Reis, Rainhas e Presidentes de Portugal
D. LUÍS
Filho segundo de D. Maria II (1819-1853) e de D. Fernando
III (1816-1885). Assumiu o governo a 14 de Outubro de 1861, tendo casado com D.
Maria de Sabóia. Era primorosamente educado, com temperamento de literato e
artista. Embora tivesse dominado a paz no reinado, houve um levantamento de
tropas, em 1862 e em finais de 1867 o movimento da Janeirinha e em 19 de Maio de
1870, o duque de Saldanha impôs a demissão do governo, e passou a assumir a
presidência do novo ministério. Em 1865-1866 a vida mental foi sacudida pela Questão
Coimbrã e em 1871 surgiu a iniciativa das Conferências Democráticas do
Casino. Realizam-se as viagens ao interior da África, o major Serpa Pinto de
Benguela ao Bié, Zambeze e chegou às cataratas de Vitória. Hermenegildo
Capelo e Roberto Ivens exploraram o sertão de Benguela e atravessaram a África
de Luanda a Tete. A partir de 1876 o Partido Progressista aspira a articular
o Estado segundo a teoria liberal, propondo a reforma da Carta, a descentralização
administrativa, a fidedignidade e ampliação do sufrágio eleitoral, a
reorganização do poder judicial e da contabilidade pública. Em 1877
demitiu-se o ministério regenerador de Fontes Pereira de Melo e voltou a ser
reintegrado. Posteriormente os progressistas atacaram o rei, acusando-o de
patrocinar os regeneradores (Emídio Navarro, no Progresso, Joaquim Martins de
Carvalho, no Conimbricense). O ministério regenerador caiu, em 1879, e D. Luís
chamou os progressistas a formar governo. O republicanismo evoluíra também e
em 1878 toma lugar na Câmara o primeiro deputado republicano, Rodrigues de
Freitas, eleito pelo Porto. Em 1880 o Partido Republicano era uma realidade e
uma força. O reinado de D. Luís assinalou-se materialmente pelo
progresso, socialmente pela paz e pelos sentimentos de convivência e
politicamente pelo respeito pelas liberdades públicas, intelectualmente por uma
geração notável (Eça de Queiroz, Antero de Quental, etc.). D. Luís I nasceu no Palácio das Necessidades, a 31 de
Outubro de 1838, tendo recebido o nome de Luís Filipe Maria Fernando Pedro de
Alcântara António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João
Augusto Júlio Valfando, e morreu na Cidadela de Cascais, a 19 de Outubro de
1889, tendo sido sepultado no Panteão Real de S. Vicente de Fora). Casou em
Lisboa a 6 de Outubro de 1862 com a princesa Maria Pia de Sabóia (n. em Turim,
a 16 de Outubro de 1847; f. no Castelo de Stupinigi, no Piemonte, a 5 de Julho
de 1911; sepultada na Basílica de Superga, na Itália), filha do rei Vítor
Manuel II da Sardenha e de sua mulher a arquiduquesa Maria Adelaide. Do consórcio
nasceram: 1. D. Carlos, que sucedeu no trono. 2. O infante D. Afonso Henriques (n. no Paço da Ajuda, a 31 de Julho de 1865; f. em Nápoles a 21 de Fevereiro de 1920). Casou morganaticamente em Roma, a 26 de Setembro de 1917, com Nevada Stoody Hayes, que passou a chamar-se Nevada de Bragança (n. em Ohio a 21 de Outubro de 1885; f. em Tampa, na Florida, a 11 de Janeiro de 1941).
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Fontes:
Joel Serrão (dir.) Pequeno Dicionário de História de Portugal, Lisboa, Iniciativas Editoriais, 1976 Joaquim Veríssimo Serrão
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