Tenente-general
do exército, par do reino, vogal do Supremo Conselho de Justiça
Militar, inspector-geral da arma de infantaria, governador-geral dos
Estados da Índia, deputado da Nação ao congresso constituinte de
1837, etc.
Nasceu
em Valença a 14 março de 1793, e faleceu em Lisboa a 20 de maio de
1852. Era filho de Francisco Xavier Silva Pereira, cavaleiro da
Ordem militar de S. Bento de Avis, coronel de infantaria do exército
e governador da praça de Campo Maior, e de sua
mulher D. Antónia José de Abreu.
A
vida militar do conde das Antas ocupou um lugar vastíssimo na história
politica do século XIX. Na época do seu nascimento, seu pai era
oficial subalterno do regimento de Valença, em cuja cidade
permaneceu com sua família até 1807, em que veio como licenciado
fixar-se no Porto com a patente de capitão. Dedicava-se atentamente
a educar seu filho, quando a revolução do 1808 o veio novamente
chamar ao serviço militar, sendo encarregado de organizar um batalhão
que o moço estudante, abandonando os estudos vem alistar-se, a 20
de junho desse ano. Quando se constituiu a Leal Legião Lusitana, o
capitão Silva Pereira foi escolhido para major do 1.º Batalhão,
e seu filho recebeu o posto de alferes no mesmo corpo, a 14 de setembro ainda de 1808, com a qual tomou parte na campanha da
Restauração. Passou depois a tenente agregado ao 1.º Batalhão
da Legião Lusitana por decreto de 3 de novembro de 1809. Seguiu-se
a grande luta travada entre o nosso exército, e as hostes de Napoleão,
e pode dizer-se que não houve acção importante a que não
assistisse. Albuera, Buçaco, Nive, Nivelle, Salamanca, Vitoria,
tomando parte em todas elas, sendo ferido na de Salamanca, que se
realizou a 22 de julho de 1812. Nestas batalhas houve-se tão
distintamente, que foi promovida a capitão
de Caçadores 7 pela portaria de 11 de novembro 1813, par
distinção no campo de batalha, proposta feita pelo marechal Beresford, juntamente com um ofício dirigido ao comandante da
brigada, louvando a sua conduta. E em
Orthez e Tolosa deu novas provas de valor, e regressou
à pátria na fim da campanha, foi-lhe conferida a medalha da
Guerra Peninsular, com o algarismo 6, a 21 de janeiro de 1821, que
era a maior distinção militar; fora igualmente condecorado pelo
rei de Espanha, com as medalhas de Albuera e de Vitoria.
Em
1820, aderiu à revolução
de 24 de agosto, servindo às ordens do coronel e depois general Sepúlveda;
em 1823 militou no Exército Constitucional contra as forças
rebeldes do general conde de Amarante, sendo afinal desligado do exército
com a mudança de política. A 28 de abril de 1826, foi reintegrado
e colocado no Batalhão de Caçadores n.º 7 com o posto de capitão
graduado em major, donde saiu em dezembro para o 12, já em major
efectivo que foi promovido par decreto de 28 do referido mês
e ano; comandando
este corpo fez a campanha contra as tropas rebeldes do marquês
de Chaves em 1827. Proclamada no Porto, em 16 de maio de 1828, a
reacção cartista contra a usurpação de D. Miguel, o major Xavier
aderiu ao
movimento cartista com o seu Batalhão n.º 12 com o qual desbaratou uma
coluna de guerrilhas na ponte do Espinhel em 15 de junho do referido
ano, merecendo os elogios da general Saraiva, depois barão
de Ruivoz; e entrou nas acções da Cruz de Marouços e da margem do
Vouga.
Tendo-se
dissolvido a célebre junta que se encarregara de
manter a autoridade de D. Pedro IV, e marchando o exército para a
Galiza, o major Xavier era de opinião que se devia combater, teve,
porém de emigrar para Inglaterra com os seus companheiros, partindo
a 2 de junho de 1828 a bordo do vapor inglês Belfast. De
Inglaterra passou à ilha da Madeira, onde desembarcou em agosto,
para sustentar a causa da legitimidade; estava ali o general Valdez,
depois conde de Bonfim. Demorou-se pouco tempo naquela ilha, por
causa do desembarque das forças realistas, e no dia 23 do referido
mês de agosto, juntamente com outros oficiais e alguns habitantes,
foi para bordo da corveta inglesa Alegator, donde duas
semanas depois passou para o navio Jane, indo desembarcar no
porto de Saint-Yves. Fez parte da expedição comandada pelo general
conde de Saldanha, que saiu de Plymouth para a ilha Terceira, onde não
pôde entrar por causa dos tiros dados pelo capitão Walpole de bordo
do Ranger, em 11 de janeiro de 1829, tendo de desembarcar em
Brest. Até ao mês de setembro conservou-se em França; sendo então
encarregado de reunir as praças de pret emigradas, passou a
Ostende, organizou o corpo que depois foi Caçadores 12, e,
atravessando o bloqueio, conseguiu desembarcar com o seu batalhão
na ilha Terceira, no dia 20 de janeiro de 1830. Nomeado no ano
seguinte comandante de Caçadores 5, fez parte da expedição que,
ás ordens do general conde de Vila Flor, tomou as ilhas do arquipélago
dos Açores, onde se portou com a costumada bravura, especialmente na ilha de S. Miguel, entrando na acção da Ladeira-a-Velha. Em
1832 fez parte do Exército Libertador, desembarcando nas praias do
Mindelo em 8 de julho desse ano; era então major de Caçadores 5, e
neste posto assistiu e cooperou para o reconhecimento de Valongo em
22 de Julho do mesmo ano de 1832. A 23 de Agosto seguinte foi
promovido a tenente-coronel efectivo. Pelos exemplos que deu de
bravura e pela táctica com que dirigiu o seu batalhão na memorável
defesa das linhas do Porto, desde a investida à fortificação da
Serra do Pilar, a 8 de setembro de 1832 data em que principiou a
celebridade daquele baluarte de fidelidade e valor, até à interrupção
do cerco da cidade, por causa da retirada das forças sitiantes a 6
de agosto de 1833, em que o conde de Bourmont, depois da batalha de
25
de julho do referido ano, teve de acudir a Lisboa a tomar o comando
das tropas miguelistas, até que de facto foi levantado pela ultima
acção nas linhas do Porto a 18 do referido mês de agosto, contra
as forcas realistas comandadas pelo general MacDonald, que substituíra
Bourmont e do seu imediato o conde de Almer, que cobrira a retirada;
mas sobretudo onde mais se distinguiu o tenente-coronel Xavier foi
na sortida de 17 de novembro de 1832, e tomada das alturas das Antas
com o bravo batalhão de Caçadores 5, de que então era coronel
graduado e comandante, ostentando e ocupando a posição daquele
monte, situado a distância da linha de defesa no intermédio, à
direita da bateria do monte da Quinta dos Congregados, e
esquerda da bateria da cumeada Guelas de Pau, até nele se
construir um forte reduto; e, depois na acção de 24 de março de
1833, atacando intrepidamente a posição do monte das Antas,
obrigando o inimigo a abandoná-la, e repelindo com a maior valentia
e coragem os ataques sucessivos de forças contrárias muito
superiores, que dali, por duas vezes, o pretenderam debalde
desalojar. Por este facto lhe foi concedido em 3 de outubro o grau
de cavaleiro da Ordem da Torre e Espada, de Valor, Lealdade e Mérito,
e igual condecorarão foi conferida a diversos oficias e soldados de
Caçadores 5, pelo denodo e valentia que mostraram ali estes dois
sanguinolentos combates. Por decreto de 22 de novembro de 1832 foi
promovido a coronel graduado. Distinguiu-se na sortida de 28 de setembro do mesmo ano, sendo por isso encarregado do comando da
segunda brigada da primeira divisão, na ordem do dia de 2 de março
de 1833. Em 4 de abril seguinte foi condecorado com o hábito da
Conceição, por ter na acção de 24 de março atacado
intrepidamente a posição das Antas; entrou no combate de Covelo em
10 de abril de 1833 e foi nomeado comendador da Ordem de Avis, por
decreto de 15 de agosto do mesmo ano; em 25 de julho tinha sido
promovido a coronel efectivo; tendo marchado com o Batalhão de Caçadores
n.º 5 para a defesa da capital, foi elogiado pelo seu comportamento na
acção das linhas em 5 de setembro do mesmo ano. D. Pedro IV, por
decreto do referido mês, nomeou o conde das Antas
comendador da Torre e Espada e de Avis, pelos serviços
prestados em 18 de agosto e 9 de setembro. Depois da acção de
Cacilhas veio o Batalhão de Caçadores n.º 5 para Lisboa, e ainda no
dia 18 de outubro nas linhas, e no imediato em Loures, teve o
coronel Xavier ensejo de mostrar o seu valor na frente do inimigo.
Cooperou para a tomada de Leiria em 15 de janeiro de 1834, e para a
acção de Pernes em 30 do referido mês. A 24 de julho deste ano
teve a nomeação de brigadeiro.
Por
decreto de 17 de setembro de 1835 foi agraciado como título de barão
das Antas. Quando terminou a guerra foi mandado governar a praça de
Elvas, onde se conservou apenas um mês, por ter de ir a Évora,
reassumindo depois o governo, que tornou a deixar em setembro indo
comandar a terceira brigada do corpo do exército, que se formou em
Trás-os-Montes para observar a fronteira, às ordens do general
Avilez. Em Agosto de 1835 foi nomeado governador de Setúbal,
continuando, apesar disso, no Exército de Observações. Tendo-se
assinado entre Portugal e Espanha o tratado de 24 de setembro desse
ano, marchou em cumprimento dele para Espanha uma Divisão Auxiliar
sob o comando do brigadeiro barão do Vale, cuja vanguarda foi
confiada ao brigadeiro barão das Antas. A vanguarda entrou em
Espanha a 18 de outubro. Em fevereiro de 1836 comandava uma coluna
de três mil homens; entrou na tomada de
Valmacela cm 12 de março, e nas acções de Castelo da Pedra e
Venda Mal Abugro. Nesta ocasião foi agraciado pelo governo espanhol
com a cruz de S. Fernando. Quando o governo português chamou a
coluna do barão das Antas para mais próximo da fronteira, o
comandante em chefe do Exército de Operações do Norte e da
reserva rendeu aos nossos soldados, apesar de espanhol, os mais
rasgados louvores e a merecida homenagem ao destemido brigadeiro
português que os comandava, e que acabava de realçar a sua
brilhante carreira militar com as acções de 28 e 29 de junho,
pelas quais recebia depois como prémio a grã-cruz de Isabel, a
Católica.
Proclamada
em Portugal a constituição democrática de 1820, na noite de 9 de
setembro de 1836, por alguns batalhões revoltosos da Guarda
Nacional de Lisboa, o barão das Antas aderiu à mesma revolução
em 23 do referido mês com a divisão de que havia tomado
interinamente o comando, por adoecer o barão do Vale. Sendo
agraciado com o título de visconde, por decreto de 13 de outubro
seguinte, prestou muitos serviços à causa da rainha Isabel nas
margens do Ebro e em Vitoria, na campanha de 1837, inutilizando muitas
fortificações dos carlistas com repetidos ataques às linhas de
Arlaban, em 14 de maio; pretendendo destruir a fábrica de balas por
eles estabelecida em Barambio, a seis léguas de Vitoria, feito este
que mereceu os maiores elogios do ministro da Guerra espanhol e do
conde de Luchano; salvando por três vezes a praça de Pena Serrada,
batendo a 18 de junho as forças do pretendente em Salvatierra. No
dia 21 de julho o visconde das Antas, com a divisão portuguesa,
bateu-se nos campos de Zambrana, retirando-se para Armiñon com
enorme perda. Durante a sua permanência em Espanha exerceu o
comando geral das Merindades de Castela, o comando em chefe de
reserva e o das forças de Alcoa, o vice-reinado de Navarra e o
comando geral das províncias Vascongadas.
Em
Portugal rebentou então a revolução cartista, e o governo chamou
o visconde das Antas, que logo em 3 de setembro entrou em Almeida
com o resto das tropas, quando a segunda brigada da Divisão
Auxiliar, comandada pelo coronel José de Sousa Pinto, acabava de
proclamar a Carta durante a sua marcha de Valadolid por Salamanca, e
quando ia juntar-se aos revoltosos de Bragança. O visconde das
Antas, que em 5 de setembro havia sido promovido a marechal de campo
graduado, dirigiu-se por Lamego, onde entrou rio dia 9, chegando ao
Porto em 13, saindo logo em 15 em perseguição das forças
cartistas do barão de Leiria, que encontrou em Ruivães, e que
depois de renhido embate pôs em debandada. Seguiu-se a convenção
de Chaves, assinada em 20 de setembro, pelos marechais duque da
Terceira e marquês de Saldanha, que obrigados a assiná-la
juntamente com o visconde das Antas, e cuja convenção pôs termo
ao movimento revolucionário. Por decreto do 27 do referido mês,
foi o visconde das Antas promovido a marechal de campo efectivo, e
encarregado do comando das tropas de observação nas províncias do
norte, tomando assento no congresso constituinte como deputado na
sessão de 10 de novembro. Por decreto de 4 de abril de 1838 foi
elevado a conde do mesmo título, e por decreto de 15 de maio
seguinte teve a nomeação de comandante da 3.ª Divisão Militar,
continuando no comando das forças de observação. Prestou
juramento à constituição
de
1838 na praça de Chaves, à frente da divisão em grande parada no
dia 6 de maio. Proclamada a Carta Constitucional no Porto
a 27 de janeiro de 1842, o conde das Antas, na sua qualidade
de senador, assinou com outros senadores o protesto contra este
movimento, e foi nomeado comandante duma divisão de operações da
Estremadura, por decreto de 7 de fevereiro daquele ano, com o fim de
hostilizar este movimento, o que não se realizou. porque
a rainha D. Maria II aderiu ao mesmo movimento, nomeando em seguida
novo Ministério. Então foi o conde das Antas encarregado de
dissolver a força e as guardas nacionais, que armara o ministério
denominado do Entrudo, comissão que desempenhou através
alguns insultos da plebe angariada. Por carta régia de 3 de maio
seguinte foi nomeado par do Reino tomando assento na respectiva Câmara,
votando sempre na oposição do Ministério cartista. Por carta régia
de 18 de julho do referido ano de 1842 teve a nomeação de
governador dos Estados da Índia, sendo promovido a tenente-general
por decreto datado do dia seguinte, 19 de julho. Pouco tempo se
demorou no governo da Índia de que tomou posse a 19 de setembro,
deixando-o a pretexto de falta de saúde a 25 de abril de
1843 entregando-o ao chefe da divisão, Joaquim Mourão Garcez
Palha, partiu para Portugal e chegou a Lisboa a 23 de julho. Tomou
assento na Câmara dos Pares e foi eleito para a Comissão de Guerra
por dezanove votos, na sessão de 3 de janeiro de 1844. Por decreto de 11
de julho deste ano, teve a nomeação de vogal do Supremo Conselho
de Justiça Militar.
Em
maio de 1846 foi nomeado pelo ministério do duque de Palmela, que
se acabava de formar, comandante da 1.ª Divisão Militar;
transferido em agosto para o Porto, e encarregado do comando das forças
do norte. Quando em 6 de outubro de 1846 rebentou a revolução
contra o governo do conde de Tomar, o conde das Antas assumiu o
comando geral do exército levantado pela junta do Porto, e,
pondo-se à frente da revolução, explicou os motivos deste
proceder numa carta que dirigiu à rainha. Marchou então para o sul
com uma divisão dos corpos que seguiram a causa da junta, e,
entrando em Santarém, foi logo obrigado a retirar-se ao Porto, por
ter ficado prisioneira em Torres Vedras uma grande parte das suas
forças, que obedeciam ao conde de Bonfim. Aproveitando o entusiasmo
da cidade e imediações pela causa da junta, de pronto organizou
novos regimentos, e em fevereiro de 1847 marchou para o norte
contra o conde do Casal, que nessa época estava senhor de Viana.
Depois dalguns movimentos no Minho. regressou ao Porto, e em Maio
tomou o comando da expedição que seguiu por mar para Lisboa. Logo
à saída
da barra do Porto, o conde das Antas foi intimado pelo comandante da
esquadra inglesa sir T. Maitland, para suster o movimento e
ancorar debaixo do fogo dos seus navios. O conde protestou, mas
vendo-se cercado por forças superiores entregou-se prisioneiro, e
seguiu para a capital. Entrando a barra do Tejo foi logo remetido
para a Torre de São Julião, onde esteve até à convenção de
Gramido, em que recuperou a liberdade, sendo-lhe então restituídos
os postos e honras de que o
governo de Lisboa o tinha exautorado. Já velho, mais pelos
trabalhos que pela idade, desgostoso e cansado, o conde das Antas
afastou-se quase completamente da política. Pelos fins do ano de
1851 foi nomeado inspector de Infantaria, e em maio seguinte faleceu
na sua casa da rua de Santa Isabel, hoje rua Saraiva de Carvalho. O
seu nome era conhecido e respeitado dum extremo ao outro do país.
Em todas as lutas civis que se travaram pronunciava-se sempre pelo
partido do povo chamado patuleia.
O conde das
Antas casou a 22 de julho de 1845 com D. Maria Teotónia da Guerra e
Sousa de Rávago Santistevan, filha única e herdeira de Gaudino José
da Guerra e Sousa, e de sua mãe, D. Maria Bernarda Josefa Fagundo
de Rávago Santistevan (V. 3.º
conde dos Antas). Deste matrimónio houve dois filhos,
Francisco e Fernando, já hoje falecidos, e que foram os 2.º e 3.º
condes deste título. A morte do conde das Antas foi muito sentida
pelo povo; no dia do funeral, depois dos ofícios religiosos que se
celebraram com grande pompa na igreja de Santa Isabel, o caixão foi
levado a braços até ao cemitério dos Prazeres, seguindo-se o
coche e um concurso enorme de convidados. As tropas de toda a guarnição
estavam formadas no largo do cemitério, onde prestaram as últimas
homenagens ao valente militar. Por uma subscrição popular que se
abriu, construiu-se um soberbo mausoléu, para onde em 1859 foram
trasladados os seus restos mortais, com todas as honras devidas.
Sobre o tumulo vê-se a sua estátua, que é um primoroso trabalho do
falecido escultor Victor Bastos.
A
viúva do insigne tenente-general passou a segundas núpcias, a 22
de setembro de 1855, com Luís de Quilinan, 2.º secretário
da legação portuguesa em Londres, cavaleiro da Ordem militar de S.
Bento de Avis, comendador da Ordem de S. Gregório Magno, de
Roma, cavaleiro da Ordem de Danebrog, de Dinamarca, comendador das ordens de S. Maurício e S. Lázaro, de Itália, bacharel formado na
Universidade de Coimbra, em direito e matemática, capitão de
cavalaria. Com o segundo casamento, a viúva perdeu o direito de
usar o título e de gozar as honras de condessa que lhe pertenciam
pelo seu primeiro marido, em consequência de não se lhe haver
concedido alvará para poder continuar a gozar das honras e título
de condessa das Antas, sem embargo de haver passado a segundas núpcias,
como é de estilo e antiga praxe da corte. Faleceu em Londres a 10
de maio de 1872.
O
conde das Antas publicou o Discurso pronunciado na sessão da Câmara
dos Dignos Pares em 15 de Fevereiro de 1848.