Filho único de um capitão de cavalaria, entrou para o exército em 1763 como
Porta Bandeira, sendo tenente em 1766, capitão em 1768 e major em 1777. Em
1779 foi feito cavaleiro, devido à
influência do seu padrasto, o embaixador Sir James Adolphus Oughton. sendo foi promovido a tenente coronel do 68º regimento de infantaria
em 1781 e
coronel em 1790. Nesse mesmo ano transferiu-se para o 1º Regimento das
Guardas. Em 1793 foi enviado para a Flandres, com o exército britânico
comandado pelo Duque de York, participando na batalha de Famars, no cerco de
Valenciennes e nas batalhas em frente de Dunquerque, tendo regressado a
Inglaterra no verão de 1794. Em Outubro desse mesmo ano foi promovido a
Major-general, e em 1796 foi nomeado Vice Governador da Ilha de Guernsey,
uma das ilhas britânicas no Canal da Mancha, onde permaneceu até ser
promovido a Tenente General em 1 de Janeiro de 1801.
Destinado para o comando militar do Norte da Grã-Bretanha, que incluía
a Escócia, foi enviado para Gibraltar para secundar o tenente-general Henry
Fox em Maio de 1806. Em Novembro desse mesmo ano, devido à partida do
general Fox para a Sicília, tornou-se comandante da Guarnição do Rochedo.
Apoiou como pôde a revolta espanhola na Andaluzia contra o exército francês, e em
7 de Agosto de 1808 foi nomeado comandante da expedição britânica a Portugal,
devido a que as forças que tinham reforçado o comando do general Wellesley,
não podiam ser comandadas por este, por ser o mais novo tenente general britânico.
Chegou a Portugal em 22 de Agosto de 1808, substituindo o segundo
comandante, Sir Harry Burrard, que tinha acabado de substituir Arthur
Wellesley no comando da expedição. Não sendo responsável pela decisão
de não perseguir o exército francês após a batalha do Vimeiro, assinou com Kellermann
um armistício que viria a transformar-se na convenção para a evacuação
de Portugal conhecida por Convenção de Sintra, e que
permitiu aos franceses abandonarem Portugal em navios britânicos. Chamado a
Inglaterra para explicar, juntamente com os outros dois generais, o seu
comportamento a uma comissão de inquérito formada por sete generais, foi
ilibado assim como os seus colegas de quaisquer erros. Na verdade, a
comissão de inquérito aprovou a assinatura do armistício por seis votos
contra um, e da convenção por quatro votos contra três.
De qualquer maneira, Dalrymple foi censurado por não ter continuado os
sucessos de Wellesley, e o estigma da convenção perseguiu-o no resto da
sua carreira, o que o impediu de conseguir um comando de campanha. Mas a sua
carreira militar continuou, sendo nomeado coronel do 57º regimento em 1811
e promovido a General em 1812. Em 1815 foi feito Barão, tendo sido nomeado
Governador do Castelo de Blackness em 1818.
Fonte:
The Dictionary of National Biography,
founded in 1882 by George Smith
Oxford, Oxford University Press, 1998
© 2001-2009 Manuel Amaral
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