Manuel Fernandes Tomás
A figura mais importante do primeiro período
liberal.
Nasceu na Figueira da Foz, em 30 de Junho de 1771, e
De família burguesa, bacharelou-se em Direito em 1791, tendo ingressado na
magistratura em 1801, sendo o seu primeiro cargo o de Juiz de Fora de Arganil. Em 1805 é Superintendente das
Alfândegas e dos Tabacos das comarcas de Aveiro. Coimbra e Leiria, o que é
actualmente considerado a Beira Litoral, e
durante as invasões francesas deu uma valiosa colaboração ao exército
aliado, no serviço de abastecimentos, enquanto Deputado-Comissário do
Exército português, cargo que acumulou com o provedor da comarca de Coimbra. Em 1811 foi nomeado
desembargador da Relação do Porto, posto que ocupará somente em 1817. Criador em 1818 do Sinédrio, com Ferreira
Borges, Silva Carvalho e Ferreira Viana, é o motor do movimento de 24 de Agosto
de 1820. Figura primacial do liberalismo vintista, fez
parte da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, criada no Porto, que administrou o Reino. após a revolução
liberal, sendo encarregue dos negócios do Reino e da Fazenda. Eleito deputado às Cortes Constituintes,
pela Beira, elaborou as bases da
Constituição que D. João VI jurou em 1821. Publicou o Repertorio Geral,
ou Indice Alphabetico das Leis Extravagantes do Reino de Portugal, impresso pela Universidade de Coimbra, entre 1815 e
1819. | |
Fonte:
Joel Serrão (dir.) Pequeno Dicionário de História de Portugal, Lisboa, Iniciativas Editoriais, 1976
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