CRONOLOGIA DO LIBERALISMO - DE 1777 A 1926
1823 Maio, 31 - D. João VI, na «Proclamação aos habitantes de Lisboa», escrita em Vila Franca afirma rejeitar o poder absoluto, prometendo respeitar as liberdades individuais e que assentaria brevemente as bases de um novo código para a felicidade dos súbditos. Junho, 6 - Carta de Lei dando o título de Marquês de Chaves ao 2.º Conde de Amarante, o general Manuel da Silveira Pinto da Fonseca. Junho, 18 - Nomeação de uma Junta para preparar a nova Constituição. Era presidida pelo marquês de Palmela e integrava 14 membros, entre os quais Trigoso de Aragão Morato e outros nomes representantes do tradicionalismo reformista. A Junta terminará a sua tarefa em Dezembro seguinte, sem resultados práticos. Junho, 19 - Nomeação de uma Junta para examinar as leis das Cortes vintistas. Junho, 30 - Apresentação por parte de 60 deputados às Cortes de uma «Declaração de Protesto», em relação aos acontecimentos de fins de Maio. Julho, 2 - As Cortes auto-suspendem os seus trabalhos. Outubro, 26 - Projecto frustrado de conjuração, envolvendo D. Miguel e D. Carlota Joaquina, para afastamento de D. João VI, que deveria ser preso em Vila Viçosa e substituído no trono por D. Miguel. Dezembro, 18 - A Junta de exame do trabalho legislativo das Cortes vintistas termina os seus trabalhos. Publica-se uma Carta de Lei que revogava os decretos das Cortes, numa relação circunstanciada. Apenas o decreto de criação do banco de Lisboa se mantém em vigor.
1824 Fundação da Fábrica da Vista Alegre, que produzirá até à década de 30 sobretudo vidro, e a partir daí porcelana. O principal dinamizador do projecto foi José Ferreira Pinto Basto. Janeiro, 4 - Carta de Lei declarando em vigor as leis tradicionais, pondo assim fim à vigência da Constituição de 1822. Janeiro - Conclusão dos trabalhos de preparação da Carta. O rei decidiu convocar em Junho as Cortes tradicionais. Fevereiro, 28 - O marquês de Loulé, conselheiro de D. João VI, é assassinado no Paço Real de Salvaterra de Magos. Abril, 30 - Abrilada: Novo golpe de D. Miguel, contra os moderados. Os opositores de D. João VI prendem os principais conselheiros do rei e sequestram-no no Palácio da Bemposta. O corpo diplomático obriga à libertação do rei, que se refugia num barco surto no Tejo. D. Miguel é destituído do comando do Exército, e exilado, e D. Carlota Joaquina é intimada a sair de Portugal. Maio, 13 - D. Miguel parte para o exílio, para Viena. Junho - Dissolução da Junta convocada para examinar as Leis emanadas das Cortes constitucionais. Convocação das Cortes à moda antiga, que acabaram por se não reunir. Revogação da Lei dos Forais.Julho, 12 - Iniciam-se em Londres as negociações entre Portugal e o Brasil sob mediação britânica e participação de um representante austríaco. Outubro, 26 -
Nova tentativa de revolta militar miguelista tentando forçar a abdicação
do rei e estabelecer uma regência a favor da rainha «humilhada» D.
Carlota Joaquina.
1825 Junho, 25 - Fundação das escolas Régias
de Cirurgia de Lisboa e Porto. Agosto, 29 - É assinado, no
Rio de Janeiro, um Tratado de Paz e Aliança com
o Brasil, reconhecendo-se assim a sua independência. Novembro, 15 - Reconhecimento
da independência do Brasil, devido à ratificação por D. João VI do Tratado de Paz e Aliança com
o Brasil.
1826
Março, 6 - D. João VI nomeia
um conselho de regência presidido pela infanta D. Isabel Maria. A decisão
visa impedir a subida ao poder de D. Carlota Joaquina.
Março, 10 - D. João VI morre, dando-se início ao governo da
regência.
Fontes principais: Rodrigues,
António Simões (coord.)
Pires, António Machado
Serrão, Joel |
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