Reis, Rainhas e Presidentes de Portugal
D. José I
Filho de D. João V, sucedeu a seu pai em 1750. Quando subiu ao trono, D. José I tinha à sua disposição os mesmos meios de acção governativa que os seus antecessores do século XVII, apesar do progresso económico realizado no país, na primeira metade do século XVIII. Esta inadaptação das estruturas administrativas, jurídicas e políticas do país, juntamente com as condições económicas deficientes herdadas dos últimos anos do reinado de D. João V, vai obrigar o monarca a escolher os seus colaboradores entre aqueles que eram conhecidos pela sua oposição à política seguida na reinado anterior. Diogo de Mendonça, Corte Real Pedro da Mota e Silva e Sebastião José de Carvalho e Melo passaram a ser as personalidades em evidência, assistindo-se de 1750 a 1755 à consolidação política do poder central e ao reforço da posição do marquês de Pombal, com a consequente perda de importância dos outros ministros. Uma segunda fase, de 1756 a 1764, caracteriza-se pela guerra com a Espanha e a França, pelo esmagamento da oposição interna - expulsão dos Jesuítas, reforma da Inquisição e execução de alguns nobres acusados de atentarem contra a vida do rei, entre os quais o duque de Aveiro e o marquês de Távora -, e pela criação de grandes companhias monopolistas, como a do Grão-Pará e Maranhão e a das Vinhas do Alto Douro. Uma terceira fase, até 1770, é marcada por uma grande crise económica e, até final do reinado, assiste-se à política de fomento industrial e ultramarino e à queda económica das companhias monopolistas brasileiras. Todo o reinado é caracterizado pela criação de instituições, especialmente no campo económico e educativo, no sentido de adaptar o País às grandes transformações que se tinham operado. Funda-se a Real Junta do Comércio, o Erário Régio, a Real Mesa Censória; reforma-se o ensino superior, cria-se o ensino secundário (Colégio dos Nobres, Aula do Comércio) e o primário (mestres régios); reorganiza-se o exército. Em matéria de política externa, D. José conservou a política de neutralidade adoptada por seu pai. De notar ainda, o corte de relações com a Santa Sé, que durou 10 anos.
Ficha genealógica: D.
José I nasceu em Lisboa, a 6 de Junho de 1714, recebendo o nome de José
Francisco António Inácio Norberto Agostinho, e morreu no Palácio da Ajuda, a
24 de Fevereiro de 1777, tendo sido sepultado no Mosteiro de S. Vicente de Fora.
Casou em 19 de Janeiro de 1729 com D. Mariana Vitória (n. em Madrid, a 31 de
Março de 1718; f. no Palácio da Ajuda, a 15 de Janeiro de 1781; sepultada no
mesmo Panteão), filha de Filipe V, rei de Espanha, e de Isabel Farnésio, sua
segunda mulher. Do consórcio nasceram: 1.
D.
Maria I, que sucedeu no trono; 2.
D. Maria Ana Francisca Josefa (n. em Lisboa, a 7 de Outubro de 1736; f. no Rio
de Janeiro, a 16 de Maio de 1813; sepultada no Convento do Desagravo do Santíssimo
Sacramento, em Lisboa); 3.
D. Maria Francisca Doroteia (n. em Lisboa, a 21 de Setembro de 1739; f. na mesma
cidade, a 14 de Janeiro de 1771; sepultada no Mosteiro de S. Vicente de Fora); 4.
D. Maria Francisca Benedita (n. em Lisboa, a 25 de Julho de 1746; f. na mesma
cidade, a 18 de Agosto de 1829; sepultada no Panteão de S. Vicente de Fora).
Casou em 21 de Fevereiro de 1777 com o seu sobrinho D. José, príncipe da
Beira, que teria sido rei de Portugal se a morte o não levasse prematuramente.
| |
Fontes:
Joel Serrão (dir.)
Joaquim Veríssimo Serrão,
|
|
Página modificada em 14 de junho de 2015
|
| Página
Principal |
| A Imagem da
Semana | O
Discurso do Mês | Almanaque
| Turismo histórico
| Estudo da história
|
| Agenda
| Directório
| Pontos de vista
| Perguntas mais
frequentes | Histórias
pessoais |
| Biografias
| Novidades
| O Liberalismo | As
Invasões Francesas | Portugal
na Grande Guerra |
| A Guerra de África
| Temas de História de Portugal|
A Grande Fome
na Irlanda | As
Cruzadas |
| A
Segunda Guerra Mundial | Think
Small - Pense pequeno | Teoria
Política |
© Manuel Amaral 2000-2015