n. 14 de fevereiro de
1866.
f. [ 10 de março de 1923 ].
Professor
e escritor. Nasceu no Porto a 14 de fevereiro de 1866.
Tendo
concluído os estudos preparatórios, matriculou-se na Academia
Politécnica e depois na Escola Médico Cirúrgica, em 1875, cujo
estudo abandonou em seguida a um conflito com um professor daquela
escola. Dedicou-se ao professorado, leccionou literatura, filosofia
e ciências naturais, ao mesmo tempo que colaborava em diferentes
jornais políticos e literários. Entrando mais tarde na vida
agitada da política, filiou-se no partido republicano, colaborando
nos principais jornais que se publicavam em Lisboa o no Porto. Fez
parte do Clube de propaganda democrática do norte, ao qual prestou
excelentes serviços. Por ocasião dos acontecimentos de 31 de janeiro
de 1891 exilou-se, visto achar se mais ou menos envolvido no
movimento insurreccional, demorando-se no estrangeiro até que uma
amnistia o fez regressar à pátria. Tendo alinhado entre os mais
activos combatentes do seu partido, afastou-se há tempos, sem
contudo deixar de defender os seus ideais e de acompanhar os
diferentes movimentos do partido em que se alistou e de que é uma
das figuras de maior prestígio pelo seu talento e pelas qualidades
do seu carácter.
Além
da sua colaboração em diferentes jornais e revistas políticas e
literárias, publicou as seguintes obras: Carestia da vida nos
campos; Estudos históricos e económicos; Introdução
ao problema do trabalho nacional; Problema agrícola (credito
e imposto), Porto, 1899; Do ultimatum ao 31 de janeiro.
Parece que de há tempo tem prontos a publicar mais dois livros: A
agricultura e o trabalho, e uma tradução, em verso, do Livro
de Job, com um largo prefácio sobre o problema religioso em
Portugal.