CRONOLOGIA DO LIBERALISMO - DE 1777 A 1926
O regime republicano,
de 1910 a 1926.
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2.ª parte: de 1919 a 1926
1919 Fevereiro, 19 - Assinatura do decreto de dissolução do parlamento sidonista, que será publicado no dia 21. Fevereiro, 21 - Comício do Partido Democrático em Lisboa, no Coliseu dos Recreios, em que discursam Estêvão Pimentel, Cunha Leal, Costa Júnior e Ramada Curto. Fevereiro, 23 - Devido a tumultos provocados pelos democráticos, que obrigaram o governo de José Relvas a refugiar-se no Quartel do Carmo, é decretada a extinção da polícia cívica e demitido o governador civil de Lisboa. - Sai o primeiro número do jornal anarco-sindicalista A Batalha, afirmando-se como o porta-voz da organização operária portuguesa. Março, 1 - Aprovação de uma nova lei eleitoral, restaurando as leis eleitorais da República Velha, que restringiam a capacidade eleitoral aos chefes de família que sabiam ler e escrever. Março, 14 - Vários professores de Coimbra são suspensos, entre os quais Salazar, Fezas Vital, Magalhães Colaço e Carneiro Pacheco, Diogo Pacheco de Amorim e Mendes dos Remédios. Março, 27 - O governo multipartidário de Relvas apresenta a demissão. - Greve dos tipógrafos em Lisboa. Março, 30 - Novo governo, presidido pelo democrático Domingos Pereira, com um independente, cinco democráticos, três evolucionistas, dois unionistas e dois socialistas.. Abril, 7 - Criação da Polícia de Segurança do Estado a partir da Polícia Preventiva, até aí mera secção da Polícia Cívica de Lisboa que contava com 27 agentes. Abril, 13-15 - Tentativa de criação de um partido republicano conservador, com unionistas e sidonistas. A Junta Municipal de Lisboa do Partido Evolucionista não aceita a integração no novo partido. Abril, 16 - Nova tentativa malograda de unificar a oposição ao partido democrático, patrocinada por Egas Moniz, tentando criar um partido republicano reformador. Abril, 17 - Nova lei do arrendamento, que proíbe o aumento das rendas de casa.. Abril, 25 - Começo da construção do bairro social do Arco do Cego em Lisboa. Abril, 28 - Greve dos metalúrgicos e dos serviços camarários em Lisboa. Maio, 1 - Comemoração do 1.º de Maio, com um comício convocado pela União dos Sindicatos Operários de Lisboa. A reunião agrega mais de 30.000 pessoas no Parque Eduardo VII. Maio, 2 - Recomeço das greves, na Carris, nas águas, cesteiros e alfaiates. O Conselho de Ministros lança um apelo aos sindicatos. Maio, 3 - O ministro da guerra manda prender os grevistas da Companhia das águas. Maio, 10 - Publicação de trinta suplementos do Diário do Governo, no dia anterior às eleições. São criados cerca de 17 mil novos empregos públicos. - Decreto do governo repõe em vigor uma lei de João Franco - a célebre lei celerada - contra os delitos de tipo social. O novo diploma pune bombistas, com possibilidade de degredo para o Ultramar. - A GNR, a guarda pretoriana do regime republicano, aumenta os efectivos para 18 956 homens, tendo começado em 1911 com cerca de 5.000 homens. Maio, 11 - Realizam-se as eleições, marcadas para 13 de Abril mas adiadas, com vitória dos democráticos. Apenas 7% dos eleitores participaram. 24 de Maio - Os Fascistas italianos obtêm a maioria absoluta em Itália. Junho, 2 - Reabertura do Congresso da República. O presidente da república, o almirante Canto e Castro, renuncia ao cargo. Junho, 3 - Greve dos caminhos-de-ferro, que durará dois meses. Junho, 6 - O Governo encerra o sindicato dos ferroviários. Junho, 12 - O Governo presidido por Domingos Pereira pede a demissão. Junho, 17 - Greve geral de 48 horas, com sucesso parcial. Explodem várias bombas em Lisboa, e a sede da União Operária Nacional é encerrada. Junho, 20 - Sai o primeiro número de Avante!, intitulando-se diário operário da tarde. Junho, 28 - A Alemanha assina o Tratado de Versalhes, após o Reichtag ter votado favoravelmente as condições da paz. Junho, 29 - Nomeação do governo de Sá Cardoso, dominado pela «ala moderada e conciliadora» do partido democrático. Julho, 31 - Regressam as perseguições aos católicos, com um assalto à igreja dos Congregados e ao jornal O Debate. Agosto, 6 - António José de Almeida é eleito presidente da república. Agosto, 15 - Durante a greve dos ferroviários, explodem algumas bombas na estação do Rossio, há cenas de tiros no Entroncamento, continuando os descarrilamentos de comboios. Grevistas são colocados nos primeiros vagões das composições. Setembro, 1 - Fim da greve dos ferroviários. Setembro, 3 - Tumultos, em Lisboa devido à destruição pela câmara municipal do passeio central do Rossio. Setembro, 18 - Criação da Confederação Geral do Trabalho, durante o 2.º Congresso Operário Nacional. Setembro, 22 - A revisão constitucional concede ao Presidente da República o direito de dissolução do Congresso. Outubro, 5 - António José de Almeida toma posse do cargo de presidente da república. - Aparece o primeiro número de A Bandeira Vermelha, intitulado semanário comunista, institucionalizando-se a Federação Maximalista Portuguesa, criada anteriormente. - É criado o Partido Republicano Liberal, tendo como base os partidos evolucionista e unionista, que se tinham dissolvido em fins de Setembro. Outubro, 13 - Vários grupos sidonistas aderem ao partido liberal. O directório do Partido Nacional Republicano aconselha a dissolução do partido, liderado por Egas Moniz. Outubro, 20 - Os monárquicos integralistas anunciam que se desligam da obediência a D. Manuel II. Novembro, 22 - Reunião do 2.º Congresso do Centro Católico Português, o congresso da reestruturação, realizado em Lisboa. Dezembro, 18 - Numa encíclica de Bento XV aos prelados portugueses, o papa apoia a criação do Centro Católico Português.
1920 Janeiro, 3 - Remodelação governamental, com entrada de mais radicais para o governo. Janeiro, 8 - Sá Cardoso apresenta a demissão do seu governo. O presidente da república, António José de Almeida, convida o dirigente do partido liberal Fernandes Costa a formar governo.. Janeiro, 10 - O Pacto da Sociedade das Nações entra em vigor, sendo Afonso Costa o primeiro representante português na assembleia da Sociedade das Nações. Janeiro, 15 - O governo escolhido por Fernandes Costa não chega a tomar posse, face a uma manifestação de rua, dirigida pelos radicais do partido democrático, conhecidos pelo nome colectivo de «formiga branca». - Tentativa de assalto ao jornais liberais A Luta e a República, tendo o António Granjo, ministro indigitado do novo governo, que os defender sucessivamente com armas na mão. - O anterior governo, dirigido por Sá Cardoso, dominado pela ala radical do partido democrático é reconduzido. Janeiro, 17 a 21 - Várias personalidades são convidadas a formar governo, desistindo sucessivamente, até que Domingos Pereira consegue formar governo, composto de quatro ministros democráticos, 4 liberais e um socialista. Fevereiro, 21 - Arrebentam várias bombas em Lisboa, continuando os tumultos no dia 22, com ataque ao jornal O Século, e no dia 23, em que se julgou o processo contra o oficial sidonista Teófilo Duarte, que terminou com a sua demissão do exército. Março, 4 - O governo de Domingos Pereira apresenta a demissão. Continuam os atentados terroristas e as greves. Março, 5 - António Maria da Silva é convidado a formar governo, mas logo desiste por não ter consigo o apoio dos populares. Março, 7 - O antigo governador de Moçambique, Álvaro de Castro abandona o partido democrático. Março, 8 - O governo de António Maria Baptista é empossado. O gabinete é constituído por membros do partido democrático, havendo um ministro independente, o liberal Júdice Biker. Março, 9 - A dissidência reconstituinte - Núcleo de Acção de Reconstituição Nacional, mais tarde Partido Republicano de Reconstituição Nacional - é apresentada no parlamento, sendo dirigida por Álvaro de Castro, tendo como apoio alguns dirigentes democráticos e dissidentes do partido liberal Março, 17-19 - Grandes tumultos, provocados pela onda de greves. Sindicalistas disparam sobre a Guarda Nacional Republicana. Março, 19 - Uma força naval inglesa faz exercício de tiro real em frente ao Terreiro do Paço, no dia em que se temia o desencadear de uma revolução bolchevique em Lisboa. Março, 20 - A sede da CGT foi encerrada, por ter apelado à greve geral, o que provocou confrontos entre os grevistas e forças da GNR. Será reaberta em 28 de Abril. Março, 27-28 - A Batalha suspende a sua publicação regular como jornal diário, um que despoleta uma greve de protesto no dia seguinte. Abril, 12 - São lançadas bombas contra uma manifestação de apoio ao governo na Rua Augusta, que provocam várias mortes. Abril, 14-15 - Atentados em Lisboa, Porto, Faro e Beja. Abril, 24 - Adopção de um tipo único de pão, sendo aumentado o preço do trigo estrangeiro. Maio, 1 - Comemorações do 1º de Maio. A onda de greves começa a diminuir, apoiando-se o governo republicano nos grupos de defesa da República. Maio, 6 - O deputado socialista Ladislau Batalha critica o tipo único de pão, por significar pão mais caro e pior. Entrará em funcionamento em 11 de Julho. Maio, 11 - É criado o Tribunal de Defesa Social, para julgar «criminosos de delitos sociais e bombistas». Maio, 17 - Sacadura Cabral realiza o percurso aéreo Inglaterra - Londres, com escala na Galiza e na Bretanha. Maio - É lançado à água o contra-torpedeiro Vouga, da marinha de guerra portuguesa. 25 de Maio - Decreto de reorganização do Exército. Previa a existência de 8 divisões e 1 brigada de cavalaria, com um quadro permanente de 1.773 oficiais e 9.926 praças. O serviço militar devia ser geral e obrigatório. Os mancebos passavam por uma escola de recruta, de 15 a 30 semanas, sendo chamados quase todos os anos (7 em 10) para as escolas de repetição, que duravam 2 semanas. Criavam-se também escolas de quadros, que formariam os futuros oficiais milicianos. 28 de Maio - Realizam-se as eleições para a Assembleia Nacional Constituinte. Junho, 3 - O general Gomes da Costa é condenado a 20 dias de prisão correccional por ter criticado o. ministro da guerra João Estêvão Águas num artigo em A Capital. Junho, 3 - Morte do presidente do governo, António Maria Baptista, em pleno conselho de ministros, sendo imediatamente substituído por José Ramos Preto. Junho, 18 - O Governo apresenta a demissão, depois de ser criticado por aumentar os vencimentos dos membros dos gabinetes ministeriais. Várias personalidades são convidadas sucessivamente para constituir governo, desistindo. Junho, 19 - Governo de António Granjo, formado por democráticos, populares e socialistas, tendo a oposição dos liberais e dos reconstituintes. Julho, 1 - Entra em funcionamento o Tribunal de Defesa Social, criado em 11 de Maio próximo passado. Julho, 4 - O juiz do Tribunal de Defesa Social Pedro de Matos, é assassinado, sendo o tribunal atacado à bomba de seguida. Julho, 8 - Movimentos grevistas e tumultos em todo o país, sem controlo sindical. São chamadas revoltas da fome. - O governo demite-se sendo convidados vários chefes militares a formar governo, desistindo todos. Julho, 9-19 - Novos movimentos grevistas e tumultos por todo o país, continuando as greves da fome. Julho, 21 - Governo dirigido pelo liberal António Granjo. - D. Miguel II de Bragança renuncia à sua pretensão à coroa de Portugal, no seu terceiro filho, D. Duarte Nuno, confiando a sua tutela a sua irmã D. Maria Aldegundes de Bragança. Será reconhecido pela Junta Central do Integralismo Português em 2 de Setembro. Julho, 30 - O movimento grevista e bombista continua por intermédio da Legião Vermelha. Agosto, 20 - Atentado contra outro juiz do Tribunal de Defesa Social, o Dr. Félix Horta. Setembro, 7 - O aumento do preço do pão, decretado no dia anterior, dá origem a uma vaga de tumultos e greves que só acabará dois meses mais tarde. Setembro, 20 - Forças do exército ocupam a estação do Barreiro e outras da linha do Sul, em preparação para a anunciada greve dos ferroviários. Setembro, 30 - Greve dos ferroviários. O governo utiliza os sapadores do Exército para conseguir manter as linhas em funcionamento. As linhas são dinamitadas, ao que o governo responde colocando à frente dos comboios os grevistas presos. Outubro, 6 - Decretada a mobilização geral de todos os meios de transporte Novembro, 15 - O governo demite-se, por ter perdido o apoio dos liberais e dos reconstituintes, apesar de ter sido aprovada uma moção de confiança no parlamento. Novembro, 19 - Novo governo dirigido pelo reconstituinte Álvaro de Castro. Dura dez dias. - Um decreto aplica aos indígenas das colónias que adoptarem um modo de vida civilizado os direitos civis dos europeus. Novembro, 22 - Reunião do patronato na presença de Álvaro de Castro, onde se defende a revisão da Constituição no sentido da participação das forças vivas, à semelhança da segunda câmara do sidonismo, e das propostas da Vida Nova de Oliveira Martins. Novembro, 25 - O governo é demitido ao ser aprovada uma moção de desconfiança. Após as habituais recusas, o presidente convida o tenente-coronel Liberato Pinto, o reorganizador da GNR em 1919, a formar um governo de concentração republicana. Dezembro, 9 - O ministro das finanças Cunha Leal reconhece que Portugal se encontra sem recursos em Lisboa e a descoberto em Londres, afirmando que o país está «sem recursos necessários para comprar o pão nosso de cada dia».
1921 Janeiro, 4 - Delegação da Associação Industrial Portuguesa, liderada por Alfredo da Silva, apoia o governo de Liberato Pinto. 9 a 10 de Janeiro - Congresso da Confederação Patronal Portugesa.. 27 de Janeiro - O jornal A Batalha, órgão da Confederação Geral do Trabalho, publica o programa de um futuro Partido Comunista Português. 3 de Fevereiro - Ramada Curto apelida os democráticos de «grande cooperativa de produção e consumo». 11 de Fevereiro - O governo de Liberato Pinto demite-se. 25 de Fevereiro - Bernardino Machado é convidado a formar governo. 2 de Março - Governo de Bernardino Machado. 16 de Março - Fundação do Partido Comunista Portugês, com base na Federação Maximalista Portuguesa. 22 de Março - Raid aéreo ao Funchal. Os oficiais de marinha do Centro de Aviação Marítima, Gago Coutinho, Sacadura Cabral e Betencourt acompanhados do mecânico Roger Suberand voam até à ilha da Madeira, utilizando pela primeira vez o sextante. 30 de Março - Liberato Pinto é demitido de Chefe de Estado Maior da GNR. 7 de Abril - Os corpos dos dois Soldados Desconhecidos, um morto na Europa o outro em África, chegaram ao Arsenal da Marinha, sendo colocados no átrio do Palácio do Congresso da República. 9 de Abril - Cerimónia de homenagem ao Soldado Desconhecido, na Batalha.. 17 de Maio - O major Marreiros, director da Polícia de Segurança do Estado é demitido. 18 de Maio - Criação da União Anarquista Portuguesa, em Alenquer. 21 de Maio - O capitão Pires Monteiro, comandante das baterias de metralhadoras da GNR, aquarteladas na Graça, promove um pronunciamento militar para derrubar o governo chefiado por Bernardino Machado, convencido pelo major Marreiros, de que se preparava um golpe de estado para colocar Bernardino na presidência da república e Álvaro de Castro como presidente do governo. O pronunciamento foi rapidamente controlado. 23 de Maio - O governo de Bernardino Machado demite-se. O pronunciamento teve o efeito desejado. É substituído pelo governo liberal de Tomé de Barros Queirós 17 de Junho - Manifestação dos comerciantes de Lisboa, que encerraram os seus estabelecimentos em sinal de protesto pelas frequentes greves dos eléctricos, que segundo diziam, lhes acarretavam graves prejuízos. 26 de Junho - Manifesto de Baiona de D. Maria Aldegundes de Bragança, filha de D. Miguel I, tia e tutora de D. Duarte Nuno, defendendo uma monarquia tradicionalista. 7 de Julho - Publicação da declaração de princípios do PCP. 10 de Julho - Eleições legislativas com vitória dos liberais. Oliveira Salazar é eleito deputado por Guimarães, pelo Centro Católico. 5 de Agosto - O governo demite-se, ao ter conhecimento de que os financeiros americanos com quem estavam em negociações para realização de um empréstimo externo, por intermédio de Afonso Costa, não passavam de meros vigaristas. 10 de Agosto - Governo conservador de António Granjo. 14 de Agosto - Festa da Pátria para comemoração da Batalha de Aljubarrota e para homenagem à memória de Nuno Álvares Pereira, que havia sido canonizado. 5 de Setembro - A crónica parlamentar do Diário de Notícias desvirtuou as afirmações de António Granjo no Senado, em 2 de Setembro, provocando o regresso da questão religiosa, com a realização de um comício anticatólico em Loures. 30 de Setembro - Tentativa de golpe de estado dirigido pelo tenente-coronel Manuel Maria Coelho. Preso é libertado por António Granjo. 19 de Outubro - Golpe de 19 de Outubro, conhecido pela Noite Sangrenta. São assassinados António Granjo, Machado dos Santos, Carlos da Maia, Freitas da Silva, Botelho de Vasconcelos, entre outros. O assassino de Sidónio Pais é libertado e homenageado. O coronel Manuel Maria Coelho é empossado na presidência do governo por António José de Almeida. O golpe é promovido por radicais e dissidentes do partido democrático. 21 de Outubro - Alfredo da Silva foge para Espanha escapando a um atentado em Leiria. 24 a 27 de Outubro - Os implicados nos assassinatos de dia 19 são presos. 30 de Outubro - Manifestação de apoio a António José de Almeida, que tinha manifestado intenção de se demitir. 31 de Outubro - Atentado à bomba contra consulado dos Estados Unidos em protesto contra a condenação à morte dos anarquistas norte-americanos Sacco e Vanzetti. 3 de Novembro - O governo demite-se afirmando temer uma intervenção estrangeira. Maia Pinto forma governo, com populares e dissidentes do partido democrático. É um governo próximo dos golpistas de 19 de Outubro. 6 de Novembro - O Congresso é dissolvido, sendo marcadas eleições para 11 de Dezembro. 9 de Novembro - Um comboio de passageiros é descarrilado, propositadamente, na linha do sul e sueste, entre Aljustrel e Figueirinhas, ocasionando muitas mortes e ferimentos. 5 de Dezembro - As eleições são adiadas para 8 de Janeiro de 1922. 15 de Dezembro - O governo demite-se. 16 de Dezembro - Governo Cunha Leal, com representantes de todos os partidos. 19 de Dezembro - O decreto de dissolução do Congresso de 6 de Novembro é considerado nulo. 27 de Dezembro - Governo retira-se para Caxias, Aairmando haver perigo de golpe de estado, e chama Gomes da Costa para comandar as forças do exército concentradas no campo entrincheirado.
1922 1 de Janeiro - O exército retira de Caxias. 3 de Janeiro - Adiamento das eleições de 8 para 29 de Janeiro. Gomes da Costa acusa o governo de ter faltado ao respeito ao exército. 21 de Janeiro - Formação de uma lista de «Gonjunção» entre liberais, reconstituintes, socialistas, reformistas, sidonistas e independentes, unidos para lutarem unidos contra o partido democrático. 29 de Janeiro - Eleições legislativas com vitória do Partido Democrático. 30 de Janeiro - Demissão do governo de Cunha Leal. 4 de Fevereiro - Afonso Costa recusa formar governo. 6 de Fevereiro - Governo democrático de António Maria da Silva. A Polícia de Segurança do Estado passa a designar-se Polícia de Defesa Social. O Exército continua a cercar Lisboa. 18 de Fevereiro - Tentativa de golpe de estado radical, «outubrista», Governo instala-se em Caxias e o presidente em Cascais. 23 de Fevereiro - O Congresso reabre após as eleições. 2 de Março - As forças da GNR são reduzidas. O corpo de marinheiros é transferido para Vila Franca de Xira. 13 de Março - As forças da GNR são novamente reduzidos ficando sem artilharia e metralhadoras. As forças são distribuídas pela província transformando-se em guarda territorial. 30 de Março - Partida de Gago Coutinho e Sacadura Cabral para a travessia aérea do Atlântico. 17 de Abril - Assinatura do Pacto de Paris entre monárquicos liberais e legitimistas. D. Duarte Nuno reconhece D. Manuel II, e este reconheceria D. Duarte como seu herdeiro. 19 de Abril - Gago Coutinho e Sacadura Cabral chegam à noite aos rochedos de S. Pedro e S. Paulo. 28 de Abril - Com a promulgação da Lei do garrote são suspensas novas entradas na função pública. 29-30 de Abril - Congresso do Centro Católico com participação activa de Salazar. 3 de Maio - Abertura pelo bispo de Leiria do processo de averiguação .sobre as aparições em Fátima de 1917. 5 de Maio - Os Integralistas Lusitanos suspendem a sua actividade política, em ruptura com o Pacto de Paris. 29 de Maio - Tumultos em Macau que provocam 32 mortos, e obrigam à declaração do estado de sítio no território. Maio - Raid aéreo Lisboa - Madrid, realizado por cinco aviões. Só o Hercules, tripulado por Paiva Simões e António Alves concluiu a viagem. 5 de Junho - Gago Coutinho e Sacadura Cabral chegam ao Recife. 17 de Junho - Gago Coutinho e Sacadura Cabral chegam ao Rio de Janeiro. 20 de Junho - Liberato Pinto, antigo presidente de um governo democrático, Feliciano da Costa, sidonista e Xavier Pereira, radical, entre outros são deportados para os Açores, a bordo do navio Lima. 15 de Julho - Para o afastar de Lisboa, Gomes da Costa é enviado em inspecção extraordinária às colónias do Oriente. Timor e Macau. Só regressará em Maio de 1924. 31 de Julho - Aprovação de medidas de regresso ao proteccionismo face aos produtores de trigo. 5 de Agosto - Agitação popular contra as novas medidas do pão, com assaltos às padarias. 15 de Agosto - Revisão das medidas de produção de pão. Cria-se um pão de terceira. 26-29 de Agosto - Embarque do presidente da república, António José de Almeida, no paquete Porto para assistir ao primeiro centenário da Independência do Brasil. O navio só partiu no dia 29, devido a avaria. Chegará ao Brasil, muito depois do previsto no dia 17 de Setembro, devido a várias avarias e sabotagens. 2 de Setembro - Rebentamento de bombas no Porto. 7 de Setembro - Início das festas de comemoração do primeiro centenário da independência do Brasil. 8 de Setembro - Assassinato de Ségio Príncipe, dirigente da Confederação Patronal Portuguesa e da Associação Comercial dos Lojistas de Lisboa, considerado defensor de uma solução radical de direita para o problema político português. 1 de Outubro - Realiza-se o 3.º Congresso Operário Nacional, na Covilhã. 26 de Outubro - Regresso de Gago Coutinho e Sacadura Cabral a Lisboa. Outubro - Lançamento à água do contra-torpedeiro Tâmega, construído no Arsenal da Marinha 30 de Novembro - Recomposição do governo de António Maria da Silva. 3 de Dezembro - Comício de protesto, no Parque Eduardo VII, contra a nova lei do inquilinato, promovido pela União dos Sindicatos. 7 de Dezembro - Segunda recomposição do governo de António Maria da Silva. 14 de Dezembro - Início do julgamento dos implicados no golpe de 19 de Outubro de 1921. 23 de Dezembro - Inauguração dos pavilhões portugueses na Exposição Industrial do Rio de Janeiro, inaugurada em 7 de Setembro. O comissário geral de Portugal junta da exposição, Eng. Lisboa e Lima, tinha embarcado em 4 de Setembro.
1923 9 de Janeiro - Leonardo Coimbra demite-se de ministro da Instrução devido à tentativa de aprovação de uma lei que estabelece que o ensino «será neutral em matéria religiosa», o que permitiria de novo o ensino religioso. 27 de Janeiro - Com a regulamentação da Lei fiscal de 21 de Setembro os impostos directos são agravados, o que provocará uma estagnação dos investimentos e em meados do ano uma crise de confiança, que leva a uma corrida aos depósitos e à falência de cinco bancos. 5 de Fevereiro - Aparecimento do Partido Nacionalista resultante da fusão do Partido Republicano de Reconstituição Nacional com o Partido Republicano Liberal. 17 de Fevereiro - Publicação do Manifesto do Partido Nacionalista, escrito por Júlio Dantas. 27 de Fevereiro - Continuação da agitação laboral provocada pelo aumento do preço do pão, com deflagração de bombas. 9 de Março - As negociações com a Sociedade das Nações para a obtenção de um empréstimo são interrompidas, devido às contrapartidas exigidas pela instituição. 14 de Março - A esquadrilha aérea do Huambo, em Angola, efectuou o vôo Huambo-Benguela, num percurso de 380 quilómetros. 17 de Março - Inauguração do primeiro Congresso do Partido Nacionalista. 27 de Março - É divulgada uma nova pauta aduaneira. 29 de Março - Santos Dumont, o aviador brasileiro, aporta em Lisboa a bordo do paquete Massilia, e é alvo de manifestações de simpatia, sendo cumprimentado a bordo por Gago Coutinho e Sacadura Cabral. 13 de Maio - Os restos mortais do marquês de Pombal são trasladados da capela das Mercês na Rua do Século, em Lisboa, para a Igreja da Memória, tendo a urna estado em exposição no átrio da Câmara Municipal nos dias 12 e 13. 15 de Maio - O governo é autorizado a realizar um empréstimo interno no valor de 4 milhões de escudos, com a intenção de reduzir o défice e consolidar a dívida pública. 9 - 11 de Junho - Primeiro congresso do novo Partido Radical. 7 de Julho - Guerra Junqueiro, o autor de Finis Patriae e da Velhice do Padre Eterno, morre em Lisboa. O funeral foi realizado no dia 14, tendo o seu corpo sido depositado no Mosteiro dos Jerónimos. 17 de Julho - Devido à proibição pela censura da peça de teatro Mar Alto, de António Ferro, Fernando Pessoa, Raul Brandão, António Sérgio, Jaime Cortesão e Aquilino Ribeiro divulgam um protesto público. 26 de Julho - O cardeal patriarca de Lisboa, D. António Mendes Belo, é feito sócio da Academia das Ciências, restabelecendo a tradição. 6 de Agosto - Eleição do Presidente da República pelo Congresso, com a escolha de Manuel Teixeira Gomes, embaixador de Portugal em Londres desde 1910, apoiado pelo Partido Democrático de Afonso Costa. 16 de Agosto - O governo decreta um novo regime cerealífero que termina com o pão politico. O preço do pão mais barato sobe 50 %. 13 de Setembro - O general Primo de Rivera assume a direcção do governo espanhol, instaurando uma ditadura militar, que durou cinco anos, de 1923 a 1928. 3 de Outubro - O presidente da República eleito, Manuel Teixeira Gomes, chega ao Tejo a bordo do cruzador britânico Carrysfort. 5 de Outubro - Tomada de posse do Presidente da República, Manuel Teixeira Gomes, perante as Câmaras Legislativas. 22 de Outubro - Kemal Ataturk proclama a república na Turquia. 9 de Novembro - Hitler tenta em Munique um golpe de estado que falha estrondosamente. 10 - 12 de Novembro - Realiza-se o primeiro Congresso do Partido Comunista Português, no aniversário da Revolução russa de 1917. 15 de Novembro - O ministério presidido por António Maria da Silva demite-se, sendo encarregado de formar governo Ginestal Machado, após a desistência de Afonso Costa no dia 7. O general Óscar Carmona é escolhido para a pasta da Guerra. 23 de Novembro - O tenente-coronel Ferreira do Amaral é nomeado comandante da Polícia. 1 - 4 de Dezembro - Congresso das Associações Comerciais e Industriais, presidido por Moisés Amzalak, tendo Salazar apresentado uma comunicação em que defendia uma política de contenção das despesas.. 8 de Dezembro - Criação da Acção Realista Portuguesa por Alfredo Pimenta, com integração na Causa Monárquica. 10 de Dezembro - É desencadeado um movimento revolucionário radical contra o governo, dirigido pelo capitão de fragata João Manuel de Carvalho, comandante do contra-torpedeiro Douro. Após o disparo de alguns tiros, os chefes da revolta foram presos, mas tendo conseguido fazer com que o governo de Ginestal Machado pedisse a demissão no dia 14 seguinte. 15 de Dezembro - Reaparecimento do jornal Novidades, enquanto órgão da hierarquia católica. 18 de Dezembro - Tomada de posse do governo presidido por Álvaro de Castro, dissidente do Partido Nacionalista. António Sérgio é escolhido para Ministro da Instrução Pública.
1924 28 de Janeiro - Teófilo Braga morre em Lisboa. Fora o primeiro Presidente da República eleito Fevereiro - Visita presidencial ao Porto. 22 de Fevereiro - As Juntas de Paróquia organizam uma manifestação contra o aumento do custo de vida, que acabou com a tentativa de invasão do Parlamento. Março - Manifestação dos comerciantes de tabaco contra a aplicação das novas taxas propostas pelo governo. 15 de Março - Alberto Xavier consegue obter um empréstimo em Londres, junto da casa Baring Brothers. 2 de Abril - Começo do raid aéreo Lisboa - Macau, realizado pelos aviadores Brito Pais e Sarmento Beires, a bordo do avião Pátria. 23 de Maio - Reforma do sistema monetário, com criação de novas moedas. 30 de Maio - 7 de Junho - Revolta de oficiais da Aeronáutica Militar, devido à demissão do director da arma e à aplicação de um decreto considerado inconstitucional. Os oficiais entrincheiraram-se no Campo da Esquadrilha República. 3 de Junho - Início da primeira Festa da Raça, que se celebra durante uma semana até ao dia 10 de Junho. 20 de Junho - Termina o raid aéreo Lisboa - Macau, a bordo do Pátria II, avião de substituição do original, que se tinha despedaçado na Índia. 14 de Julho - Confrontos violentos entre a Polícia, o Exército e a Guarda Nacional Republicana, no Parque Eduardo VII, em Lisboa. 6 de Julho - Nomeado um novo governo chefiado por Alfredo Rodrigues Gaspar, dirigente do Partido Democrático, após nova recusa de Afonso Costa 11 de Agosto - Tentativa de golpe radical e comunista em Lisboa, com tentativa de ocupação do forte da Ameixoeira. 28 de Agosto - Nova tentativa de revolta radical com a participação de comunistas. 9 e 14 de Setembro - Os aviadores do raid Lisboa - Macau chegam a Lisboa, não sendo esperados oficialmente. A manifestação pública de regozijo realizou-se no dia 14. 9 de Setembro - Os impostos são agravados. 12 de Setembro - Nova tentativa radical e comunista de tomada do poder, com assalto ao Ministério da Guerra e à Central Telegráfica. 14 de Outubro - Tumultos no Porto e em Espinho. 7 de Novembro - O governo proibe a realização de uma manifestação de comemoração da revolução russa. 15 de Novembro - Sacadura Cabral desaparece quando o seu avião se despenhou no Mar do Norte, na viagem de regresso a Portugal, vindo da Holanda. A sua morte foi assumida oficialmente no dia 15 de Dezembro. 19 de Novembro - Demissão do Ministério Rodrigues Gaspar, provocada por desinteligências no seio do Partido Democrático. 22 de Novembro - Governo de José Domingos dos Santos, formado por membros do Partido Democrático.
1925 Janeiro - Celebrações do 4.º centenário da morte de Vasco da Gama, realizadas com algum atraso já que o navegador morreu em 24 de Dezembro de 1524, com lançamento da primeira pedra do monumento na Praça do Império. 2 de Janeiro - Portugal reconhece a Rússia Soviética. 10 de Janeiro - Morte de António Sardinha, ideólogo do Integralismo Lusitano. 31 de Janeiro - 1.º Congresso do Partido Radical, em Coimbra. Fevereiro - A Associação Comercial de Lisboa foi encerrada por ordem do governo. 11 de Fevereiro - Queda do governo do partido democrático dirigido por José Domingos dos Santos provocada por uma moção de censura. 13 de Fevereiro - A União dos Interesses Sociais, onde pontificam dirigentes do Partido Socialista e do Partido Comunista, organiza uma manifestação junto ao Palácio de Belém, de apoio ao governo pedindo a sua recondução. 15 de Fevereiro - Governo dirigido pelo dirigente do Partido Democrático Vitorino Guimarães. 1 de Março - Realização das primeiras emissões de rádio em Portugal, levadas a cabo por Abílio Nunes dos Santos. 5 de Março - Tentativa de golpe militar, por três oficiais monárquicos, que tentaram ocupar o Quartel General de Lisboa. 14 de Março - O jornalista Homem Cristo Filho é proibido de realizar uma conferência em Coimbra. 16 de Março - Celebração do 1.º centenário do nascimento de Camilo Castelo Branco, com o descerramento de um busto do escritor numa rua do Porto. 2 de Abril - Conclusão do raid aéreo entre Lisboa e a Guiné, realizado pelos aviadores Pinheiro Correia, Sérgio da Silva e António Gouveia.. 18 de Abril - Tentativa de golpe militar dirigida pelo general Sinel de Cordes, comandante Filomeno da Câmara e o tenente-coronel Raul de Esteves, com o apoio de quase toda a guarnição de Lisboa. Não tendo comparecido no Parque Eduardo VII uma parte das forças militares, o golpe foi vencido, após alguns combates. - O estado de sítio é declarado em todo o país, suspendendo-se todas as garantias constitucionais. 15 de Maio - Duplo atentado a tiro contra o comandante da polícia Ferreira do Amaral, organizado pela Legião Vermelha, organização ligada ao PCP. 28 de Maio - Morte de João Chagas. 29 de Maio - Morte do actor Eduardo Brasão, com oitenta anos. Junho - Chegada ao Tejo da divisão naval que tinha realizado o périplo de África. 3 de Junho - Tentativa de greve geral de protesto contra as deportações sem julgamento de presos por delitos sociais.. 17 de Junho - É aprovado a fundação do Banco de Angola e Metrópole, do burlão Alves dos Reis. 25 de Junho - Golpe militar de direita na Grécia. 30 de Junho - Queda do governo Vitorino Guimarães, após uma tumultuosa sessão parlamentar que durou 19 horas. 1 de Julho - Novo governo, presidido por António Maria da Silva. 19 de Julho - Tentativa de golpe militar dirigido pelo comandante Mendes Cabeçadas, com intenção de conseguir a dissolução do Parlamento. Sem apoio significativo falhou e Mendes Cabeçadas foi preso. 20 de Julho - António Maria da Silva pede a demissão. 1 de Agosto - Governo dirigido por Domingos Leite Pereira. 1 de Setembro - Começo do julgamento dos oficiais implicados nos golpes de 18 de Abril e de 19 de Julho, presidido pelo general Alberto Ilharco, tendo como promotor de justiça o general Óscar Carmona. 26 de Setembro - Leitura da sentença do julgamento dos oficiais implicados no golpe de 18 de Abril. Os réus são absolvidos. - 6.º Congresso dos Trabalhadores Rurais. 8 de Novembro - Eleições legislativas, com vitória do Partido Democrático. 19 de Novembro - Fim do julgamento dos implicados no golpe de 19 de Julho, com absolvição dos réus. 23 de Novembro - O jornal O Século publica o primeiro artigo sobre o caso do Banco Angola e Metrópole de Alves dos Reis, com o título «O que há?». 2 de Dezembro - Abertura do Parlamento. 6 de Dezembro - Alves dos Reis, director do Banco Angola e Metrópole, é preso. 10 de Dezembro - Renúncia ao cargo do presidente da república Teixeira Gomes 11 de Dezembro - Bernardino Machado é eleito novamente presidente da república, após a renúncia de Teixeira Gomes. 17 de Dezembro - Teixeira Gomes abandona o país, dirigindo-se para Oran, na Argélia, para fazer uma cura de repouso. 18 de Dezembro - Novo governo presidido por António Maria da Silva, devido à demissão do dirigido por Domingos Pereira. Foi o último governo da 1.ª República.
1926 17 a 19 de Janeiro - 1.º Congresso dos Mutilados Portugueses da Grande Guerra em Coimbra. Fevereiro - Greve académica contra medidas do governo, consideradas lesivas dos estudantes. 1 de Fevereiro - Revolta da escola Prática de Artilharia em Vendas Novas, dirigida pelos radicais Martins Júnior e alferes Lacerda de Almeida. Depois da prisão dos oficiais, o regimento comandado pelos sargentos dirigiu-se para o Seixal tendo ocupado o forte de Almada, donde dispararam contra Lisboa. 12 de Fevereiro - O general Gomes da Costa recusa o convite de Mendes Cabeçadas para dirigir o golpe militar que está a preparar. 8 de Março - Afonso Costa é eleito presidente da Assembleia extraordinária da Sociedade das Nações. 13 de Maio - Lançamento da primeira pedra do monumento ao Marquês de Pombal na Rotunda, em Lisboa. 25 de Maio - Gomes da Costa aceita a direcção do movimento militar, partindo para Braga. 28 de Maio - Início do golpe militar de Braga, dirigido pelo general Gomes da Costa. 29 de Maio - António Maria da Silva apresenta a demissão do seu governo. - A guarnição de Lisboa, adere ao golpe de Gomes da Costa. 30 de Maio - Mendes Cabeçadas forma governo, por convite de Bernardino Machado. 31 de Maio - O Congresso da República é encerrado por ordem do ministério da Guerra.. - Bernardino Machado apresenta a Mendes Cabeçadas a sua demissão da presidência da república. 3 de Junho - Mendes Cabeçadas forma novo governo. Não tendo sido nomeado pelo Presidente da República e não estando o Parlamento reunido, o novo governo não tem sustentação legal, e passa a governar em Ditadura, situação que se prolongará de facto até ao 25 de Abril de 1974.
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