1721, quando se tratou da distribuição dos trabalhos, os seus colegas lhe deram o encargo de escrever a história do bispado da Guarda. Em 1721 foi feito colegial no Colégio de S. Pedro, de Coimbra, e em 1730 entrou como lente na Universidade. Foi deputado da Inquisição de Coimbra, com exercício na Sé de Lisboa. Aos trinta e nove anos de idade, tendo em perspectiva um futuro risonho, faleceu. 

Escreveu: 

Memórias para a historia eclesiástica do bispado da Guarda, tomo 1, Lisboa, 1729; não se publicou mais tomo nenhum; no fim do volume vem em apêndice, a Dissertação exegética critica, em que se prova ser fabuloso o suposto primeiro concilio de Braga, citado por frei Bernardo de Brito; a qual se havia já publicado em 1723, andando lambem na Colecção dos Documentos e Memórias da Academia de História; nesta mesma colecção publicou o Catalogo dos bispos de Idanha e da Guarda. No ano anterior ao da sua morte, o académico Diogo Fernandes do Almeida disse na academia que o Colégio de S. Pedro de Coimbra arrogava a si os títulos de real e de pontifício, que lhe não competiam, e para a sustentação dessa opinião, publicou uma Dissertação histórica. Manuel da Silva Leal era colegial de S. Pedro, o por isso entendeu que não podia ficar silencioso, e respondeu com uma dissertação intitulada: Discurso apologético, critico, jurídico e histórico, em que se mostra a verdade das doutrinas, factos e documentos que confirmou e referiu na conta dos seus estudos, que deu na Academia Real em conferencia de 8 de novembro de 1731, a respeito do sacro, pontifício e real colégio de S. Pedro. Na referida Colecção da Academia, ainda publicou: Catalogo dos cónegos magistrais e doutores que a Universidade de Coimbra apresenta nas sés deste reino, e outro Catalogo dos colegiais e porcionistas do Colégio de S. Pedro desde 1574 até 1725.