CRONOLOGIA DAS INVASÕES FRANCESAS
Passagem do Douro, em 11 de Maio |
Janeiro, 1 - Entre Benavente e Astorga, Napoleão Bonaparte recebe despachos avisando-o dos preparativos de guerra da Áustria. Janeiro, 2 - Decreto de nomeação da Junta de Regência pelo príncipe regente D. João. Janeiro, 3 - Em Astorga, Napoleão Bonaparte entrega o comando das forças franceses, que perseguiam o exército britânico do general Moore, em retirada para a Corunha, ao marechal Soult. Janeiro, 7 - Um exército português desembarca na Guiana Francesa, tomando sucessivamente os portos de Diamante e Degrasdes-Cannes. Janeiro, 9 - D. Rodrigo de Sousa Coutinho, secretário de estado dos negócios estrangeiros e da guerra, no Brasil, envia um ofício ao embaixador português em Londres, D. Domingos de Sousa Coutinho, encarregando-o de escolher um general britânico para comandar o exército português. - Combate de Lugo entre o exército britânico de Moore e forças francesas de Soult. - Tratado de paz e alinaça entre a Grã-Bretanha e a Espanha. Janeiro, 10 - Caiena, capital da Guiana francesa, a Norte do Brasil, é conquistada pelo exército português. A capitulação foi assinada no dia 12. Janeiro, 11 - O exército britânico de Moore chega à Corunha, mas a frota que transportaria o exército ainda não tinha chegado. Janeiro, 16 - Batalha de Corunha. O exército britânico, comandado pelo general Moore, venceu o exército francês, comandado pelo marechal Soult. A vitória de Moore, que morreu no decurso da batalha, permitiu que a força britânica embarcasse com toda a segurança nos navios que a esperavam, e que levaram as tropas de regresso à Grã-Bretanha. Janeiro, 17 - Napoleão Bonaparte parte de Valladolid para França. Chegará a Paris a 23. Janeiro, 22 - José Bonaparte, nomeado rei de Espanha pelo irmão, regressa a Madrid. Janeiro, 30 - O general Bernardim Freire de Andrade, comandante do Exército de Operações do Norte, encarregue da defesa do Porto, do Minho e de Trás-os-Montes, sai do Porto dirigindo-se para Braga. Fevereiro, 13 - As forças do comando do marechal francês Soult tentam atravessar o rio Minho em Vila Nova de Cerveira. Fevereiro, 15 - As forças do tenente-coronel José Joaquim Champalimaud, vindas de Valença, chegam a Caminha, preparando-se para defender a passagem do Minho dos ataques franceses. Fevereiro, 16 - O exército francês tenta nova travessia do Minho em Caminha, na foz do rio. Fevereiro, 21 - Capitulação de Saragoça. Fevereiro, 28 - Assinatura do Tratado de Aliança e Comércio entre Portugal e a Grã-Bretanha. Março, 3 - Madison é empossado como Presidente dos Estados Unidos da América, substituindo Jefferson. Março, 7 - O general Wellesley, futuro duque de Wellington, aconselhou o governo britânico a defender Portugal, demonstrando a maneira de o realizar. Março, 8 - O general britânico Beresford é nomeado comandante em chefe do Exército português com o posto de Marechal do Exército. Março, 10 - O corpo de exército de Soult, tendo subido o rio Minho desde a foz até Orense e dirigindo-se depois para a fronteira portuguesa, entra em Portugal pela veiga de Chaves. Começa assim a 2.ª Invasão Francesa. Março, 12 - Soult conquistou Chaves, dirigindo-se para o Porto, por Braga. Março, 15 - O marechal Beresford assume o comando do exército português. Março, 16 - A guarda avançada do corpo de Soult, comandada pelo general Franceschi, derrota as forças portuguesas em Salamonde. Março, 17 - O general Bernardim Freire de Andrade foi massacrado perto de Braga, por populares que o acusavam de traição. Março, 18 a 20 - O corpo de exército de Soult vence as forças portuguesas que defendiam Braga em Carvalho d'Este. Março, 21 - O brigadeiro Silveira, comandante da divisão que defendia Trás-os-Montes, reocupou Chaves. Março, 23 - Napoleão Bonaparte recusa receber o embaixador austríaco em Paris, Metternich, provocando a ruptura entre os dois países. Março, 25 - O brigadeiro Silveira conquistou o forte de S. Francisco, de Chaves, aprisionando a guarnição francesa. Março, 27 - Proclamação do arquiduque Carlos, comandante do exército austríaco e irmão do imperador, convidando os alemães à insurreição contra a França de Napoleão Bonaparte. Março, 27 a 29 - O Porto é atacado, conquistado e saqueado, pelo exército francês de Soult. Março, 28 - Batalhas de Medellin e de Ciudad Real: os corpo de exército comandados pelo marechal Victor e pelo general Sebastiani derrotam os exército espanhóis da Extremadura, comandado pelo general Cuesta, e do Centro comandado pelo general Cartaojal. Março,
31 - Uma brigada de cavalaria do exército de Soult, comandada pelo
general Caulaincourt, ocupa Penafiel, dirigindo-se para a ponte de Canaveses
que tenta atravessar, sendo rechaçado por forças militares portuguesas.
Abril, 2 - Wellesley é nomeado comandante-em-chefe do exército
britânico na Península.
Abril, 5 - O general José António Botelho de Sousa,
comandante das forças portuguesas no Minho, reocupa Braga.
Abril, 8 - A Áustria invade a Baviera, aliada da França. Abril, 9 - O general Silveira instala as suas forças nas proximidades de Amarante. - O marechal Beresford chega a Tomar, onde toma o comando das forças operacionais portuguesas concentradas nesta cidade. - Começo da sublevação no Tirol, antigo território da casa de Áustria, contra os ocupantes bávaros. O exército francês será obrigado a intervir, para repor a ordem. Abril, 10 - Um exército austríaco, comandado pelo arquiduque João, invade a Itália, que governa Eugénio de Beauharnais, enteado de Napoleão Bonaparte, em nome do padrasto, rei de Itália desde 1805. Abril, 12 - Tratado anglo-austríaco de aliança. A Grã-Bretanha aceita pagar um subsídio à Áustria pelas despesas de guerra, dando origem à 5.ª Coligação contra a França. Abril, 13 - Silveira ataca e obriga a retirar a divisão Loison, reocupando a cidade de Penafiel. Retirar-se-á por sua vez no dia 15. Abril, 18 / Maio 2 - As forças portuguesas do general Silveira defendem a ponte de Amarante do ataque de uma força francesa comandada pelo general Loison. Abril, 20 - Napoleão Bonaparte, comandando em pessoa o exército francês, bate o arquiduque Carlos em Abensberg, dividindo o exército austríaco em dois e ganhando a iniciativa. Abril, 21 - Assinatura da Convenção entre Portugal e a Grã-Bretanha, sobre um empréstimo de 6.000.000 libras esterlinas. - Napoleão Bonaparte bate o exército austríaco em Eckmuhl, obrigando-o a atravessar o rio Danúbio para a margem norte, abandonando assim qualquer tentativa de defenser Viena. Abril, 22 - O general Wellington desembarca em Lisboa, com os reforços militares britânicos para Portugal. Abril, 25 - Uma deputação de Braga presta
homenagem a Soult.
Abril, 27 - Wellesley toma o comando do exército britânico em
Portugal, substituindo sir John Craddock. Abril, 28 - O major Schill, oficial ao serviço do exército prussiano, tenta provocar uma insurreição na Alemanha do norte. Maio, 2 - O exército britânico, comandado pelo general Wellesley, incorporando algumas unidades portuguesas, chega a Coimbra. - Forças do exército francês comandadas pelo general Delaborde atacam a Ponte de Amarante e obrigam as forças do brigadeiro Silveira a retirar. A defesa da Ponte de Amarante durou de 18 de Abril a 2 de Maio. Maio, 4 - O general Wellington é nomeado marechal general do exército português, por Carta Régia. Maio, 8 - O exército português comandado por Beresford chega a Lamego, vindo de Tomar por Coimbra e Viseu. - As forças comandadas pelo general Silveira ocupam Vila Real, obrigando a cavalaria francesa de Caulaincourt a retirar. Maio, 12 - Combate de Moure: as forças de Silveira atacam a divisão Loison na serra do Marão, obrigando-a a retirar para Amarante. - Wellington bate Soult no Porto, obrigando-o a retirar para Espanha por Trás-os-Montes. Maio, 13 -- Loison retira de Amarante, impossibilitando que o exército francês de Soult pudesse vir a retirar de Portugal pela Beira. - O marechal Beresford chega a Amarante. O exército português de operações é reorganizado em 3 brigadas de Infantaria de Linha, 1 de Milícias e 1 de Caçadores. A brigada de Silveira ocupa Penafiel. - Viena de Áustria capitula e é ocupada pelo exército francês. Maio, 17 - Napoleão incorpora os antigos estados pontifícios no Império francês, compensando o reino de Itália com outros territórios. Maio, 18 - O exército francês de Soult abandona Portugal por Montalegre. A 2.ª Invasão Francesa termina. Maio, 21 - 22 - Batalha de Aspern-Essing. O exército austríaco, comandado pelo arquiduque Carlos, derrotou o exército francês, comandado por Napoleão Bonaparte, quando este tentou atravessar o Danúbio. Maio, 22 - A Junta Central espanhola convoca uma reunião das Cortes. Maio, 24 - A Regência de Portugal escreve ao príncipe regente mostrando-se descontente com os poderes que a Carta Régia conhecida em 2 de Janeiro lhes atribuía. Junho, 10 - O papa Pio VII excomunga Napoleão Bonaparte. - O major Schill é derrotado diante de Stralsund, no Báltico, e morto. Julho, 6 - Carta régia de D. João VI reorganizando a Regência. A Junta reduz-se a três membros. - Pio VII é preso, ficando retido no palácio do Quirinal. - Batalha de Wagram. O exército de Napoleão Bonaparte derrota o exército austríaco. Julho, 24 - Embarque de um exército britânico de 45.000 numa frota de 35 naus e 23 fragatas, tendo como destino a Zelandia, região costeira da Holanda. Julho, 28 - Batalha de Talavera de la Reina. Batalha travada pelo exército britânico, comandado por Wellington, a que se tinha juntado o exército espanhol do comando de Cuesta, contra o exército francês comandado pelo marechal Victor. A vitória valerá ao general Wellesley o título de Visconde Wellington. Julho, 29 - Desembarque do exército britânico na ilha de Walcheren, na Holanda. Agosto, 8 - Os corpos de exército dos marechais Soult e Mortier vencem o Exército da Extremadura de Cuesta em Puente del Arzobispo. Agosto, 9 - Vitória de Victor e Sebastiani sobre o exército espanhol de Venegas em Almonacid. Agosto, 13 - O exército britânico na Holanda, comandado por Lord Chatam, irmão mais velho do antigo primeiro ministro britânico William Pitt, ocupa a povoação de Flushing. Agosto, 21 - O general Palafox propõe à Junta Governativa espanhola a nomeação de uma regência, propondo para regente o cardeal Bourbon. Mas o governo inclinou-se para D. Carlota Joaquina, mulher do Príncipe Regente D. João. O embaixador britânico em Espanha, Lord Wellesley, irmão mais velho do futuro duque de Wellington opôs-se a tal solução. Setembro, 17 - Tratado de Fredrickshamm pelo qual a Suécia cede a Finlândia à Rússia. Setembro, 21 - Duelo entre Canning, secretário dos negócios estrangeiros, e Castlereagh, secretário da guerra, devido à incapacidade do comando britânico durante a expedição a Walcheren. Os dois ministros demitem-se. Setembro, 30 - O exército britânica abandona Walcheren, onde tinha sido dizimado pelas febres. Outubro, 12 - Tentativa de assassinato de Napoleão no Palácio de Schnbrunn, em Viena. Outubro, 14 - Tratado de paz franco-austríaco de Viena. Outubro, 18 - Vitória do duque do Parque sobre forças francesas em Tamames. Outubro, 30 - Morte do primeiro ministro britânico Portland, sucedido por Perceval. O marquês de Wellesley, irmão mais velho do general Wellington, é nomeado ministro dos negócios estrangeiros. Novembro, 18 - Soult e Mortier vencem os espanhóis em Ocaña, a sul do rio Tejo. O sul de Espanha fica à mercê do exército francês. Novembro, 28 - Vitória de Kellermann sobre as forças espanholas do duque do Parque em Alba de Tormes. Dezembro, 10 - A cidade de Gerona capitula. Dezembro, 15 - O casamento de Napoleão Bonaparte e de Josefina é dissolvido, permitindo ao Imperador casar com a arquiduquesa Luísa, filha do imperador de Áustria. O casamento tinha sido proposto por Metternich em 29 de Novembro. Dezembro, 27 - Desfile maçónico em Lisboa. |
Fontes principais: Rodrigues,
António Simões (coord.),
Pires, António Machado,
Azeredo, Carlos,
Reis, A. do Carmo,
| ||
Cronologia do Liberalismo.
|
|
| Página
Principal | © Manuel Amaral 2000-2015 |