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Asseca
(António
Maria Correia de Sá e Benevides Velasco da Câmara, 8.º visconde
de).
n.
4 de agosto de 1840.
f.
[ 15 de maio de 1910. ]
Fidalgo
da Casa Real, 10.º almotacé-mor do reino, par do reino, por
direito hereditário, em que sucedeu a seu avô, o 6.º visconde de
Asseca, falecido em 1844, o qual fora nomeado par do reino por D.
Pedro IV, pela carta régia de 30 de abril de 1826, suspenso no
exercício em virtude do decreto com força de lei, de 23 de maio de
1834 (V. Asseca, 6.º visconde de).
Este decreto ficou anulado por outro, também com força de lei, de
23 de maio de 1851, que restabeleceu no exercício do pariato os
pares dele privados por efeito do referido decreto, e lhes franqueou
a entrada na câmara precedendo novo juramento. O senhor visconde de
Asseca prestou juramento e tomou posse na câmara dos pares na sessão
de 23 de março de 1872.
É
doutor em ciências políticas e administrativas pela Universidade
de Lovaina (Bélgica); abastado proprietário nos distritos de
Lisboa e Santarém.
Nasceu
a 4 de agosto 1840. É filho do 7.º visconde de Asseca, Salvador
Correia de Sá Benevides Velasco da Câmara, e da viscondessa D.
Mariana de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, filha dos 1.os
condes de Vila Real. Casou a 8 de fevereiro de 1872 com sua segunda
prima, D. Leonor Maria Pinto de Soveral, filha de Eduardo Pinto
Soveral, fidalgo da Casa Real, por sucessão a seus maiores;
comendador da ordem de Cristo, grã-cruz da ordem de Isabel a Católica,
de Espanha; ministro plenipotenciário de Portugal em
Constantinopla, casado com D. Maria da Piedade Pais de Sande e
Castro, filha de Manuel Pais de Sande e Castro, moço fidalgo com
exercício no Paço, por sucessão a seus maiores, 2.º donatário
do Souto de Penedono, comendador de S. Mamede de Mogadouro. A
viscondessa D. Leonor era irmã do Sr. marquês de Soveral nosso
ministro em Inglaterra. O Sr. visconde de Asseca, tendo enviuvado em
maio de 1879, passou a segundas núpcias em 15 de dezembro de 1888
com a senhora D. Maria Rita de Castelo Branco, dama de honor de sua
majestade a rainha senhora D. Maria Pia viúva do 5.º marquês de
Pombal, Manuel José de Carvalho Melo Daun Albuquerque e Lorena, pai
do actual marquês daquele título, filha de D. João de Castelo
Branco, que foi veador da princesa D. Maria Benedita, e brigadeiro
reformado do exército. O Sr. visconde de Asseca é camarista de sua
alteza real o príncipe senhor D. Luís Filipe, e, como
representante de sua majestade o rei senhor D. Carlos, fez parte da
missão que foi
a Inglaterra em 1902, assistir ás festas da coroação do rei
Eduardo VII. O título de visconde com honras de conde, que competem
aos condes de juro e herdade, foi renovado pelo decreto de 2 de abril,
e carta de 7 de maio de 1859, e o de almotacé-mor, em sua vida, por
carta de 18 do referido mês e ano.
O
brasão é o seguinte: Escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Correias: o campo de ouro fretado de correias vermelhas,
repassadas umas por outras; no segundo as armas dos Sás, campo
enxaquetado de prata e azul, de seis peças em faixa e sete em pala;
no terceiro quartel as armas dos Velascos, escudo enxadrezado de
quinze peças, três em faia e cinco em pala, de ouro e veiros de
azul e prata, sendo a primeira de ouro e a segunda de veiros; e o
quarto som as armas dos Benevides, em campo de prata um leão de púrpura
faixado, de três faixas de ouro.
A gravura que apresentamos deste
brasão, é conforme a da Resenha das Famílias titulares e grandes de
Portugal, de Albano da Silveira Pinto e visconde de Sanches de
Baena, vol. I, pág. 149, a que já por vezes nos temos referido,
mas difere muito da descrição das armas dos Sás e dos Velascos,
que vem no Tesouro da Nobreza, manuscrito que existe na
Biblioteca Nacional de Lisboa.
Genealogia
do 8.º visconde de Asseca
Geneall.pt
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