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Redinha
(José Francisco Xavier Maria de Carvalho Melo e Daun, 3.º marquês
de Pombal, 3.º conde de Oeiras e 1.º conde da).
n. 1 de abril
de 1753.
f. 1 de janeiro de 1821.
Comendador
da Ordem de S. Tiago e coronel da primeira plana da Corte.
Nasceu
em Lisboa a 1 de abril de 1753, onde também faleceu a 1 de janeiro
de 1821. Era o 5.º filho do marquês de Pombal, o grande ministro do
rei D. José, e de sua mulher D. Leonor Ernestina Eva Volfanga
Josefa.
Foi
administrador do morgado que seu pai lhe instituiu, do qual era cabeça
a quinta de Montalvão, na freguesia de Santa Maria dos Olivais, próximo
de Lisboa. Acerca deste morgado, transcrevemos do vol. II da Resenha
das familias titulares e grandes de Portugal, por Albano da
Silveira Pinto e visconde de Sanches de Baena, a pág. 277, o
seguinte:
«O
1.º marquês de Pombal a sua segunda mulher, a marquesa D. Leonor
Ernestina, instituíram a 16 de agosto de 1776, por escritura
lavrada nas notas do tabelião Inácio Correia de Sousa e Andrade,
sob a designação de pacto familiar, perpétua fundação, cessão,
trespasse e desmembração um outro vínculo, ou uma segunda casa,
para perpetuar a família, e para que na concorrência dela com a
primeira, se pudessem ambas servir de mútuas, recíprocas e perpétuas
fiadoras uma da outra; unindo-se ambas em todos os casos em que
faltasse sucessão em qualquer delas; e tornando-se a separar em
todos os outros casos em que a linha em que sucedesse a união de
ambas as referidas casas, houvesse irmãos imediatos aos primogénitos,
nos quais irmãos imediatos se pudesse continuar a segunda das
referidas duas casas. Para este vínculo destinaram certas
propriedades a que, no acto de dar a sua aprovação, a marquesa
D. Leonor Ernestina juntou a sua quinta da Moruja, sita a S. José
de Ribamar. A instituição desta segunda casa foi confirmada por
Decreto de 3 e Alvará de 6 de junho de 1776. Por este último alvará
el-rei D. José fez mercê ao 1.º conde da Redinha da Quinta do
Montalvão, sita nos Olivais, para ele e seus sucessores,
dispensando a lei mental: e por outro Alvará de 11 de agosto do
dito ano, confirmou esta doação com a natureza de vínculo, e
ainda por outro alvará do mesmo dia e data, atendendo o haver
honrado com a sua intervenção a Real autoridade e fundação da
segunda casa, houve por bem e graça especial, que não serviria
de exemplo, fazer mercê do sobredito título de Conde da Redinha,
de que teve Carta a 20 de agosto do mencionado ano de 1776, a qual
se acha registada no liv. 28 a fls. 310, 311 a 312 da Chancelaria
de D. José I.»
O
conde da Redinha foi herdeiro do vínculo e grande casa de seu irmão
mais velho, Henrique José de Carvalho a Melo, que faleceu sem geração
a 26 de maio de 1812, sendo por isso o 3.º marquês de Pombal e o
3.º conde de Oeiras.
Casou
duas vezes: a primeira a 12 de abril de 1768, com D. Isabel Juliana
de Sousa, filha de D. Vicente de Sousa Coutinho. Este casamento foi
anulado por decreto de 18 de junho de 1772. (V. Palmela,
Portugal, vol. V. pág. 416).
Casou a segunda vez, a 24 de setembro de 1776, com D. Francisca de
Paula de Pópulo de Lorena, filha de Nuno Gaspar de Lorena, e de sua
segunda mulher D. Maria Inácia da Silveira, filha de D. Bernardo
José de Lorena e Silveira, 5.º conde de Sarzedas.
O
seu brasão de armas é o mesmo do marquês de Pombal. Em campo azul
uma estrela de ouro, entre uma quaderna de crescentes de prata.
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Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume VI, págs. 137-138.
105Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2015 Manuel Amaral
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