A GUERRA EM ANGOLA

 

5. Execução das operações e ocupação do território do Baixo-Cunene (cont.)


Marcha

O destacamento do cuamato ao chegar ao forte Roçadas

 

Operações além-Cunene

Destacamento do Cuanhama. A primeira marcha, desde o Humbe até o vau da Chimbua, fez-se sem a menor contrariedade.

O destacamento, tendo saido do Humbe às 6 h. e 30 m. do dia 12 de Agosto atingiu o Cunene pelas 13 h., tendo percorrido cerca de 20 quilómetros. Na manhã de 13 efectuou-se a passagem do rio, que levou cerca de quatro horas e meia.

Felizmente, os cuanhamas, não nos incomodaram, e, o destacamento estacionou, pelas 17 h., na chana das Palmeiras, tendo percorrido apenas 8 quilómetros.

O destacamento estacionou em 14 na chana da Garrafa, em 15 na chana da Cachaqueira; e em 16 na chana da Cuancúla. Durante estes dias fôramos obrigados a abandonar viveres e forragens, que não podíamos transportar, pois as muares dos carros, por falta de água e devido ao cansaço, caíam para não mais se levantarem. O abastecimento de água feito por camiões, desde o Cunene, era insuficiente, especialmente para o gado.

No fim da marcha do dia 16, a cavalaria e os auxiliares informavam que o inimigo se concentrava na direcção das cacimbas da Mongua.

Corno a noite se aproximasse e não houvesse possibilidade de atingir nesse dia as cacimbas, que os guias diziam distar uns dois quilómetros, o General determinou que a artilharia fizesse alguns tiros, de 15 em 15 minutos, na direcção delas.

No dia 17, peias 10 h. e 20 m. e durante a marcha. o destacamento foi obrigado a tomar o dispositivo de combate, porque, tendo os condenados, protegidos pelos auxiliares indígenas, tentado aprofundar umas cacimbas secas, foram obrigados, uns e outros, a retirar sob o fogo de uma centena de espingardas.

 

O ataque pronunciara-se a cerca de 200 m, em direcção obliqua da esquerda em relação à face da frente. A artilharia desta face fez fogo durante uns 15 minutos; a seguir saiu do quadrado o grupo de esquadrões, que regressou pouco depois sem ter encontrado o inimigo. A infantaria conservou-se em silêncio. Do inimigo, alguns projécteis caíram dentro do quadrado, não produzindo qualquer baixa.

O destacamento avançou depois, cerca de 1 quilómetro, indo estacionar num terreno onde existiam alguns chilongos, cerca de 20 cacimbas secas e morros de salalé.

Como os auxiliares indígenas tivessem informado de que a uns 1.500 m havia cacimbas com água, foram estas mandadas guardar por um pelotão do 17 (alferes Lemos, da 9.ª companhia), que ali se conservou até à noite, recolhendo ao quadrado por ordem do Comando.

 

Combates da Môngua - Pelas 8 h. e 30 m. do dia 18, e por ordem do Comando Superior, saiu do quadrado um pelotão da 15.ª companhia indígena de Moçambique, com o fim de guardar as cacimbas contra qualquer tentativa de obstrução das escavações ou de envenenamento da água. Acompanhava-o o tenente Ataíde, comandante da companhia, encarregado de reconhecer o local para um forte, que a sua unidade viria a guarnecer.

Apenas transposta a orla do mato, o pelotão estabeleceu o contacto com o inimigo, sendo obrigado a retirar, o que fez ordenadamente e por lanços, vendo-se do quadrado alguns landins caírem atingidos pelas balas, sem que do mesmo quadrado fosse possível apoiar pelo fogo a retirada sem perigo de os atingirmos também.

Quando, porém, o pelotão se ocultou em uma pequena dobra do terreno, algumas descargas feitas do quadrado detiveram o avanço impetuoso do inimigo, permitindo que aquele, embora com baixas, recolhesse ao quadrado pelas faces da esquerda e da retaguarda.

Generalizado o combate, com predomínio da acção pelo fogo de parte a parte, incluindo o da artilharia do nosso lado, momentos houve em que, apesar de o quadrado não estar completamente envolvido e se fazer uso de pólvora sem fumo, a atmosfera se apresentava como que coberta de uma ténue neblina.

Como à intensificação do fogo de todas as faces do quadrado correspondesse um afrouxamento do inimigo, o que fez supor que este retirava, foram os auxiliares indígenas, comandados pelo capitão Ferreira do Amaral, mandados sair do quadrado para verificarem se, de facto, o inimigo retirava e, no caso afirmativo, em que direcção o fazia.

Os auxiliares foram, porém, obrigados a retirar pelo fogo inimigo, que recrudesceu. tendo todavia podido verificar que o gentio subira às árvores, de onde alvejava o quadrado.

Dada ordem para bater não só o pé do arvoredo, mas também as copas, passados alguns minutos a intensidade do fogo do inimigo foi diminuindo por uma forma cada vez mais acentuada. Saía pouco depois, pela face da retaguarda, o 3.º esquadrão de cavalaria 11, a passo, saudado por entusiásticos vivas dos seus camaradas das outras armas. Desenvolvendo em linha para carregar, o esquadrão internou-se a trote no mato. O fogo do inimigo, que cessara quando também cessara o do quadrado, recomeçou de novo.

 
Forte Roçadas

Trecho do forte Roçadas destruído

Saiu a seguir, também pela face da retaguarda, o 3.º esquadrão de cavalaria 4, passando em frente da face da esquerda, de onde desenvolveu para carregar. O esquadrão do 11, que se batera em dura refrega e fora alvejado também por parte do inimigo que subira às árvores, entrava pouco depois no quadrado, trazendo alguns feridos, entre os quais o alferes Américo Mateus, e também alguns despojos, tendo-lhe ficado no mato, desaparecidos, o alferes Damião Dias e algumas praças. A seguir, recolhia o esquadrão do 4, que, operando em terreno menos coberto, sofreu menos baixas, sendo, todavia, também alvejado durante o regresso ao quadrado.

Entrada a cavalaria no quadrado, recomeçou o fogo do inimigo, sendo, porém, pequena a sua duração e insignificantes os seus efeitos.

«A cavalaria foi recebida com veementes manifestações de entusiasmo.

Conseguíramos a vitória; o inimigo, repelido, não ousou reatacar, e os soldados de infantaria 17, em vibrante espontaneidade, festejaram o sucesso entoando em coro a «Portuguesa»; os seus camaradas de outras unidades acompanharam-nos então, e esse punhado de portugueses, esquecidos da luta árdua que terminara, da perda dos camaradas, e despreocupados sobre o futuro incerto, cantava o hino nacional, afirmando assim que os riscos e as dificuldades da luta não haviam conseguido abatê-los, na face esquerda, os landins, influenciados pelos seus camaradas europeus e não sabendo a «Portuguesa», faziam ouvir o seu canto de guerra, O BAYÉTE INCÓCE. O espectáculo tinha tanto de grandioso e imponente, que julgo difícil dar dele uma ideia verdadeira Apreciou-o quem pode por estar presente e por ter sensibilidade afinada para isso». (Barreto de Oliveira).

 

No combate, que durara pouco mais de duas horas, as perdas em pessoal foram: - mortos, o alferes de cavalaria 11, Damião Dias, e 15 praças; - feridos, o comandante da artilharia, major Afonso Pala. o chefe do estado-maior do destacamento, capitão Pires Monteiro, o comandante do trem de combate, capitão de artilharia Cortês, o comandante da 15.ª companhia indígena de Moçambique, tenente Ataíde, os alferes de cavalaria 11, Mateus e de infantaria Mamede Pires. e 24 praças. As baixas em solípedes foram: - mortos, 51; - desaparecidos, 11.

 

Pouco tempo depois de terminado o combate, dois indígenas, que com dificuldade tinham conseguido aproximar-se do quadrado, trouxeram a comunicação de que o Destacamento do Cuamato, tendo vencido uma fraca resistência do inimigo, atingira o Forte do Cuamato pelas 15 h. do dia 15.

O grande consumo de munições, incluindo as de artilharia, que se fizera por ordem do Comando Superior, o facto de o inimigo não ter sido completamente batido, pois era de supor que nos tínhamos defrontado apenas com uma parte das suas forças, levaram o General a determinar à Direcção de Etapas, que enviasse sem demora munições, especialmente de artilharia, víveres e água, e que sugerisse ao destacamento do Cuamato a conveniência de efectuar uma demonstração sobre a N'Giva, afim de dividir os esforços do inimigo, diminuindo, assim, a pressão que estava a exercer sobre o destacamento do Cuanhama.

Foi encarregado desta missão o alferes Costa Andrade, de infantaria 17, que imediatamente seguiu de automóvel, tendo de percorrer 67 quilómetros, distância entre a Môngua e o Humbe, através de uma região completamente desprotegida, missão que cumpriu por uma forma justamente apreciada.

A noite de 18 para 19 passou-se na mais rigorosa vigilância. Pouco depois de ter partido para o Humbe o comboio de camiões transportando os feridos do combate do dia 18, seriam 8 h. e 45 m., o inimigo abriu fogo contra o quadrado e contra o próprio comboio. Este, aumentando a velocidade, conseguiu escapar-se, chegando ao Humbe sem mais novidade.

Neste dia tinham sido construídos entrincheiramentos por ordem do Comando Superior, ocupando este Comando durante o combate um abrigo improvisado com carros de munições de artilharia, cujas dotações tinham sido consumidas nos dias anteriores.

O consumo de munições fez-se com mais parcimónia do que no dia anterior, respondendo ao fogo inimigo apenas nas direcções de onde ele mais nos incomodava.

Ao meio-dia terminou o fogo, tendo, por vezes, o inimigo afrouxado o seu, como que a convidar-nos a sair, como na véspera fizéramos, com o fim, talvez, de maltratar a cavalaria.

Como tínhamos necessidade urgente de nos apossarmos das cacimbas, pois não podíamos contar com a água do Cunene, por ser grande a distância que nos separava deste rio e moroso e difícil o seu transporte em camião, foi dada a ordem para a marcha. Quando nos dispúnhamos a iniciá-la, recomeçou o fogo inimigo. Suspenso o movimento, o fogo cessou.

Às 13 h. e 30 m. o destacamento pôs-se em movimento para as cacimbas. que ficavam na direcção da face da esquerda. Passou, pois, esta a constituir a face da frente, destacando uma linha de atiradores avançada, constituída por dois pelotões de infantaria 17 e outro da 15.ª companhia indígena de Moçambique, e sendo os flancos desta linha avançada protegidos pelo esquadrão de cavalaria e pelos auxiliares indígenas do comando de Ferreira do Amaral.

A acção de todas estas forças avançadas foi deveras importante, pois executando com êxito um movimento envolvente no flanco direito do inimigo, favoreceram a mais rápida oportunidade da carga levada a efeito por infantaria 17, um pelotão de marinha e a 15.ª companhia indígena de Moçambique, enquanto o esquadrão de cavalaria 4 garantia a segurança nos flancos.

O destacamento recebera ordem para não responder ao fogo do inimigo, sendo às forças avançadas que incumbia vencer qualquer resistência, pois se impunha a posse urgente das cacimbas, que distavam da Môngua cerca de 1.500 metros. E, de facto, o inimigo ia retirando, respondendo sempre ao fogo das forças avançadas.

Durante a marcha, contudo, o destacamento teve de tomar, por duas vezes, o dispositivo de combate, com artilharia em posição e abrigos iniciados para a infantaria, porque a resistência oferecida pelo inimigo levava a supor que seríamos novamente atacados.

Encontrámos durante o percurso alguns cadáveres do pessoal que na véspera saíra do quadrado, landins e cavalaria, e entre estes o do alferes Damião Dias, bárbara e afrontosamente mutilado, os olhos vazados, o nariz cortado, os órgãos genitais decepados, e com um ferimento de bala que lhe atravessara o peito. Encontrámos também cadáveres de cuanhamas, que o inimigo não pudera levantar, como é de uso para encobrir as perdas; e, junto das árvores e morros de salalé, montes de cartuchos metálicos detonados e, por vezes, manchas de sangue no terreno, assinalando as posições ocupadas pelo inimigo durante o combate.

Ocupadas as cacimbas, o destacamento entrincheirou-se e, depois de beber, melhorou o campo de tiro destruindo os chilongos, cortando algum mato e arrasando parcialmente por meio de explosivos alguns môrros de salalé. Apesar de se ter trabalhado durante a noite, somente foi possível abrigar o pessoal.

As baixas, neste dia, foram, em pessoal: - mortos, o capitão Sousa e 1 praça de infantaria 17; feridos, o tenente Passos e Sousa de infantaria 17, que morreu dias depois em consequência do ferimento recebido, 6 praças de várias unidades e 1 condenado; em gado: - mortos, 48; desaparecidos, 10.

 

Ao fim da tarde, entre vários indígenas que voluntariamente se apresentaram, apareceu um cuamato, que contra nós combatera nos dias anteriores, mas que aparentava arrependimento, informando de que o inimigo retirava para um local a duas horas de marcha da Môngua. e que no dia seguinte. pelas 7 h., seríamos atacados por toda a gente do Mandume, soba do Cuanhama, que conseguira reunir 50.000 a 60.000 homens (cuanhamas. cuamatos. evales, alguns cuambis e muitos foragidos do Humbe) e cinco carros boers de munições, dispondo de muitas armas finas. A situação era grave para nós, sobretudo por escassez de víveres.

Cerca da 1 h. do dia 20, os cães que acompanhavam o destacamento começaram a ladrar furiosamente, enquanto os postos avançados retiravam gritando: - lá vêm eles.

Dado o sinal de alarme pelo clarim do Quartel-General, as tropas pegaram imediatamente em armas, ocupando as posições de combate com a maior serenidade e disciplina. A uns tiros disparados na direcção da face da frente, respondeu apenas aquela face com algumas descargas feitas com regularidade, sem que de qualquer outra face partisse qualquer tiro isolado ou descarga. Feito o toque de descansar, tudo recaiu em silêncio, voltando os postos avançados para os locais que tinham ocupado.

O inimigo quisera, talvez, experimentar, se sim ou não, estávamos vigilantes.

Rompeu o dia 20 em completa quietação, tendo o destacamento ocupado os postos de combate, saindo apenas das trincheiras             alguns oficiais para tratarem de alimentação e reabastecimento de água ou para receberem a ordem do Quartel General.

Como houvesse necessidade de distribuir a alimentação antes de nos vermos obrigados a pegar em armas, haviam-se formado à retaguarda dos pelotões pilhas de latas de conservas, tendo algumas praças ido buscar água às cacimbas que ficavam exteriormente ao quadrado.

Ditadas as primeiras palavras da ordem do Quartel-General, deveriam ser 7,30 h., ouviu-se de todos os lados dizer: - eles aí vêm, palavras estas seguidas, do lado da face da frente, de uma enérgica fuzilaria, muito superior em intensidade à dos combates anteriores.

O destacamento começou respondendo serenamente ao ataque. Os oficiais e praças, que, em serviço, se encontravam fora das trincheiras, recolheram todos aos seus postos de combate, tendo de atravessar uma extensa zona intensamente batida pelo fogo do inimigo.

O ataque, pronunciado sobre a face da frente, estendia-se dentro em pouco à face da esquerda, tendo o inimigo feito, por duas vezes, a tentativa de envolver também a face da

retaguarda, o que não chegou a conseguir, porque, tendo para esse efeito de atravessar uma chana, algumas descargas da 10.ª companhia de infantaria 17 e o fogo da 2.ª bateria do 3.º grupo de metralhadoras, fizeram-no desistir daquela tentativa.

Durante cerca de duas horas se conservou a violenta intensidade do fogo do adversário, decrescendo depois gradualmente. Quem aventurava fora das trincheiras, ou aparecia acima dos parapeitos, era imediatamente alvejado. Sempre que o nosso fogo afrouxava,

imediatamente no interior do mato se ouviam os cânticos de guerra entoados por milhares de vozes.

Conquanto a intensidade do fogo não diminuísse, o Comando Superior, julgando conveniente aliviar a pressão exercida sobre o quadrado, resolve, pelas 17 h., mandar carregar a cavalaria, apoiada por algumas fracções de infantaria. Do grupo de esquadrões – que ao partir do Humbe dispunha de 445 cavalos –, apenas 10 estavam em condições de carregar, declarando o comandante do grupo, ao prestar esta informação, que ele e os seus oficiais carregariam, mesmo sem soldados.

Foram então mandadas sair de todas as faces algumas fracções de infantaria e de marinha para executarem uma carga de baioneta, tendo apenas encontrado alguma resistência pelo fogo inimigo as que saíram das faces da frente e da esquerda.

Da face da frente, meio batalhão de marinha, em rápidos lanços, avança até à orla do mato, onde o inimigo lhe oferece resistência, retirando depois mais lentamente para os seus abrigos, carregando a seguir, em uma segunda investida, a outra metade do batalhão, que ficara guarnecendo a face.

As fracções que carregaram, partindo da face da esquerda, da 9.ª companhia do 17, internaram-se no mato, carregando uma única vez, tendo de actuar pelo fogo no interior do mato, e recolhendo quando a resistência do inimigo foi completamente anulada. O pelotão que saiu da retaguarda, da 10.ª companhia do 17, como não encontrasse resistência na sua frente, cooperou pelo fogo com as fracções que tinham saído da face da esquerda.

Repelido pela carga, o inimigo não voltou a atacar.

A acção tinha durado desde as 7 h. e 30 m. às 17 h.

O General com viva satisfação, percorreu as faces do quadrado, para saudar na pessoa de cada um dos comandos as tropas que os constituíam, pela bravura que tinham mostrado, sendo recebido com entusiásticas aclamações, e bem assim à Pátria e à República.

As baixas em pessoal, foram: - mortos, 15 praças e 1 civil; - feridos, o tenente Ataíde, o 2.º tenente Diniz, os alferes Penedo e Furtado Henriques, e 15 praças.

Em gado, para o qual só foi possível construir abrigos depois do combate, tivemos: - mortos, 205; mandados abater, 28; desaparecidos, 5.

 

Nos três combates dos dias 18, 19 e 20 de Agosto, as perdas totais em pessoal foram

- mortos, 34, sendo 2 oficiais; feridos, 57, sendo 11 oficiais, dos quais 2 morreram em consequência dos ferimentos recebidos.

Nos mesmos combates e durante os dias de marcha do Humbe à Môngua, as baixas em gado foram, respectivamente, de 360 e 482 cabeças.

 

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Fonte:  

Coronel António Maria Freitas Soares, «A campanha de Angola»
in General Ferreira Martins (dir.), Portugal na Grande Guerra, Vol. 2, Lisboa, Ática, 1934,
págs. 235-258

A ver também:

Portugal na Grande Guerra

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