Janeiro	Fevereiro	Março	Abril	Maio	Junho	Julho	Agosto	Setembro	Outubro	Novembro	Dezembro
JANEIRO 1. República. Popular da China. A imprensa ocidental noticia importantes reorganizações no comando militar de diversas províncias chinesas durante as últimas semanas de 1973. 2. URSS. Publicação em Paris do romance de Alexander Soljenitsine, O Arquipélago Gulag, proibido na União Soviética. 3. Grã-Bretanha. O Sindicato dos Mecânicos, com mais de um milhão de filiados, decide por votação aderir à greve desencadeada pelos mineiros.  Itália. Falecimento do actor Gino Cervi, aos 73 anos. 5. Tailândia. A Embaixada Americana em Banguecoque reconhece que um agente da CIA falsificou algumas cartas dos guerrilheiros comunistas pedindo a autonomia a troco da sua submissão. Expulsão do "imaginativo" funcionário norte-americano.  EUA. Nixon nomeia James St. Clair, advogado de Boston, para dirigir a sua defesa no caso Watergate, demitindo Fred J. Buzhardt. 6. Israel. O Partido Trabalhista, no poder, perde seis lugares nas eleições, mas conserva a maioria.  México. Falecimento do pintor David Alfaro Siqueiros. 7. Suécia. Primeiro país europeu que estabelece o racionamento de gasolina devido às sanções árabes. Ulster. Brian Faulkner demite-se da chefia unionista perante a oposição do seu partido à formação de um Conselho da Irlanda. 9. Grã-Bretanha. Prorrogação por um mês do estado de emergência. Suíça Os países da OPEP decidem manter os preços do petróleo durante os três próximos meses (até Abril). 10. EUA. Kissinger inicia uma nova volta pelo Médio Oriente, a qual irá durar até ao dia 20. 12. Tunísia. Acordo de fusão líbio-tunisina assinado por Burguiba e por Kaddafi na ilha de Djerba. Grécia. Seraphim de Ioannina é eleito patriarca grego. 13. Tunísia. Destituição do ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohamed Masmudi, aparente "arquitecto" da união com a Líbia. 14. Portugal. O general António de Spínola é nomeado subchefe do Estado-Maior. Checoslováquia. Morre Josef Smrkovsky, ex-colaborador de Dubcek. 15. Brasil. O presidente Garrastazu Medici é substituído no seu cargo pelo general reformado Geisel. Indonésia. As tropas abrem fogo em Jacarta sobre uma manifestação a matam dez civis durante a visita do primeiro-ministro japonês Kakuei Tanaka, que no dia 10 iniciara uma visita pela antiga zona de influência japonesa no Pacífico. 17. Argentina. Omar Torrijos, o homem forte panamiano, assina com Perón em Buenos Aires um pacto anti colonialista, no qual, reciprocamente, se apoiam nas reivindicações do canal a das Malvinas. 18. Médio Oriente. A nova missão de Kissinger culmina com a assinatura de um acordo de retirada de forças, que tem lugar entre o Egipto a Israel no quilómetro 101 da estrada Suez-Cairo. Bélgica. Demissão do primeiro-ministro Edmund Leburton. Sucede-lhe Leon Tindemans no dia 26. 19. Vietname. Batalha naval entre Chineses e Sul-Vietnamitas pela posse das ilhas Paracelso no mar da China. Saigão perde duas embarcações na luta a abandonará algumas ilhas a Pequim. França. Notícia da flutuação do franco por seis meses. 21. Argentina. Perón declara uma "guerra sem quartel" aos guerrilheiros após a sua última audácia: o ataque, no dia 19, a uma guarnição do exército, no qual se registam, pelo menos, cinco mortos. 22. Espanha. A peseta entra também em flutuação. 25. Turquia. Formação de uma coligação governamental, com os republicanos do povo na maioria e o Partido de Salvação Nacional na minoria. Primeiro-ministro: Bulent Ecevit. 27. Chipre. Falecimento do general guerrilheiro Giorgios Grivas. 28-4. Cuba. Leonid Brejnev chega a Havana, onde permanecerá em visita oficial durante uma semana. 29. Bolívia. Estado de emergência após vários dias de revolta em Cochabamba. Bélgica. Perante o fracasso de Tindemans, são convocadas eleições para Março. Grã-Bretanha. Morre o romancista H. E. Bates. 30. EUA. Mensagem sobre o estado da União. Nixon pede o encerramento da investigação sobre o caso Watergate a promete que em 1974 será jugulada a crise da energia. 31. EUA. Falecimento de Samuel Goldwyn, o magnate cinematográfico. FEVEREIRO 4. Grã-Bretanha. Os mineiros de carvão votam a continuação da greve, agora total, que está deixando o país sem reservas energéticas. Um atentado terrorista causa onze mortos num autocarro militar, próximo de Manchester. Bolívia. Fontes da hierarquia religiosa estimam em mais de cem o número de mortos nos distúrbios de Cochabamba. A versão oficial apenas refere 13. 5. Hungria. O cardeal Mindszenty passa à situação de retirado. 6. Granada. Proclamação da independência desta ilha das Antilhas. 7. Grã-Bretanha. Heath convoca eleições para o dia 28. Panamá. Kissinger a Torrijos assinam um acordo no Panamá para que se estabeleçam as bases para uma negociação sobre o canal. Costa Rica. Após um laborioso escrutínio, é anunciado o triunfo de Oduber nas eleições presidenciais do passado dia 3. 8. EUA. Feliz regresso à Terra da terceira e última tripulação do Skylab norte-americano. Kuwait. Nove palestinianos que tinham sequestrado o pessoal da Embaixada Japonesa no Kuwait a obtido um avião para deixaram o país, rendem-se à sua chegada a Aden (Iémen do Sul), depois de terem posto em liberdade os seus reféns. Alto Volta. O exército assume todo o poder e impõe o recolher obrigatório. 9. França. Importante acordo de cooperação económica com a Pérsia, onde a indústria francesa irá construir cinco centrais nucleares. 10. Brasil. Hélder Câmara obtém o Prémio Popular da Paz, de 10 000 libras. Iraque. Os combates fronteiriços com a Pérsia, nos últimos dias, provocaram mais de uma centena de mortos de ambos os lados. 11-13. EUA. Conferência de Washington convocada em Dezembro por Kissinger para formar uma frente dos treze maiores consumidores de petróleo. A França nega-se a aderir ao comunicado final a mantém a sua atitude de procurar a relação bilateral e europeia com os produtores. México. No decurso de uma importante volta pela Europa, o presidente mexicano Echeverría é recebido por Paulo VI. Camboja. Bombardeamento de Pnom Penh: 140 mortos civis na Praça do Mercado. 14. URSS. Soljenitsine, expulso do país, chega a Francforte. Mais tarde irá à Noruega para descansar, instalando-se definitivamente na Suiça. A sua família reúne-se a ele no mês seguinte. 18. Peru. Falecimento do ex-presidente Manuel A. Odria. 21. Portugal. Publicação do livro do general Spínola Portugal e o Futuro, no qual se defende a tese de que as guerras de África não têm solução militar, pelo que se deve procurar um entendimento com os movimentos de libertação. México. Começa a conferência pan-americana na Cidade do México, que se encerrará no dia 23 com a declaração de Tlatelolco. 22. Paquistão. Conferência de países islâmicos em Lahore. Nela, Kaddafi propõe, sem êxito, que seja concedida ao Terceiro Mundo uma redução no preço do petróleo. É anunciado o reconhecimento paquistanês do Estado de Bangla Desh. 23. Argentina. Mais de 10 000 polícias revoltam-se na província de Córdova, detendo as autoridades civis, sob a acusação de haver entre elas "marxistas infiltrados". Buenos Aires sanciona a rebelião. 25. Etiópia. A divisão de guarnição em Asmara (Eritreia) apodera-se da autoridade local. Dois dias antes haviam-se produzido sangrentos distúrbios em Addis Abeba. 28. Grã-Bretanha. Eleições parlamentares. A extrema igualdade entre trabalhistas e conservadores parece manter Heath no poder, mas este demitir-se-ia no dia 4 de Março, dando lugar ao trabalhista Wilson.  França. Terceiro governo Messmer, com poucas alterações. MARÇO 1. Etiópia. Nomeação de Endalkatchew Makonnen para a chefia do Governo, sob o atento controlo dos militares, verdadeiros senhores do país. 3. Israel. Fim da retirada israelita da margem oriental do canal. 5. Guatemala. O general Kjell Laugerud é proclamado vencedor nas eleições presidenciais realizadas dois dias antes. 6. Grã-Bretanha. Os mineiros acordam o regresso ao trabalho no dia 11 de Março, com o que põem fim à greve iniciada em 12 de Novembro de 1973. O estado de emergência termina também no dia 11. 9. Grã-Bretanha. Morre o fisiologista Earl W. Sutherland. 10. Bélgica. Os partidos federalistas experimentam um retrocesso nas eleições legislativas pela primeira vez desde 1961. 11. Portugal. O exército é colocado em estado de alerta durante vinte a quatro horas. 12. EUA. Kissinger declara que os aliados dos EUA lhes criam mais problemas que os seus adversários, acrescentando que os estados europeus «raramente foram sinceros» desde a primeira guerra mundial até à actualidade. 12-13. França. O presidente Pompidou chega a Pitsunda, no mar Negro, onde realiza dois dias de contactos com Brejnev. 13. Iraque. Sublevação curda no Norte do país, para recusar a lei de autonomia limitada que Bagdade pôs em vigor no dia 11. 14. Itália. Mariano Rumor, demissionário, aceita encabeçar um novo governo, o quinto sob a sua direcção. 15. Portugal. Novo estado de alerta militar quando se conhece a notícia da destituição do chefe do Estado-Maior, general Costa Gomes a do seu adjunto, general Spínola. Sublevação fracassada da unidade militar das Caldas da Rainha, que marchou sobre Lisboa. Chile. Suicídio de José Toha, ministro de Allende, no hospital onde se encontrava internado. 18. EUA. Os países árabes produtores de petróleo (OPEP) levantam o embargo à Holanda. 20. Grã-Bretanha. Atentado sem consequências contra a princesa Ana a seu marido, junto ao Buckingham Palace. 20-22. Argélia. No termo da reunião dos países não alinhados em Argel, é lançado um apelo para uma reforma económica mundial. 22. França. Falece em Paris o costureiro irlandês Edward Molyneaux. 24-27. URSS. Kissinger realiza três dias de conversações em Moscovo com Brejnev para preparar a visita de Nixon. 27. Colômbia. Morre o ex-presidente Eduardo Santos. 28. Roménia. Aprovação de uma emenda constitucional, pela qual Ceausescu assume a presidência da República, além do secretariado do partido da presidência do Conselho de Estado, que já detinha. Ion Maurer abandona a chefia do Governo em favor de Constantin Manescu. França. Falecimento da actriz Françoise Rosay. 30. EUA. Henry Kissinger casa-se com Nancy Maginnes. ABRIL 1. CEE. O secretário do Foreign Office, James Callaghan, apresenta em Bruxelas à CEE as pretensões britânicas para a renegociação dos termos da adesão. 2. França. Falecimento do presidente Pompidou, que sofrera já uma série de complicações, supostamente de origem gripal, nas últimas semanas. São convocadas eleições presidenciais para Maio. Israel. Demissão do chefe de estado-maior David Elazar, considerado culpado pela imprevisão israelita no ataque de Outubro. Sucede-lhe o general Mordechai Gur. 3. EUA. Nixon deve quase 500 000 dólares de impostos em atraso, segundo o parecer dos serviços fiscais. 5. Laos. Uma coligação entre direitistas e esquerdistas forma governo, pondo fim, de facto, a uma confrontação de mais de dez anos. Volta a Vientiane o chefe do Pathet Lao, Sufranuvong, vice-presidente do governo de Suvana Fuma. Grã-Bretanha. Morre o jornalista a político trabalhista Richard Crossman. 6-7. França. Nixon realiza dois dias de conversações multilaterais, com aliados a adversários, durante a sua estada em Paris para os funerais de Pompidou (dia 6). 11. Israel. Guerrilheiros palestinianos atacam a povoação de Kyriat Shmona, matando 18 civis antes de eles também caírem mortos. Golda Meir apresenta a sua irrevogável demissão, perante a impossibilidade de formar um governo duradouro com o novo Knesset. Incursão israelita de represália no Sul do Líbano. 14. França. Falece o costureiro Jacques Esterel. 15. Níger. Golpe de estado militar dirigido pelo tenente-coronel Kuntché. 18. França. Morre o comediógrafo Marcel Pagnol. 19. Síria. Os combates no Golã, quase diários desde Outubro, ganham uma violência desusada com a intervenção de blindados e de aviões de ambos os lados. Paquistão. Falecimento de Mohamed Ayub Khan, ex-presidente paquistanês. 21. Colômbia. Eleições presidenciais: vence Alfonso López Michelsen. 22. Bélgica. Leon Tindemans constitui um gabinete minoritário. 24. Áustria. Falece o presidente Franz Jonas. República Sul-Africana. Eleições gerais, com o triunfo do Partido Nacionalista, no poder desde 1948, o qual aumenta a sua maioria. EUA. Falecimento do cómico Bud Abbott. 25. Portugal. O Movimento das Forças Armadas assume o poder, num golpe militar que quase não provocou mortes. Caetano e Tomás são exilados para a Madeira. República Federal da Alemanha. O ajudante de Brandt, Gunter Guillaume, é acusado de espionagem a favor da República Democrática Alemã. 28. EUA. John Mitchell a Maurice Stans, ex-ministros de Nixon, são declarados inocentes de nove acusações referentes ao escândalo Watergate. Contudo, têm ainda outro processo pendente. 30. Itália. Imposição de restrições às importações, inclusivamente dentro da CEE, para apoiar a posição da lira. EUA. Nixon faz entrega de mais de 1300 páginas de transcrições das suas conversações na Casa Branca sobre o caso Watergate, em lugar das fitas gravadas que the são exigidas pelo fiscal Jowarski a pelo Congresso. Afirma o presidente que estes documentos provarão a sua inocência. Falecimento da actriz cinematográfica Agnes Moorehead. MAIO 1. Portugal. No meio de um exemplar civismo, o povo português festejou o 1.° de Maio pela primeira vez em liberdade desde há 48 anos. Só em Lisboa, calcula-se num milhão o número de participantes na grandiosa manifestação. Ficam, portanto, desmentidos os boatos alarmistas da inevitabilidade de confrontos sangrentos. 5. França. Na primeira volta das eleições presidenciais vence François Mitterrand, candidato da esquerda unida, mas com menos de 50 % de votos, o que o obriga a segundo confronto eleitoral contra o candidato direitista Valery Giscard d'Estaing. 6. Islândia. Demissão do primeiro-ministro Olafur Johnaesson, quando o Partido Liberal retira o seu apoio à coligação no poder. República  Federal da Alemanha. O chanceler Brandt apresenta a demissão, em consequência das críticas contra ele formuladas no decorrer do cas Guillaume. O seu sucessor será Helmut Schmidt, ratificado pelo Bundestag no dia 16. 12-13. Itália. No referendo sobre o divórcio, os partidários da sua conservação obtêm cerca de 59 % dos sufrágios, pelo que a Lei Fortuna-Baslini permanece. 13. México. Falecimento do escritor Jaime Torres Bodet. Marrocos. Morre Allad el Fassi, fundador do Istiqlal. 14. Grã-Bretanha. Donald Cogfan é nomeado arcebispo de Canterbury. Em Novembro sucederá a Michael Ramsey. Espanha. Falece o tenor Hipólito Lázaro. 15. Israel. Batalha em Maalot, na qual morrem três palestinianos que tinham sequestrado crianças numa escola a vinte a quatro israelitas, entre eles dezasseis rapazes. Represália aérea sobre os campos de refugiados no Líbano, que provoca cento a cinquenta mortos (dia 6). República Federal da Alemanha. Walter Scheel, até agora ministro dos Negócios Estrangeiros, é eleito presidente da República, sucedendo a Heinemann. Portugal. O general Spínola presta juramento como presidente da República. 16. República Dominicana. Reeleição de Joaquín Balaguer para a presidência. Jugoslávia. Tito é confirmado como presidente vitalício do país. 17. Irlanda. Em Dublin, três explosões em veículos provocam vinte a sete mortes. 18. índia. Primeira explosão nuclear deste país, convertendo-se a Índia no sexto Estado possuidor da bomba atómica. Austrália. Eleições legislativas: o Partido Trabalhista de Gough Whitlam, no poder, retém a maioria com dificuldade. 19. França. Giscard vence por escassa margem nas eleições presidenciais. 20. Portugal. Caetano a Tomás são exilados para o Brasil. França. Falecimento do cardeal Jean Danielou. 24. EUA. Morre o músico de jazz Duke Ellington. 28. Ulster. Demissão do executivo perante a impossibilidade de dominar a greve geral protestante - que atinge dez dias de duração - contra a formação do Conselho da Irlanda. A paralisação de trabalho continuaria até ao dia 30. França. Jacques Chirac é nomeado primeiro chefe do Governo de Giscard. Itália. Atentado neofascista em Brescia: morrem cinco pessoas. 31. Suíça. Assinatura em Genebra do acordo de cessar-fogo sírio-israelita, com a entrada em vigor na noite do mesmo dia, devido às diligências de Kissinger na viagem pelo Médio Oriente iniciada em 26 de Abril. JUNHO 1. França. Entrevista Giscard-Schmidt em Paris, da qual resulta o acordo germano-francês de não recorrer a medidas proteccionistas. Luxemburgo. Gaston Thorn forma Governo, depois de disputadas eleições. 2. Butão. Coroação do novo soberano Jigme Singye Wangchuk, de 18 anos. 3. Israel. Yitzhak Rabin é confirmado no cargo de chefe do Governo pelo voto do Knesset. 4. Grã-Bretanha. O Conselho de Ministros da CEE concorda nas reuniões de Luxemburgo em reconsiderar a contribuição financeira britânica para a CEE, mas não a renegociação. 5. Suiça. A Síria a Israel assinam novo acordo em Genebra sobre o mecanismo de separa. ção de forças no Golã. Neste mesmo dia, Golda Meir abandona definitivamente a vida parlamentar. 7. EUA. O ex-secretário da Justiça, Richard Kleindienst, é condenado pela sua implicação no caso Watergate. 9. Portugal. Reatamento das relações diplomáticas com a URSS. Espanha. Falecimento do escritor guatemalteco Miguel Ángel Asturias. França. Giscard suspende J. J. Servan Schreiber do cargo de ministro das Reformas, devido às suas críticas às novas experiências nucleares francesas. 10. Itália. A crise económica provoca a demissão de Mariano Rumor, que continua, todavia, à frente do Governo até que a confiança seja afirmada a outro político. Dias mais tarde, Rumor aceitaria novamente prolongar o seu mandato. CEE. Acordo no Conselho de Ministros para iniciar um diálogo sobre o petróleo com os países árabes, mantendo os EUA informados. Grã-Bretanha. Falecimento do duque de Gloucester, do da rainha Isabel. 11. EUA. Kissinger ameaça demitir-se, se não terminarem as acusações contra ele sobre uma suposta espionagem electrónica aos seus subordinados. 12-19. EUA. Nixon efectua uma visita a seis países do Médio Oriente para recolher os frutos da sua «sementeira de paz». 13. Iémen do Norte. Uma junta favorável à Arábia Saudita assume o poder. 16. OUA. Na cimeira de Mogadíscio da Organização para a Unidade Africana é nomeado William Eteki secretário-geral, como sucessor de Nzo Ekangaki. 17. Grã-Bretanha. A capela de Westminster é gravemente danificada por um atentado com explosivos. 18. Canadá. Nas reuniões da OTAN, em Otava, a França a os EUA resolvem os seus diferendos sobre uma declaração conjunta para a fórmula de consultas no seio da Aliança, URSS. Falecimento do marechal Zhukov. Portugal. Entrevista Spinola-Nixon nos Açores. 20. Venezuela. Inicia-se em Caracas a Conferência sobre o Direito do Mar, à qual acorrem mais de 150 países, para regular o direito aos oceanos. 23. Áustria. Eleição de Rudolf Kirchschlãger para a presidência. Suiça. Um referendo dá maioria à criação do cantão do Jura, francófono. 24. França. Falecimento do compositor Darius Milhaud. 26. OTAN. Os representantes da OTAN a Nixon assinam em Bruxelas a nova declaração da Aliança. JULHO 1. Argentina. Falecimento do presidente Perón aos 78 anos. Sua mulher, Maria Isabel Martínez, sucede-lhe automaticamente. 3. URSS. Durante a sua visita a Moscovo, iniciada em 27 de Junho, o presidente Nixon assina com Brejnev dois acordos sobre a limitação de armas nucleares qualificados como pouco significativos. 4. Palestina. Falece o último grande Mufti de Jerusalém, Haj Amin al Husseini. 5. URSS. A Soyuz 14, tripulada por dois astronautas, faz a junção com a estação espacial soviética em órbita a regressa no dia 19 à Terra. 8. Canadá. Vitória do Partido Liberal de Pierre Trudeau nas eleições. Japão. Nas eleições para a renovação de metade do Senado, o Partido Liberal Democrata do chefe do Governo, Kakuei Tanaka, conserva a maioria por escassa margem. 9. EUA. Morre Earl Warren, ex-presidente do Supremo Tribunal. 10. Holanda. Os países árabes levantam o embargo de petróleo à Holanda. 11. Suécia. Falecimento do Nobel da Literatura Par Lãgerkvist. 13. Portugal. O coronel Vasco Gonçalves é nomeado primeiro-ministro para substituir Palma Carlos, que se demitiu no dia 10 com o seu Gabinete. 15. Chipre. Direitistas partidários da união com a Grécia derrubam Makarios - o arcebispo foge para a Grã-Bretanha e nomeiam presidente Nicos Sampson, guerrilheiro da EOKA. 18-19. França. Giscard repetiu ao primeiro-ministro britânico Wilson, em dois dias de conversações em Paris, a negativa francesa quanto à renegociação da permanência da Grã-Bretanha na CEE. No dia 8, Giscard entrevistara-se em Bona com o chanceler Helmut Schmidt. Espanha. Franco, afectado por uma doença circulatória, delega poderes de chefe de Estado no príncipe Juan Carlos. 20-22. Chipre. Tropas turcas invadem a ilha e ocupam uma testa de ponte que chega até Nicósia. Um frágil armistício é aceite no dia 22. 22. Etiópia. O exército obriga Makonnen, primeiro-ministro, a demitir-se, sucedendo-lhe Michael Imru, segundo sobrinho de Hailé Selassié. 23. Grécia. O exército chama Constantino Karamanlis para que restabeleça o poder civil no país, perante o fracasso da sua actuação em Chipre. Chipre. Para retardar os invasores, Sampson abandona a presidência a favor do presidente da Câmara, Glafkos Clerides, sucessor legal de Makarios no caso de ausência deste. 24. EUA. O Supremo Tribunal ordena a Nixon que entregue todas as fitas gravadas por ele na Casa Branca. Nos dias 27 a 30 o comité da Câmara aprovará três acusações para a impugnação do presidente. Grã-Bretanha. Falecimento do físico James Chadwick. 25-30. Chipre. As conversações em Genebra entre a Grécia, a Turquia e a Grã-Bretanha culminam com a assinatura, no dia 30, de um acordo de trégua até passar a negociações mais substanciais. 29. EUA. Morre o cantor Cass Elliot. Alemanha. Falece o escritor Erich Kastner. 31. EUA. John Ehrlichman, ex-colaborador de Nixon, é condenado a uma pena de vinte meses a quatro anos de reclusão pela sua participação no caso Watergate. Em 2 de Agosto, John Dean sofreria uma condenação de um a quatro anos. AGOSTO 1. Vaticano. Falecimento do cardeal Ilde brando Antoniutti. 4. Itália. Morrem doze pessoas num atentado com explosivos contra o expresso Roma-Munique, na sua passagem próximo de Bolonha. 8-13. Chipre. A nova fase da Conferência de Genebra fracassa perante a exigência turca de acantonamento de Chipre, recusada pela Grécia. Entre os dias 14 a 16, os turcos apoderar-se-iam, em novas acções bélicas, de mais terreno, até ocuparem o terço setentrional da ilha. 9. EUA. Desde que no passado dia 5 Nixon reconheceu a existência de conversas gravadas que representavam novas provas contra a sua pessoa, esperava-se no país a sua «rendição final». A renúncia ao cargo produz-se hoje com uma alocução em que, apesar de tudo, o presidente não reconhece nenhuma culpa. 10. Cuba. Falecimento de José Miró Cardona, primeiro chefe de governo do regime revolucionário. 11. França. Morre Christian Fouchet, ex-ministro gaulista. 14. Grécia. Atenas anuncia que o país abandona o quatro militar da OTAN. 15. Coreia do Sul. Atentado contra o presidente Park, no qual morre sua mulher. 19. Chipre. Uma multidão que assalta a Embaixada dos EUA em Nicósia protege, com o seu número, os assassinos do embaixador Rodger Davies. 20. EUA. O presidente Ford, que sucedeu a Nixon no dia 10, nomeia para a vice-presidência Nelson A. Rockfeller. Índia. Eleição de Kakrhuddin Ali Ahmed para suceder na presidência a Varahgiri V. Giri. 21. Espanha. Madrid anuncia que o referendo para a autodeterminação do Sara realizar-se-á no primeiro semestre de 1975. Panamá. Anúncio do reatamento das relações com Cuba. 24. Malásia. Vitória da Frente Nacional nas eleições federais. 26. EUA. Falecimento de Charles Lindbergh aos 72 anos. Islândia. Geir Hallgrimsson sucede a Olafur Johnaesson na chefia do Governo, após as eleições de 1 de Julho. 27. Itália. Falece em Cádis Valerio Borghese, herói da segunda guerra mundial a um dos líderes da extrema-direita. Alemanha. Morre Otto Strasser, político que esteve aliado com Hitler e foi depois um dos seus principais opositores. 28. URSS. Regresso da nave Soyuz 15, com dois tripulantes, que fora lançada dois dias antes. Tudo parece indicar terem-se verificado problemas mecânicos. França. Paris levanta o embargo de armas ao Médio Oriente. 29. Venezuela. Termina em Caracas, sem se chegar a acordo, a Conferência sobre o Direito do Mar. 29-30. Roménia. Conferência sobre a população em Bucareste. Chega-se a um compromisso entre natalidade e controlo de nascimento. 31. Itália. Bona concede a Roma um empréstimo de 2000 milhões de dólares, após dois dias de conversações, em Como, entre Mariano Rumor a Helmut Schmidt. Nova Zelândia. Falecimento do primeiro-ministro Norman Kirk, .de 51 anos. SETEMBRO 1. Nicarágua. Vitória de Anastasio Somoza nas eleições presidenciais. 4. França. Falecimento de Marcel Achard. EUA. Estabelecimento de relações diplomáticas com a República  Democrática Alemã. EUA. Morre Creighton W. Abrams, ex-chefe do Estado-Maior do Exército. 6. Argentina. Os «montoneros» voltam à clandestinidade e à luta. 7. Moçambique. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Mário Soares, e o líder da Frelimo, Samora Machel, assinam em Lusaka, capital da Zâmbia, o acordo final para a independência de Moçambique. Às 24 horas rebenta uma revolta de reaccionários brancos em Lourenço Marques, a qual é esmagada no dia 10 pela firmeza do exército português. México. Libertação de José Guadalupe Zuno, sogro do presidente Echeverría, que fora sequestrado pela guerrilha no dia 28 de Agosto. 9. EUA. Ford concede o perdão incondicional a Nixon pela sua acção no caso Watergate. São Marinho. A Democracia Cristã ganha as eleições parlamentares, obtendo 25 dos 60 lugares. Segue-se o Partido Comunista com 15 lugares. 10. Guiné-Bissau. Reconhecimento da independência da ex-colónia portuguesa numa cerimónia oficial em Lisboa. 11. Chile. Pinochet levanta o estado de guerra que imperava no país desde Setembro de 1973, embora sejam mantidas medidas de emergência. 12. Etiópia. Hailé Selassié é derrubado. As forças armadas suspendem a Constituição e propõem-se governar até que se realizem eleições gerais. Áustria. Começa em Viena a conferência de ministros da OPEP. 13. Petróleo. A OPEP nivela o preço do petróleo com o índice de inflação dos grandes países industrializados. 16. EUA. Ford oferece uma amnistia condicional aos desertores a refractários do Vietname. 17. Holanda. Ao cabo de cinco dias de cerco na Embaixada Francesa na Haia, um comando guerrilheiro japonês abandona o país de avião, após libertar os seus onze reféns, entre eles o embaixador Jacques Senard. 18. Turquia. O primeiro-ministro, Bulent Ecvit, demite-se, embora continue à frente da administração até que seja possível formar outro governo. 20. Jugoslávia. Condenação de trinta a dois acusados de formarem um partido comunista estalinista para derrubar o regime. Moçambique. Joaquim Chissano é o primeiro-ministro moçambicano no Governo de transição. 21. Egipto. O Cairo reconhece a OLP palestiniana como única representante do povo dos guerrilheiros, com o que exclui a Jordânia. EUA. Falecimento do actor cinematográfico Walter Brennan. Morre a escritora Jacqueline Susan. 23. EUA. Kissinger ameaça o mundo com uma crise como a de 1929, se não cessar a inflação do petróleo. 25. República Federal da Alemanha. Bona nega-se a ratificar o aumento dos preços agrícolas da CEE, cifrado em, aproximadamente, 5%. 28. Portugal. O Movimento das Forças Armadas e a pronta reacção popular impedem a realização de uma manifestação-burla de apoio direitista a Spínola; na sequência deste acontecimento, Spínola renuncia ao seu cargo (dia 30). Sucede-lhe o general Costa Gomes.  OUTUBRO 3. Itália. Demissão do Gabinete de Mariano Rumor. Irlanda. É atribuído o Prémio Nobel da Paz a Sean Mac Bride. Japão. É atribuído o Prémio Nobel da Paz a Eisaku Sato. Suécia. O Prémio Nobel de Literatura é atribuído, conjuntamente, a Eyvind Johnson a Harry Mortinson. 5. Israel. Falece o ex-presidente Zalman Shazar. 6. Índia. Falece Krishna Menon, ex -ministro da Defesa. 9. Áustria. É atribuído o Prémio Nobel da Economia a Friedrich von Hayek. Suécia. É atribuído o Prémio Nobel da Economia a Gunnar Myrdal. 10. Bélgica. Prémio Nobel da Medicina para Cristian de Duve a Albert Claude. E. U. A. Prémio Nobel da Medicina atribuído a George Palade. Grã-Bretanha. Nas segundas eleições do ano, os trabalhistas ingleses obtêm novamente a vitória, mas com escassa maioria. 15. E. U. A. Prémio Nobel da Química para Paul John Flory. Grã-Bretanha. Prémio Nobel da Física para Martin Ryle a Anthony Hewish. 20. Suíça. 66 % do eleitorado recusa por referendo uma proposta que significaria a expulsão de 150000 estrangeiros dentro de um período de três anos. 23. U. R. S. S. Falece em Amesterdão o violinista David Oistrakh. 24. França. O presidente Giscard propõe a convocatória de uma conferência tripartida sobre o petróleo. 25. U. R. S. S. Falece a detentora da pasta da Cultura: Ekaterina Furtseva. 26. Holanda. Na prisão de Scheveningen, quatro detidos tomam como reféns dezassete pessoas, que só são libertadas no dia 31, numa operação relâmpago levada a cabo pelos fuzileiros navais holandeses. 26-29. Marrocos. Realiza-se em Rabat a conferência de chefes de Estado dos países árabes, em que se reconhece a Organização para a Libertação da Palestina como o único representante do povo palestiniano, com direito a estabelecer um poder nacional naquele território. 30. Espanha. Cessam os mandatos dos ministros Antonio Barrera de Irimo (2.° vice-presidente a ministro do Tesouro) a Pio Cabanillas (ministro da Informação a Turismo). São substituídos, respectivamente, por Rafael Cabello de Alba a Leon Herrera Esteban. NOVEMBRO 1. República Popular da China. A imprensa de Hong-Kong noticia sem confirmação a morte de Liu Shao-chi, ex-presidente da República. Argentina. É assassinado o chefe da polícia nacional. 5. E. U. A. Eleições para a renovação da Câmara dos Representantes a de um terço do Senado. O Partido Democrático obtém uma grande vitória a dois terços da Câmara Baixa. 5-16. Itália. Realiza-se em Roma a Conferência Mundial da Alimentação, na qual é aprovado um plano de luta contra a fome. 10. República Federal da Alemanha. A guerrilha urbana assassina o presidente do Tribunal da 1.a Instância de Berlim Ocidental. 12. Argélia. Restabelecimento das relações entre Argel a Washington, que tinham sido cortadas em 1967, em consequência da guerra israelo-árabe. 13. ONU. Acolhimento triunfal a Yasser Arafat, presidente da OLP, o qual abre um debate sobre a Palestina, pronunciando-se a favor de um Estado democrático para judeus, cristãos a muçulmanos. Em 22 de Novembro, a Assembleia Geral chega a acordo quanto ao reconhecimento do direito à independência do povo palestiniano, concedendo à Organização o estatuto de observador. Itália. Morre em Paris o actor Vittòrio de Sica. 14. UNESCO. Eleição do senegalês Mahar M'Bow como director-geral da organização, sucedendo no cargo a René Maheu. 15. Brasil. Eleições legislativas, nas quais a oposição regista um grande êxito. 17. Grécia. Eleições gerais a vitória de Constantino Karamanlis, que obteve 220 dos 300 lugares. No dia 25 forma governo com os membros do seu partido, Nova Democracia. Irlanda. Falece o presidente Erskine Childers. 18. E. U. A. Descoberta de uma nova partícula elementar, de grande concentração de massa. 18-22. Japão. Visita oficial do presidente americano, Gerald Ford. 21. Grã-Bretanha. O IRA coloca sete bombas em Birmingham (Inglaterra), as quais explodem quase simultaneamente, causando dezanove mortos a numerosos feridos. 21-25. Tunísia. Sequestro de um reactor comercial britânico por dois guerrilheiros palestinianos, que executam um refém no dia 23. No dia 25 os sequestradores rendem-se em Tunes, depois de terem obtido a libertação de sete camaradas que se encontravam prisioneiros em diversos cárceres europeus. 23. U. R. S. S. Breznev a Ford encontram-se em Vladivostoque, assinando um acordo sobre a limitação de armas estratégicas. Etiópia. São executadas sessenta individualidades deste país, entre elas o general Aman Andon, presidente do Governo militar provisório. Itália. Após cinquenta dias de crise, o democrata-cristão Aldo Moro toma posse da presidência do Governo. 25. Birmánia. Falece em Nova Iorque o secretário-geral da ONU, U'Thant. 25-30. República Popular da China. Visita o país o secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger. 26. Portugal. Assina-se em Argel o acordo para o reconhecimento da independência das ilhas de S. Tome a Príncipe a partir de Julho de 1975. Japão. Demissão de Kakuei Tanaka, a quem sucede Takeo Miki, o qual forma Governo com personalidades do seu partido. México. Ruptura das relações diplomáticas com o Chile. DEZEMBRO 4-7. França. Conversações de Giscard a Breznev em Rambouillet, perto de Paris, sobre a convocatória da Conferência para a Segurança a Cooperação na Europa. 7. Chipre. Regresso triunfal do arcebispo Makarios, após quase um ano de exílio. 8. Grécia. Cerca de 70% dos eleitores optam, em referendo, pela república a contra a monarquia. 9-10. CEE. Reunião ao mais alto nível em Paris. Acorda-se na criação de um fundo regional a nas eleições por sufrágio universal do Parlamento Europeu em 1978. 11. Rodésia. Cessar-fogo entre a guerrilha e o Governo de minoria branca, anunciando-se uma conferência constitucional sobre o futuro do país. 12-13. E. U. A. Conversações entre Ford e Giscard d'Estaing na Martinica, onde se chega a acordo em matéria de energia, abrindo-se caminho para uma conferência tripartida. Autorização para que os bancos centrais revalorizem as suas reservas de ouro. 14. França. O primeiro-ministro, Jacques Chirac, é eleito secretário-geral da UDR. E. U. A. Falece o jornalista Walter Lippmann. 20. França. Giscard d'Estaing define uma nova política externa, baseada no «globalismo» a na conciliação. Etiópia. Publica-se um programa de dez pontos que vem colocar o país na « via teórica para o socialismo». E. U. A. O Congresso aprova a lei que concede à U. R. S. S. o estatuto de « «nação mais favorecida» nos intercâmbios comerciais. 22. Comores. 95 % dos habitantes deste arquipélago francês votam pela independência. 25. Egipto. Falece em Londres Ahmed Ismail, comandante-chefe do exército egípcio. 30. U. R. S. S. Anuncia-se o cancelamento da projectada visita ao Médio Oriente do secretário-geral do Partido Comunista, Breznev, por motivos de saúde.
O Mundo em 1974 Américas | Ásia | Europa | Portugal | E.U.A. | Médio Oriente URSS | África | Cultura | Cronologia | Ciência | Apresentação Soleil | Kissinger | Economia | Desporto